Urban Value ou a explicação para um Centro de Estágio à borla.

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الثلاثاء، 4 مارس 2014

Urban Value ou a explicação para um Centro de Estágio à borla.


A revista Visão publicou um artigo sobre uma até agora relativamente desconhecida empresa do ramo imobiliário chamada Urban Value.

Diz a Visão:

O que juntará Luís Filipe Menezes (ex-autarca e líder do PSD), Martins da Cruz (ex-conselheiro diplomático de Cavaco e antigo MNE) e Jorge Costa (ex-secretário de Estado das Obras Públicas de Durão Barroso) numa desconhecida empresa do ramo imobiliário, com fortes laços em Angola? 

Política, diplomacia e negócios constituem um triângulo dourado que passa por Gaia e conta com ramificações de peso em Luanda. Quem são, o que fazem e que ligações têm os homens com quem a Urban Value conta?


A revista produz um artigo muito interessante a que aconselho a leitura para quem gosta de perceber mais a fundo as ligações obscuras entre a política, os negócios e as obras públicas que criam uma dívida enorme para os contribuintes mas ao mesmo tempo enriquecem estes personagens representantes de interesses muitas vezes sem rosto.

Para a nossa realidade(futebol) interessa-me destacar 2 nomes: 
Luis Filipe Menezes e ...surprise!!!! Adelino Caldeira, do FC Porto.



O Centro de Estágio do Olival custou aos contribuintes 16 milhões de euros e foi oferecido ao FC Porto durante 50 anos por uns míseros 500 euros/mês.

O Centro foi contruído com verbas canalizadas através das fundações  Portogaia e Gaia Cidade d´Ouro, que afinal nem cabimento legal tinham.

Nesse capítulo, o papel do Ministério da Administração Interna foi decisivo e, no mínimo, incompreensível. O MAI considerou que a Portogaia - da qual a FC Porto, SAD detinha a maioria - tinha património suficiente para os fins propostos, apesar do seu financiamento «certo e regular» ser proveniente da Fundação Gaia Cidade d´Ouro, a qual não tinha personalidade jurídica e cujo reconhecimento viria a ser chumbado, mais tarde, pelo próprio ministério.

À época, o titular da pasta era Fernando Gomes(capachinho), ex-presidente da Câmara do Porto e agora de regresso ao FC Porto para o lugar de Angelino Ferreira. É do seu ministério que saem as decisões feridas de ilegalidade.

A Urban Value(podem ver AQUI) é um exemplo dos interesses que mais cedo ou mais tarde vêm a público.

Luis Filipe Menezes e Fernando Gomes(capachinho) serviram bem o seu FC Porto
Serviram pessimamente a causa pública. 
O oficial de ligação, Adelino Caldeira, encarregou-se de os manter na linha e no plano.

Perante tudo isto, não sei porquê ainda há quem ache que quem está ou esteve ligado ao FC Porto e às suas cúpulas é capaz de sair da alçada do clube sem continuar a trabalhar para o mesmo amo.

Fernando Gomes(FPF), Tiago Craveiro ou até mesmo Mário Figueiredo são actores do mesmo filme.

Nada até agora provou o contrário.

Para quem não se lembra, houve um tempo em que os clubes tinham uma máxima de não dar lugares de poder no futebol português a ninguém ligado ao FC Porto. 

A razão desse princípio tem-se comprovado nos últimos 30 anos e todos os dias surgem novos dados que dizem que o caminho de renovação e limpeza do futebol português nunca pode passar por ninguém ligado ao FC Porto.

Espero que Benfica e Sporting, clubes líderes de opinião em Portugal, não caiam novamente na mesma esparrela.

Como já ontem tinha sido destacado no NGB:

   

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