Duas décadas de vitórias antes do último apito

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الجمعة، 21 مارس 2014

Duas décadas de vitórias antes do último apito

A eliminação do Tottenham da Liga Europa é brilhante. Estamos a falar de uma equipa, que só no último defeso, investiu 100 milhões de euros em novos jogadores.

Fazê-lo com a nossa segunda equipa é mais brilhante ainda, já que, quer no jogo de Londres quer no de Lisboa, foram muito poucos os titulares que jogaram.

Perder com o Tottenham seria um drama? Na minha opinião não, tendo em conta as diferenças de orçamentos. Mas passámos, com classe e com mérito, com um jogo de pura classe em Inglaterra e um em Lisboa assim assim, em que tentámos gerir a vantagem desde o primeiro minuto, algo que também aceito, tendo em conta que a prioridade é o campeonato.

Mas aqui entra mais uma vez o gesto dos três dedos de Jorge Jesus no jogo de Londres. Podíamos ter perdido a eliminatória em casa, contra uma equipa que, convém lembrar, liderava a tabela dos jogos fora de casa da Premiership até à semana passada.

Mas não seria apenas uma eliminação. Seria, por causa desse gesto, uma eliminação com juros, com vexame, com chacota, uma derrota que iria, mais uma vez, fazer correr muita tinta e iria muito além do próprio jogo.

Eu assisti ao jogo da Luz na TV Inglesa. E Tenho de dizer, que quem comentou esse jogo passou o tempo todo a dar realce a duas coisas: a primeira, à classe de Sálvio. A segunda... Jorge Jesus. 

Quando o Tottenham faz o 2-1, era ouvir o comentador a gozar mais uma vez: “Agora não te apetece dançar, pois não Jorja Jasus?”

A realização do jogo filmou 4 ou 5 vezes o adjunto do Tottenham a dar ordens no banco, enquanto Sherwood assistia ao jogo lá em cima. E era ouvir o comentador: “O adjunto do Tottenham deve estar todo contente, já apareceu mais vezes na TV no jogo de hoje do que no resto da sua carreira.” 

E tudo isto por causa de... três dedos... de um momento em que Jorge Jesus não se conteve! Para mais feito num momento em que nada estava ainda decidido, e em que o gesto nos podia sair caro. Três dedos apenas para, o mais importante de uma grande noite de futebol passar a ser o duelo entre dois treinadores em vez de um confronto entre duas grandes equipas.

Humildade, é o quero lembrar com este post. Humildade para se ser otimista mas celebrar as vitórias no fim. Humildade para lembrar a todos a razão de muito do anti-benfiquismo que se vê por aí: Somos um clube grandioso, o maior, deste mundo e do outro... com dois campeonatos nacionais para mostrar desde 1994/1995! 

Muito pouco para mostrar para tanta grandeza e presunção, e tanta celebração antes do último apito.


P.S. Já aqui escrevi a desculpabilizar o gesto de Jorge Jesus, agora pareço condená-lo. Para esclarecer os mais confusos: do ponto de vista disciplinar, Jorge Jesus nada fez de errado, nem sequer é caso virgem no mundo do futebol. Do ponto de vista ético no entanto, gostava que o meu Benfica fosse capaz de ganhar com mais humildade dentro do campo e sem tanto espalhafato fora dele.

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