Nascimento: 6 de Agosto de 1935
Falecimento: 25 de Fevereiro de 2014 (78 anos)
Médio e Avançado
16 Épocas: 1954/55 a 1969/70
Dia de estreia: 5 de Setembro de 1954
Último jogo: 8 de Fevereiro de 1970
Festa de Homenagem: 8 de Dezembro de 1970
677 Jogos
150 Golos
328 vezes capitão
21 Troféus oficiais:
2 Taças dos Clubes Campeões Europeus
10 Campeonatos Nacionais
6 Taças de Portugal
3 Taças de Honra de Lisboa
(Retirado de 'Em Defesa do Benfica')
O senhor Mário Esteves Coluna, o capitão do Sport Lisboa e Benfica e da Selecção Nacional, faleceu.
Sem querer de forma alguma diminuir outros grandes jogadores, ele foi talvez o verdadeiro pilar do sucesso da década de 60 do futebol do Benfica e da selecção.
O capitão era discreto fora do campo, mas basilar dentro do balneário e do campo. Os holofotes ficavam para os outros e ele não os queria.
Personificou os valores intemporais que fundaram o Sport Lisboa e Benfica em 1904: humildade, empenho, zelo, respeito por todos e altruísmo.
Mas era ele o jogador charneira, quem pautava a equipa. Um jogador completo e quem o viu jogar dezenas de vezes diz que era um jogador à frente do seu tempo.
Com o desaparecimento de Mário Coluna e Eusébio de facto parte do Benfica 'místico' e hegemónico passa para o lado cósmico, para o domínio do 'Olimpo'.
Recupero aqui a ideia de que estes símbolos intemporais do que realmente é o Sport Lisboa e Benfica possam ficar imortalizados no exterior do Estádio da Luz, à vista de todos. Quem passe na 2ª Circular que veja um enorme Coluna, um gigante Torres, um galáctico Águas ou o Rei Eusébio como que a sustentarem o Estádio da Luz.
Significam aquilo que é o verdadeiro Sport Lisboa e Benfica.
O senhor Mário Coluna ficará para sempre na memória do futebol português e mundial. O português mais moçambicano ou o moçambicano mais português.
Ficará para sempre na memória dos que verdadeiramente apreciam o futebol, como os exemplos seguintes claramente demonstram:
"Um dos maiores nomes do futebol mundial de todos os tempos, ganhou a alcunha de «Monstro Sagrado» pelo respeito que impunha tanto a companheiros como adversários. Médio de grande capacidade física e técnica, jogava de área a área, defendendo, atacando, e marcando golos soberbos mercê do seu remate forte e colocado. Sabia impor o ritmo do jogo. Um dos grandes «capitães» da história, talvez o mais carismático, liderou uma equipa extraordinária que dominou o futebol europeu."
"A devoted, dexterous and highly respected servant for club and country, it was not for nothing that the tree-climbing kid from Mozambique became known as O Monstro Sagrado (The Sacred Beast) toBenfica fans, O Didi Europeu to Brazilian football writers, and, memorably, as Mr Coluna to the one and only Eusebio."
FIFA.
FIFA.
"O Benfica do 4º anel já tem fundadores e presidente, já há muito tinha treinador e “carregadores de piano”, recentemente recebeu o reforço do Rei, mas ainda lhe faltava um Grande Capitão, um Grande Senhor."
"Driblaste os mesmos que te ignoraram e deixaram cair no esquecimento, só porque preferiste voltar ao teu país que tanto amavas, para ajudar os teus. Mas, felizmente, esta geração tem meios para ver o que jogavas, e para desejar incessantemente alguma vez ter visto um jogo teu.
Obrigado por tudo, grande Capitão."
Vitto Vendetta - 'Cabelo do Aimar'
Vitto Vendetta - 'Cabelo do Aimar'
"Mário Coluna foi único para mim. Pelo fantástico e incomparável futebol que sempre exibiu, e acima de todo o seu ímpar talento como atleta, pela sua postura de profunda e inatacável respeitabilidade."
"Ainda muito miúdo, tive o privilégio de o ver jogar ao vivo, na recta final da carreira. Num tempo em que sportinguistas e benfiquistas sabiam confraternizar e admirar jogadores de outras equipas sem perder a saudável rivalidade clubística. E em que considerávamos cada jogador da selecção também um dos nossos.
É com o profundo respeito que sempre mantive por ele, e que foi crescendo com o rodar dos anos, que me inclino perante a memória de Mário Esteves Coluna. Um dos maiores nomes de sempre do desporto lusófono. Moçambicano, português, cidadão do mundo."
Pedro Correia - 'És a nossa fé'
Pedro Correia - 'És a nossa fé'
"Brinde de respeito, só para desejar boa viagem a Mário Coluna."
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