Portugal, 24 de Fevereiro de 2014
A poucas horas de um jogo que pode ser decisivo no definir das condições com que vamos atacar o último terço da prova (10 jogos), importa reter algumas conclusões da jornada que se vai encerrar com o Benfica - Guimarães.
O facto indiscutivelmente mais marcante da jornada foi a 4ª derrota do FCP, algo que só estranham os crentes na teoria do “super balneário” do FCP. E como se vê nas rádios, jornais, blogues e televisões, estão em larga maioria.
A derrota do FCP tem uma explicação mais “terra a terra”, mais própria da gente simples que percebe que o futebol é um desporto com 3 equipas. E basta que uma dessas equipas esteja ao nível que as leis de jogo impõem, e lá se vai a teoria do “super balneário” do FCP. O FCP sofreu a 2º derrota consecutiva porque sofreu 1 penalty numa fase em que o jogo estava empatado 0-0! Tal como na Madeira contra o Marítimo!
Por muito que não queiram os “filósofos da bola”, os “analistas que nunca treinaram” e todos aqueles “especialistas nas tácticas depois dos jogos terminarem”, o FCP é uma equipa como as “outras”: se forem assinaladas as infracções às leis de jogo, como são às outras equipas, também o FCP se transforma numa equipa igual a elas.
2º penalty com 0-0, 2ª derrota, 6 pontos a voar.
Ora, e porque a história é que nos faz perceber o que fomos para projectar para o que vamos ser, o que aconteceu na época passada? Pela 2ª vez volto a enfatizar que aconteceu um conjunto de 3 jogos em que o FCP não sofreu o penalty que de facto os seus jogadores tinham cometido com resultados de 0-0. Sendo que o jogo em Braga foi aquele onde com mais probabilidade o FCP perderia pontos, caso isso tivesse acontecido (e claro, o penaly tivesse sido convertido).
Mas, podem perguntar, se o FCP continua a controlar as arbitragens porque razão este ano se marcam penaltys contra o FCP (e pasme-se, em sua própria casa) e no ano passado não? Deixo este tema para os tais filósofos especularem. A minha explicação é que quando a equipa não joga bem, e disso dá conta a comunicação social a toda a gente, é possível que os árbitros, mesmo que condicionados, estejam mais à vontade para analisar os lances difíceis e decidi-los de acordo com aquilo que de facto vêem, e não de acordo com os interesses do FCP. Terá sido o caso do árbitro Vasco Santos (CA Porto), depois de ter passado70 mn a prejudicar o Estoril sem que o FCP conseguisse marcar? É possível que somado ao factor da “má qualidade de jogo”, se tenha somado uma espécie de “compensação”. Do tipo: prejudiquei-vos até aqui, agora vou ser correcto... (na Luz contra o FCP, aconteceu algo semelhante, indo até mais longe pois o FCP foi prejudicado, para “compensar” os erros anteriores).
A marcação dos penaltys é que está a marcar este campeonato. O FCP sofreu 3 penaltys, e em todos os jogos que os sofreu (Estoril é o feliz contemplado com 2), perdeu pontos: 1 empate e 2 derrotas. O Benfica sofreu 1 penalty, fora na Madeira e também perdeu. O SCP sofreu 2 penaltys, em casa com Marítimo e fora no Dragão, ganhou 1 (no jogo em que também teve 1 penalty a favor) e perdeu 1.
Dizer-se que os penaltys “ah e tal podem não ser convertidos, etc.” não é pois um argumento que possa ser levado em conta. Todos os 3 ditos “grandes” em 6 jogos esta época, onde sofreram penaltys contra, apenas ganharam 1 e se calhar por pouca coincidência, porque também tiveram 1 penalty a favor.
Ficando assim provada a importância que tem o penalty no definir do resultado de um jogo, na classificação geral e no campeão como na época passada, podem-se colocar questões tais como: será que os 3 grandes sofreram os penaltys que fizeram? Não vou entrar em grandes detalhes, mas a mim parece-me que o Benfica é a equipa mais prejudicada neste critério.
Adiante porque o que quero sublinhar é que no ano passado o FCP apenas sofreu 1 penalty, dos vários que aconteceram em campo, e foi na recta final, estádio do nacional da Madeira, quando ganhavam por 3-0 e já tinham sido beneficiados com 1 penalty a favor.
Há 2 anos, se não me falha a memória, o FCP apenas sofreu 2 penaltys, ambos contra o Gil Vicente, 1 em casa e 1 fora, perderam 1 jogo e ganharam outro, onde por coincidência tiveram 1 penalty a favor. Há 3 anos, o primeiro penalty que sofreram foi na 2ª volta quando estavam a ganhar ao Leiria 4-0. Como é que o Villas-Boas não havia de ser um grande treinador?
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