Olhando unica e exclusivamente ao texto do comunicado á CMVM...
«A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, informa que chegou a acordo com a sociedade Meriton Capital Limited para a alienação de 100% dos direitos económicos dos atletas Rodrigo Moreno Machado e André Filipe Tavares Gomes, pelos montantes de € 30.000.000 (trinta milhões de euros) e € 15.000.000 (quinze milhões de euros), respetivamente.
Mais se informa que no acordo referente ao atleta Rodrigo Moreno Machado estão previstos valores adicionais num montante global de € 10.000.000 (dez milhões de euros) dependentes da performance desportiva do atleta e que a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD terá ainda direito a receber 25% do valor da mais-valia obtida numa futura transferência do atleta André Filipe Tavares Gomes.»
... eu arrisco dizer que será possivelmente o negócio mais rentável que Luis Filipe Vieira alguma vez terá realizado enquanto Presidente do SLBenfica.
Olhando unica e exclusivamente ao texto do comunicado á CMVM...
... este será, portanto, a melhor venda ou as melhores vendas já feitas pelo SLBenfica nos últimos anos. Senão vejamos:
- Rodrigo custou 6M€ no negócio DiMaria e é vendido por 30M€
- André Gomes custou 0,2M€ e é vendido por 15M€
Rentabilidade inegável de dois jogadores que, seguramente, nenhum deles representa ao dia de hoje uma valorização de 30 e 15M€, pelo que foram claramente bem negociados e sobrevalorizados pelo SLBenfica, mesmo tendo em conta o seu potencial.
É também inegável que o futuro patrão do Valência, e como tal o provável destino destes jogadores, contratou dos jogadores que dentro de dois anos poderão ser dos melhores da Europa nas respectivas posições.
Mas é impossível não levantar algumas questões importantes neste tipo de negócios:
- O Rodrigo, como o André, é vendido a um fundo. O jogador pode valer mais 10M€ com o atingimento de objectivos desportivos.
Objectivos Futuros? Objectivos Actuais (no SLBenfica)? De outra forma torna-se complicado perceber que tipo de objectivos pode ficar sujeito um jogador que não é propriedade do clube, mas sim de um fundo.
- Penso ser unânime que, neste momento, nem Rodrigo vale 30M (quanto mais 40), nem André Gomes vale 15M. O que pode justificar que um comprador, sabendo que o vendedor precisa realizar dinheiro, pague um prémio tão alto pelos jogadores. Isto é o inverso da "lei da oferta e da procura"!
- O caso do André parece ser ainda mais estranho: Um jogador com 1500 minutos em época e meia é vendido por 15M€ (10.000€ por minuto jogado). Ainda assim, com uma sobrevalorização de 3 ou 5x... ainda há o compromisso de 25% da mais valida da venda... acima de 15M€. É muita esmola...
- Os jogadores estão vendidos em sobrevalorização e por verbas astronómicas. Quais as obrigações do SLBenfica e dos jogadores até final da temporada? Ou seja, como vai decorrer o que falta da temporada? Vejamos:
Estará o Benfica vinculado a que joguem para que "cresçam" mais e cheguem na próxima época já com capacidade de fazer justificar o investimento? Pode o Benfica não os colocar a jogar? Os objectivos associados à venda do Rodrigo passam pela sua utilização? E se ocorrer uma lesão grave (como aconteceu com o Salvio)? Será que agora vão... "levantar mais o pé"?
- Havia outras ofertas concorrentes que justificassem a "loucura" cometida por este fundo? Em caso afirmativo, eram assim tão inferiores para não preferirmos vender a um clube ao invés de vender a um fundo? Se eram mais baixas significativamente... porque raio o fundo comete estas loucuras?
Já agora, tendo o Matic sido vendido abaixo de uma outra proposta porque preferimos um valor pago a pronto ao invés de fraccionado... como é o pagamento destes jogadores, tendo até em conta que até cá ficam?
Estando os jogadores sobrevalorizados, esta verba representa um risco elevadíssimo para quem compra e um fabuloso negócio para quem vende. Aparentemente é um negócio estranhamente bom apenas para uma das partes... e logo para a única que tem urgência em realizar o negócio! Habitualmente é o contrário...
E agora "o grande final":
1. Parece que eu fui dos poucos que acertou: que não saia mais niguém do plantel do SLBenfica e que poderiam ocorrer vendas em Janeiro para serem efectivadas no verão. É só ler aqui: Futurologia NGB...
Terá sido coincidência? ;)
2. Uma informação para pensarem e tirarem as vossas conclusões sobre a sobreavaliação dos jogadores que foram vendidos:
- Em Agosto de 2013, o SLBenfica vendeu ao Benfica Stars Fund 24% do passe de Rodrigo por 3.6M€ (tendo na altura avaliado o jogador em 15M€) e venderam ainda 20% do passe de André Gomes por 0,8M€ (tendo na altura avaliado o jogador em 4M€).
Nesta transacção hoje efectuada o Benfica Stars Fund recebe 24% de 30M€, ou seja, 7,2M€ (precisamente o dobro do que investira antes) aos quais adiciona 20% de 15M€, ou seja, 3M€ (mais quase 4x o que investira). No total do fundo do BES recebe 10,2M€ nesta operação.
Há tipos com sorte, coincidentemente são os mesmos tipos que são credores principais do SLBenfica... mas isso serão coincidências, claro.
Já agora, curiosamente 90% das grandes vendas do Benfica (DiMaria, Javi Garcia Coentrão, Ramires e David Luiz) tinham algo em comum que não tiveram outras vendas por valores mais baixos (Nolito, Bruno Cesar, Melgarejo) ou longe do seu potencial efectivo (como Matic). O que era?
O Benfica Stars Fund, pois claro...
... Alguém tem que receber pelo financiamento dado aos 49,3M€ investidos este ano em contratações.
- Rodrigo custou 6M€ no negócio DiMaria e é vendido por 30M€
- André Gomes custou 0,2M€ e é vendido por 15M€
Rentabilidade inegável de dois jogadores que, seguramente, nenhum deles representa ao dia de hoje uma valorização de 30 e 15M€, pelo que foram claramente bem negociados e sobrevalorizados pelo SLBenfica, mesmo tendo em conta o seu potencial.
É também inegável que o futuro patrão do Valência, e como tal o provável destino destes jogadores, contratou dos jogadores que dentro de dois anos poderão ser dos melhores da Europa nas respectivas posições.
Mas é impossível não levantar algumas questões importantes neste tipo de negócios:
- O Rodrigo, como o André, é vendido a um fundo. O jogador pode valer mais 10M€ com o atingimento de objectivos desportivos.
Objectivos Futuros? Objectivos Actuais (no SLBenfica)? De outra forma torna-se complicado perceber que tipo de objectivos pode ficar sujeito um jogador que não é propriedade do clube, mas sim de um fundo.
- Penso ser unânime que, neste momento, nem Rodrigo vale 30M (quanto mais 40), nem André Gomes vale 15M. O que pode justificar que um comprador, sabendo que o vendedor precisa realizar dinheiro, pague um prémio tão alto pelos jogadores. Isto é o inverso da "lei da oferta e da procura"!
- O caso do André parece ser ainda mais estranho: Um jogador com 1500 minutos em época e meia é vendido por 15M€ (10.000€ por minuto jogado). Ainda assim, com uma sobrevalorização de 3 ou 5x... ainda há o compromisso de 25% da mais valida da venda... acima de 15M€. É muita esmola...
- Os jogadores estão vendidos em sobrevalorização e por verbas astronómicas. Quais as obrigações do SLBenfica e dos jogadores até final da temporada? Ou seja, como vai decorrer o que falta da temporada? Vejamos:
Estará o Benfica vinculado a que joguem para que "cresçam" mais e cheguem na próxima época já com capacidade de fazer justificar o investimento? Pode o Benfica não os colocar a jogar? Os objectivos associados à venda do Rodrigo passam pela sua utilização? E se ocorrer uma lesão grave (como aconteceu com o Salvio)? Será que agora vão... "levantar mais o pé"?
- Havia outras ofertas concorrentes que justificassem a "loucura" cometida por este fundo? Em caso afirmativo, eram assim tão inferiores para não preferirmos vender a um clube ao invés de vender a um fundo? Se eram mais baixas significativamente... porque raio o fundo comete estas loucuras?
Já agora, tendo o Matic sido vendido abaixo de uma outra proposta porque preferimos um valor pago a pronto ao invés de fraccionado... como é o pagamento destes jogadores, tendo até em conta que até cá ficam?
Estando os jogadores sobrevalorizados, esta verba representa um risco elevadíssimo para quem compra e um fabuloso negócio para quem vende. Aparentemente é um negócio estranhamente bom apenas para uma das partes... e logo para a única que tem urgência em realizar o negócio! Habitualmente é o contrário...
E agora "o grande final":
1. Parece que eu fui dos poucos que acertou: que não saia mais niguém do plantel do SLBenfica e que poderiam ocorrer vendas em Janeiro para serem efectivadas no verão. É só ler aqui: Futurologia NGB...
Terá sido coincidência? ;)
2. Uma informação para pensarem e tirarem as vossas conclusões sobre a sobreavaliação dos jogadores que foram vendidos:
- Em Agosto de 2013, o SLBenfica vendeu ao Benfica Stars Fund 24% do passe de Rodrigo por 3.6M€ (tendo na altura avaliado o jogador em 15M€) e venderam ainda 20% do passe de André Gomes por 0,8M€ (tendo na altura avaliado o jogador em 4M€).
Nesta transacção hoje efectuada o Benfica Stars Fund recebe 24% de 30M€, ou seja, 7,2M€ (precisamente o dobro do que investira antes) aos quais adiciona 20% de 15M€, ou seja, 3M€ (mais quase 4x o que investira). No total do fundo do BES recebe 10,2M€ nesta operação.
Há tipos com sorte, coincidentemente são os mesmos tipos que são credores principais do SLBenfica... mas isso serão coincidências, claro.
Já agora, curiosamente 90% das grandes vendas do Benfica (DiMaria, Javi Garcia Coentrão, Ramires e David Luiz) tinham algo em comum que não tiveram outras vendas por valores mais baixos (Nolito, Bruno Cesar, Melgarejo) ou longe do seu potencial efectivo (como Matic). O que era?
O Benfica Stars Fund, pois claro...
... Alguém tem que receber pelo financiamento dado aos 49,3M€ investidos este ano em contratações.
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