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Thursday, December 19, 2013

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Portugal, 19 de Dezembro de 2013
Um pouco atrasado, mas com os temas ainda relativamente actuais, hoje escrevo sobre os 5 golos marcados no Olhanense – Benfica e nos 5 golos que despediram o Villas-Boas (AVB) do comando técnico do Tottenham.
Começando com o AVB, o tal treinador que à frente do FCP ganhou todas as provas que podia ganhar na época 2010/2011, que uns tantos referenciaram como uma boa descoberta de Pinto da Costa, e outros tantos defenderam que era uma boa solução para o Benfica. Afinal quem teve razão foi a minoria silenciosa, na qual tenho o prazer de me incluir, que apostava no falhanço de AVB fora do “sistema” que comanda o “futebolês portoguês”: arbitragem e comunicação social, trabalhando em perfeita harmonia na valorização do embuste, da batota e do consequente prejuízo financeiro das SAD’s.
Este “sistema” ordena as classificações e por mais que uns histéricos peçam, todos os anos, a demissão do treinador (e viu-se o que ganhamos nos primeiros 8 anos de mandato de Vilarinho/Vieira), é um “sistema” que por força das probabilidades e dos interesses económicos em jogo, perde 1 campeonato em 5 ou 6, não por exclusivo mérito do treinador ganhador, mas porque a pressão da arbitragem abranda o suficiente para que esse treinador ganhe mais vezes. Quem não se lembra de Jorge Sousa marcar o penalty que deu a vitória do Benfica, em Leiria no último título, num lance que nunca mais marcou, nestes últimos anos?
Portanto o AVB no Benfica teria o mesmo destino que todos os outros tiveram, mas que hoje fora deste “sistema” viciado, até têm tido percursos interessantes: Fernando Santos no PAOK e Selecção Grega, Ronald Koeman no PSV, Valência e agora Feeynord. Já para não falar do “polémico” Quique, que à frente do Atlético salvou-o da descida de divisão ,e na época seguinte ajudou-os a ganhar a Liga Europa e Supertaça Europeia.
Já os ex-treinadores ganhadores do FCP, os tais que fazem suspirar uma franja apreciável de adeptos do Benfica, em particular os que gostam de escrever, pelo contrário fazem muito pouca coisa digna de registo. Jesualdo, tri campeão no FCP, já depois de ser despedido do Málaga conseguiu a proeza de, em 2 épocas no Panathinaikos, ficar fora da Champions duas vezes (eliminado no play-off) e 1 vez fora da Liga Europa (eliminado no play off). AVB vai em dois despedimentos em três épocas apenas, com plantéis de luxo. No Chelsea foi o seu despedimento que permitiu ao italiano ser campeão europeu, o grande sonho que Abramovitch não conseguiu com o “special one” nem com o “cadeira de sonho”.
Ora perante a evidência da menor qualidade de AVB relativamente ao que lhe tinham atribuído (eles, os do “sistema”), a comunicação social portuguesa, a tal do “sistema”, tudo tem feito para limpar a sua imagem. As notícias sucedem-se em catadupa. Achei piada a uma que diz que ele não subscreveu 4 das 7 grandes contrataçõesdesta época, como se isso justificasse a sua inabilidade para ganhar, fora das boas arbitragens e desta comunicação social viciada. É que dos 3 que ele avalizou, Soldado foi o mais caro – 30 milhões – e não marca golos! Para além disso, “encostou” Germaine Defoe, o melhor marcador da equipa na Liga Europa, e o Adebayor, ficando assim sem uma referência na grande área (idem nosso problema sem Cardozo, mas porque ele está lesionado), não renovou ou despediu algumas referências do Tottenham e ao cabo destes 3 meses, a equipa joga pior de jogo para jogo. As humilhações frente ao City, 6-0, já depois de ter sido goleado em casa pelo West Ham por 3-0 (com o seu único avançado no banco, Soldado).
Claro que nada disto é dito porque interessa manter a áurea de que o FCP ganha bem ganho os seus títulos nacionais, e que o problema é do patrão do Tottenham. E já agora do russo do Chelsea embora na altura ninguém se tivesse lembrado de dizer que o AVB tinha discordado de algumas contratações.
Bom, no nosso jogo de Olhão houve 5 golos, tendo ficado bem evidente as lacunas defensivas que o 4-4-2 provoca, mas que infelizmente – e mais uma vez – os tais “entendidos”, carregaram para cima do Artur Moraes.
No 1º golo, Cortez, ah não, Sílvio (português e da formação), perdeu uma bola em zona proibida, transição rápida e golo. Poucos jogadores em posição defensiva porque a maior parte estava a sair para o ataque, em posição ofensiva portanto, quando se perdeu a bola. No 2º golo, mais uma bola perdida a meio campo, rápida transição, poucos jogadores em posição ofensiva, ninguém faz pressão porque não está ninguém por ali, o adversário arrisca e tem sorte, com a bola a bater à frente de Artur Moraes e a ganhar altura. Claro que para o RECORD, o Artur podia fazer mais. Já era assim com o Roberto. Para SCP (ou Académica frente ao Benfica) seria “a bola bateu à frente e o guarda-redes nada podia fazer”.
Marcamos 3 golos, e não pelo mérito do modelo táctico, mas sim de circunstâncias do jogo. Lima em fora de jogo, marcou de cabeça – o que é raro, Matic e Suleijamn marcaram dois golos de inspiração individual. Qual a contribuição do 4-4-2? Só se fosse no congestionamento de jogadores nas imediações da baliza, como aconteceu frente ao Arouca.
Deve ser sublinhado que há 1 penalty claríssimo sobre Gaitan aos 21 mn, que o árbitro do Porto não assinalou, enquanto no jogo do SCP outro árbitro do Porto assinalou 1 penalty por falta fora do campo. Não dá que pensar, é assim mesmo: o SCP faz mais pontos que o Benfica, com árbitros do Porto. A explicação existe, mas anda tudo entretido a tentar despedir o treinador do Benfica, que nem vale a pena teorizar sobre isso...

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