A primeira passagem pelo Benfica:
"Na última época em Gotemburgo, 1981/82, Eriksson ganhou tudo: campeonato, Taça e Taça UEFA. E então apareceu o Benfica. Ele diz que aceitou de imediato e relata a chegada a Lisboa, com centenas de pessoas no aeroporto. «Pensei que estavam ali à espera de um primeiro-ministro ou outro alto-dignitário, mas estavam à minha espera.» Depois, conta como foi conduzido direto à sala de troféus da Luz: «Estava a abarrotar de taças. Nunca tinha visto nada tão impressionante. Foi quando percebi o que esperavam de mim no Benfica. Calculo que tenha sido essa a razão por que me mostraram aquela sala.»
Depois, recorda como Fernando Martins teve dificuldades em impor o seu nome num «clube muito conservador» como o Benfica, e como foi ganhar para a Luz «quatro ou cinco vezes mais» do que ganhava na Suécia. Conta como ficou «chocado» quando chegou ao treino e percebeu que a equipa tinha 45 jogadores. Fala de um clube que tinha «estagnado» e que precisava de uma «revolução», e explica como escolheu Toni para adjunto porque sentiu logo empatia com o antigo jogador.
As recordações misturam a paixão da família por Portugal e os grandes jogos europeus. A final da Taça UEFA perdida para o Anderlecht em 1983 - «a minha primeira grande derrota» - e a eliminação com o Liverpool na Taça dos Campeões na época seguinte, quando começou a pensar se «teria chegado ao limite com o Benfica»".
Benfica, a segunda vez:
"A Fiorentina era pequena de mais para ambição de Eriksson e por isso, quando voltou a aparecer o Benfica, com a Taça dos Campeões como meta, ele voltou. Para um futebol diferente, diz. «Durante os cinco anos que tinha estado fora de Portugal, o futebol lá tinha-se tornado mais sujo, mais corrupto. Havia muitos escândalos e havia sempre conversas sobre árbitros. O Porto tinha-se tornado muito mais poderoso.»
O segundo período no Benfica inclui um relato detalhado da visita às Antas no famoso campeonato de 1991 decidido por César Brito, «um jogador periférico de que ninguém voltaria a ouvir falar». «Quando chegámos ao balneário, estava trancado. Pedi aos seguranças para o abrirem, mas eles ignoraram-me por completo. Pinto da Costa, o presidente do FC Porto e o homem mais poderoso do futebol português na altura, apareceu, a dizer que de acordo com as regras, o balneário dos visitantes só tinha que estar disponível uma hora antes do jogo. ‘Respeito muito o senhor Eriksson como pessoa’, disse. ‘Mas guerra é guerra.’»
«Quando o balneário foi finalmente aberto», continua o livro, «descobrimos que tinha sido pulverizado com um químico qualquer que tornava impossível respirar. Os nossos jogadores tiveram que se equipar no átrio, cá fora. Perguntei a um funcionário do Porto se podíamos pelo menos ter acesso ao relvado, mas as ordens de Da Costa eram que a equipa visitante só podia subir ao relvado meia hora antes do pontapé de saída. Quando subimos para o campo, o relvado estava tão molhado que dificilmente conseguíamos fazer um passe, e as linhas tinham sido redesenhadas para tornar o campo mais pequeno. O nosso banco tinha sido colocado quase em linha com a área de penálti, e preso de forma que era impossível movê-lo.»
Veio a terceira época no Benfica, que «foi um pesadelo». Eriksson diz que foi Gaspar Ramos quem o convenceu a ficar mais essa temporada, o que «foi um erro». Conta como conheceu nessa altura Pini Zahavi, até hoje um dos empresários com mais peso no futebol mundial e com quem manteve relações desde então, e lhe comprou Yuran e Kulkov. «Tínhamos dois jovens médios, Rui Costa e Paulo Sousa, que se estreavam na primeira equipa, mas éramos fracos na frente e não sei como consegui montar uma defesa. Os reforços russos nunca se adaptaram.» Yuran «gostava da boa vida, mas não estava habituado ao dinheiro; não confiava no banco e guardava o dinheiro no colchão»". - MaisFutebol.
"A Fiorentina era pequena de mais para ambição de Eriksson e por isso, quando voltou a aparecer o Benfica, com a Taça dos Campeões como meta, ele voltou. Para um futebol diferente, diz. «Durante os cinco anos que tinha estado fora de Portugal, o futebol lá tinha-se tornado mais sujo, mais corrupto. Havia muitos escândalos e havia sempre conversas sobre árbitros. O Porto tinha-se tornado muito mais poderoso.»
O segundo período no Benfica inclui um relato detalhado da visita às Antas no famoso campeonato de 1991 decidido por César Brito, «um jogador periférico de que ninguém voltaria a ouvir falar». «Quando chegámos ao balneário, estava trancado. Pedi aos seguranças para o abrirem, mas eles ignoraram-me por completo. Pinto da Costa, o presidente do FC Porto e o homem mais poderoso do futebol português na altura, apareceu, a dizer que de acordo com as regras, o balneário dos visitantes só tinha que estar disponível uma hora antes do jogo. ‘Respeito muito o senhor Eriksson como pessoa’, disse. ‘Mas guerra é guerra.’»
«Quando o balneário foi finalmente aberto», continua o livro, «descobrimos que tinha sido pulverizado com um químico qualquer que tornava impossível respirar. Os nossos jogadores tiveram que se equipar no átrio, cá fora. Perguntei a um funcionário do Porto se podíamos pelo menos ter acesso ao relvado, mas as ordens de Da Costa eram que a equipa visitante só podia subir ao relvado meia hora antes do pontapé de saída. Quando subimos para o campo, o relvado estava tão molhado que dificilmente conseguíamos fazer um passe, e as linhas tinham sido redesenhadas para tornar o campo mais pequeno. O nosso banco tinha sido colocado quase em linha com a área de penálti, e preso de forma que era impossível movê-lo.»
Veio a terceira época no Benfica, que «foi um pesadelo». Eriksson diz que foi Gaspar Ramos quem o convenceu a ficar mais essa temporada, o que «foi um erro». Conta como conheceu nessa altura Pini Zahavi, até hoje um dos empresários com mais peso no futebol mundial e com quem manteve relações desde então, e lhe comprou Yuran e Kulkov. «Tínhamos dois jovens médios, Rui Costa e Paulo Sousa, que se estreavam na primeira equipa, mas éramos fracos na frente e não sei como consegui montar uma defesa. Os reforços russos nunca se adaptaram.» Yuran «gostava da boa vida, mas não estava habituado ao dinheiro; não confiava no banco e guardava o dinheiro no colchão»". - MaisFutebol.
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