O Zé-Ninguém que se tornou Presidente do Sport Lisboa e Benfica.

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Wednesday, November 13, 2013

O Zé-Ninguém que se tornou Presidente do Sport Lisboa e Benfica.


"Era uma vez um empresário chamado Zé Ninguém. O Sr. Zé Ninguém cresceu numa família humilde, não teve oportunidade de estudar. Mas como era um chico-esperto e tinha uma ambição desmesurada, lá foi subindo na vida a custo e à custa de algumas falcatruas.

Como era esperto, sabia que o mundo do futebol lhe poderia abrir portas e aumentar a pequena riqueza que juntará até então.

Num acto de genialidade, decide tornar-se sócio do Benfica (?), do Porto e do Sporting. Assim, seria mais fácil, um empresário que se preze não tem cores, não tem preferências, não tem inimigos, não tem clube.

Nunca foi visto no Estádio da Luz, não sabia quem era o Cavém, nunca participou em Assembleias do clube, nunca participou na vida do clube.

Mas era amigo de Pinto da Costa, um homem de confiança mesmo. O Presidente do clube corrupto do norte ficou amigo dele nos velhos tempos do Alverca, quando andavam os dois divertidos, juntamente com José Veiga, a desviar jogadores do Benfica para irem parar ao FCP.

Entretanto o Benfica atravessava uma terrível crise, financeira e desportiva. Zé Ninguém viu ali um El Dorado, um clube com adeptos sedentos de mudança.

Zé Ninguém foi ficando mais rico, mas não lhe bastava. Tinha uma pérola no Alverca e decidiu vende-la ao Benfica, pois seria o negócio que lhe abriria as portas das Luz, para que pudesse entrar sem ser considerado um corpo estranho.

Assim foi. Mantorras veio para o Benfica, o Alverca entretanto desapareceu do mapa e os muitos milhões do negócio Mantorras não ajudaram o Alverca.

Quando chegou ao Benfica, pela mão de Vilarinho. Zé Ninguém é nomeado Director de Futebol, apesar de nunca ter mostrado serviço nessa área e mais tarde ter admitido que não percebe nada de futebol. Lá foi construindo e seu império e aumentando a sua fortuna.

Entretanto Vilarinho passa a pasta ao Zé Ninguém, numas eleições que serviram apenas para formalizar o poder entregue em mãos. Havia um pequeno problema com a antiguidade do número de sócio de Zé Ninguém, mas nada que um número disponível de outro sócio entretanto falecido não resolvesse.

Entretanto rebenta um escândalo de corrupção, o famoso Apito Dourado. Zé Ninguém aparece nas TVs a defender os seus amigos, Pinto da Costa e Valentim Loureiro, desafiando o individuo que denunciou o Caso Apito Dourado a apresentar provas ou a demitir-se.

As provas apareceram, anonimamente segundo Zé Ninguém, no seu gabinete, sob a forma de um dossier e umas escutas. Zé Ninguém percebe que não pode continuar a defender os seus amigos em público. E passa a adoptar uma postura pela "verdade desportiva".

Vai contratar um advogado, que andou pelos gabinetes de Adelino Caldeira e pelas SAD do Porto e Boavista, Paulo Gonçalves. E mais tarde, José Veiga, seu amigo nos negócios do Alverca com o FCP, para liderar o futebol do Benfica, já que ele não percebia nada.
E para que nada falte ao novo Benfica, vai contratar um scouter ao Porto, o famoso Jorge "O Porto é a minha religião" Gomes, para dominarmos o mercado sul-americano.
Contrata um gestor de topo, que sempre foi sportinguista, mais conhecido pela sigla DSO.

Entretanto, Zé Ninguém conhece alguns percalços.

Paulo Gonçalves teve azar na forma como conduziu o Processo apito Dourado, tendo o Benfica perdido a batalha em toda a linha, para o FCP.
José Veiga, apenas teve sucesso esporádico, tendo o futebol do Benfica voltado a definhar para sorte do FCP. (Zé Ninguém, como não gostava da imagem de perdedor, tratou de o mandar embora e passar a trata-lo como um oportunista)
Jorge Gomes também conheceu alguns contratempos, pois jogadores apalavrados com o Benfica iam para o FCP.
E o magnifico DSO conseguiu passar de um passivo de 80 para 500 milhões.

Mas o extraordinário Zé Ninguém continuava imparável, ganhava eleições de rajada no clube, sempre acima dos 80% de votantes.

Os sócios estão mais contentes que nunca, apesar da grande maioria ter ficado impedida de se poder candidatar a Presidente do clube do seu coração, com o golpe estatutário delineado por Zé Ninguém, continuam a ver em Zé Ninguém o salvador.

No futebol ganha sempre o do costume e Zé Ninguém recorda com nostalgia, em tribunal, o tempo em que era amigo e homem de confiança de Pinto da Costa.

Mas nem isso serve para abalar a confiança dos benfiquistas num homem que foi tudo, menos benfiquista antes de chegar ao Benfica.
" - retirado do "Ser Benfiquista".

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