Portugal, 8 de Outubro de 2013
O Benfica venceu no Estoril, o treinador volta a estar pressionado pela comunicação social e os adeptos começam também a embalar em função desses estímulos exteriores que a comunicação social destaca e manipula. Ganhar já não chega. “Porque podíamos não ter ganho”, dizem depois de saberem que ganhamos onde o FCP perdeu os primeiros pontos neste campeonato. Que adeptos “sui generis”...
Por acaso vi o jogo entre o Tottenham e o West Ham, onde a equipa de Villas-Boas jogou “bem” (de acordo com os comentadores da Benfica TV), onde de facto teve mais posse de bola, remates à baliza, cantos (já agora) e o resultado final foi uma copiosa (digo eu) derrota caseira por 3-0. Alguém imagina isso no Benfica de Jesus ou de outro treinador qualquer? É difícil... mas posso apostar que no próximo jogo que o Tottenham jogar em casa, vai voltar a ter casa cheia. Ao contrário do Benfica que ganhando, não “convence” os tais adeptos “sui generis” a estarem presentes no próximo jogo...
Adiante...
Muito se falou e escreveu na pré-temporada sobre as ratoeiras do “sistema”, em particular quando se conheceu o calendário. Foi a altura em que os iluminados do costume falaram e escreveram dos “arranjinhos” do sorteio para prejudicar o Benfica. Porque o Benfica tinha saídas logo ao Marítimo, ao SCP, ao Guimarães e ao Estoril, na 1ª metade da 1ª volta... “podemos ficar logo afastados do titulo” previam eles com a mais convicta presunção alicerçada nas manigâncias do “sistema” que estabelece quem ganha, quem desce e quem vai à Europa. E que não se costuma enganar muito...
Foi também muito falado e escrito que Cardozo não podia ter lugar no Benfica depois do que se passou na final da Taça. Que Cardozo seria sempre uma má influência no plantel, pela falta de respeito que mostrou publicamente com o treinador. Que Cardozo faltou ao respeito aos adeptos. Que Cardozo faltou ao respeito ao Clube. Que o clube não poda admitir actos de indisciplina. Etc.
Claro que também se falou muito que Jesus não deveria renovar contrato com o Benfica, porque tinha perdido 3 finais, algumas de forma “incompetente”. A somar ao facto que era casmurro, lia mal os jogos, arrebentava com os jogadores porque utilizava sempre os mesmos, era arrogante, etc. Abro um pequeno parêntesis para sublinhar que toda esta gente que assim pensou e escreveu, é gente que nunca fez melhor que ele, e no caso de ex - dirigentes do Benfica, como Gaspar Ramos e António Figueiredo, é gente que está associada a uma das fases mais negras do Benfica, em termos de resultados desportivos (e económicos). Estão associados aos mil espectadores num Benfica - Tirsense, estão associados à eliminação na 1ª eliminatória da Taça UEFA pelo Bastia, estão associados à política de 1 treinador por época com resultados cada vez piores e de que Manuel José foi o expoente máximo, levando inclusivamente à demissão de Damásio e Figueiredo. Porque Gaspar Ramos, inteligente, tinha saído uns meses antes “por razões profissionais”.
Pois muito se disse sobre o “sistema”, as suas manigâncias, o Cardozo e o Jesus, sem nexo ou sem sentido como exemplifico a seguir.
É que de facto, o calendário era difícil. E mais difícil se tornou com os erros de arbitragem nos jogos fora com Marítimo, SCP e Guimarães (este foi o único que não provocou perda de pontos), e nos jogos em casa com o Belenenses. No mínimo, com interferência directa nos resultados do Benfica, perdemos 4 pontos (penalty contra SCP e golo do Belenenses). Enquanto víamos o FCP ser ajudado, na proporção inversa: 4 pontos ganhos a mais, com duas vitórias por 1-0 em Paços e em casa com o Guimarães, em lances mal avaliados pelos árbitros. Este meu critério é baseado na lógica de avaliação da Sporttv e da Liga da Verdade Record... Vale o que vale... Contudo serve para referir que JJ começou cedo a pagar o preço pelos erros dos árbitros. É que, dizem os entendidos, “no ano passado também éramos gamados e ganhávamos”...
Mas também se disse que JJ rebentava com a equipa. Ora esta época ele tem optado por fazer rodar mais jogadores, em função de esquemas de jogo distintos (entre o habitual 4-4-2 em losango e o 4-2-3-1 para jogos mais difíceis). Pois é. Rodou jogadores, passou a ser acusado de não ter ideias de qual o onze base que lhe dá mais garantias...
E assim, no espaço de uma semana, o pretexto passou da “fraca exibição contra o Belém” (o Tottenham jogou mais contra o West Ham e foi goleado) que ao mesmo tempo branqueia os dois erros grosseiros do árbitro, contra o Benfica, passamos pela “paupérrima exibição” contra o PSG (a mesma equipa que com 10 jogadores em campo foi ganhar ao Marselha e também fez mais de 800 passes certos) e termina na “pobre exibição” contra o Estoril, jogo que ganhamos. E em “última hora”, parece que também há agora a novela “Matic a 6 ou 8”...
Traço comum às criticas da comunicação social? O treinador do Benfica e a hipocrisia de quem pode sempre escolher um tema para atirar contra ele, mesmo que antes esse tema tenha sido criticado por eles (exemplo: rotação do plantel vs 11 base). Traço comum às criticas dos adeptos “sui generis” do Benfica? Falta de memória e falta de apoio à equipa.
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