Guerrilha FCPorto: É possível acabar com isto em Portugal?

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Wednesday, October 23, 2013

Guerrilha FCPorto: É possível acabar com isto em Portugal?

Já alguém parou para pensar no que se tornou esta "guerra" FCPorto / SLBenfica?

Hoje em dia, não se discute desporto entre benfiquistas e portistas. Nada mais passa entre adeptos e dirigentes destes clubes que não seja ofensas, intimidação, agressões, violência ou terror.

A norte estabeleceu-se uma teia de ligações que envolve política, justiça e desporto num triangulo que torna os mentores deste clima pessoas impunes e acima de qualquer lei e ordem.

Aparentemente, parece tudo ser possível, de forma escandalosa até como se assistiu no Apito Dourado ou nas agressões/ataques às comitivas do SLBenfica... e nada acontece. Nunca nada acontece.

O clima dentro do Estádio é de constante terror e intimidação, com circulação de armas para intimidar dirigentes, com ameaças, com bolas de golf, com alusões e ameaças à familia... tudo isto para "vergar" os adversários a um espectro de inferioridade.

Eles não se superiorizam... eles inferiorizam os demais.

Dito isto, qual será então a solução?

1. Olho por olho, dente por dente
ou
2. Mantermo-nos fieis aos nossos princípios de honra e respeito

A tentação de escolher o primeiro caminho é enorme! Fazer acompanhar sempre as comitivas do SLBenfica com gente preparada para retaliar em dobro aquilo que nos fazem pode sempre ser um caminho...

Porém, ponho-me a pensar que lidar dessa forma com uma organização criminosa organizada, implica ter uma estrutura de liderança capaz de lidar com as consequências dessas via: A retaliação feita na medida de ameaças à familia, por exemplo.

Coloca-se aqui a questão: Precisamos então de ter dirigentes "sem nada a perder na vida"? Precisamos de ter dirigentes dispostos a sacrificar a vida para enfrentar uma organização criminosa protegida pela justiça?

... ou simplesmente aceitamos que vamos fazendo o melhor possível pelo nosso clube, na expectativa de o lider dessa organização suja, corrupta, violenta e marginal um dia abandone e fiquem mais frageis, podendo voltar nessa altura o contexto de vitórias de igual para igual e com as mesmas leis?

Será fácil aceitar situações como as que fizeram ao Viega com o processos em tribunal? Será facil receber ameças de morte? Será fácil ouvir ameaças ao bem estar dos nossos filhos? Será fácil lidar com armas apontadas à cabeça?

... Ou seria muito mais fácil Portugal um dia assumir-se como país que quer mudar o conceito de país marginal e corrupto, como disse e bem José Eduardo do Santos, e procurar condenar os que impõem este tipo de leia suja e sangrenta?


Já que falamos de polítiquices, aproveito para partilhar uma posição de António Costa (Pres da CMLisboa) a propósito da crise e da forma como os portugueses são vistos como culpados da mesma... Se repararem, o problema de fundo é o mesmo: Os Lobbys que se protegem ainda que isso represente "perder o país", como tem representado na escala do desporto perder o futebol nacional: 

 “A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir. E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável. Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer… podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar! A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável. Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos. Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos. Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia."




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