Há uns dias partilhei o tópico Dar tiros nos pés é uma arte, a propósito da entrevista do Presidente, porventura das mais mal preparadas que lhe vimos nos últimos anos. Media Training precisa-se urgentemente! (aliás, não é só o Presidente...)
Hoje, a propósito da entrevista do Jorge Jesus ao L'Equipe (viva a bazófia, eu dou entrevistas ao jornal desportivo mais prestigiado do Mundo!!!), chamo a vossa atenção para o resumo feito pelo nosso companheiro de blogsfera benfiquista "Fura-Redes" no seu blog, bem mais completa do timido resumo que faz hoje o jornal O Jogo. Ficam as frases chave escolhidas pelo nosso companheiro, os destaques a bold são meus...:
“Não entendo a visão de que a época passada foi terrível. O Benfica perdeu seis jogos, quatro na Europa e dois em Portugal. A verdade é que fomos brilhantes, simplesmente isso não foi suficiente para conquistar os títulos que merecíamos.”
O treinador encarnado falou ainda do golo sofrido no Estádio do Dragão a poucos segundos do final do encontro com o FC Porto e que acabou por ditar o desfecho do campeonato:
“O que senti? Vinte segundos antes e após quase 30 jornadas de campeonato, nós éramos os campeões. Os adeptos do Porto já estavam a sair do estádio, os jogadores baixavam a cabeça, o treinador e o seu banco choravam. E depois, numa situação de jogo normal, tudo mudou”, sublinhou.
Sobre a final da Taça de Portugal: "Era um jogo que pensávamos ganhar, tínhamos vencido 4-0 e 3-0 no campeonato mas, moralmente, os jogadores estavam em baixo. Para viver momentos marcantes é preciso estar nas finais. É isso que conta. Para serem reconhecidas e importantes, as equipas têm de marcar presença nas finais. Por exemplo, o PSG para ver o seu trabalho reconhecido tem de lá chegar: às finais! Em futebol, as equipas que contam são as que vão às finais."
“Para vocês, jornalistas, o meu nome (Jesus) é uma bênção. Se a equipa ganha é porque foi um milagre, mas se perde Jesus é crucificado. E ao terceiro dia posso ressuscitar. (...) Mas na verdade não sei de onde vem este nome que me deram os meus antepassados.»”
"Os treinadores têm de entender que só importa o interesse do clube. Cardozo marcou muitos golos pelo Benfica, é um jogador muito importante. O clube não conseguiu a venda. OK, ele fica, avançamos. Falámos, como duas pessoas responsáveis."
"A única diferença para Real Madrid ou AC Milan é o dinheiro. Em Portugal, treinador tem dois objetivos: ganhar títulos e contribuir para o equilíbrio financeiro do clube, trabalhando na progressão dos jogadores. Nesse aspeto, rivalizamos com as melhores equipas do Mundo no terreno. Mas apenas no terreno, não financeiramente. Talvez, por isso, o Benfica, no final da época, tenha sido sexto no ranking da UEFA."
Na entrevista o jornal L’Equipe quis saber que jogador Jorge Jesus gostaria de treinar. «Messi e Ronaldo», respondeu, referindo que as estrelas de Barcelona e Real Madrid «podem jogar juntos» na mesma equipa: "Os grandes jogadores acabam sempre por se entender, não importa em que equipa. Os que não se entendem e provocam disputas entre eles, esses não são grandes jogadores."
«Sim, existe uma escola portuguesa de treinadores. Temos uma metodologia de treino muito refinada, que muitos treinadores no Mundo inteiro tentam imitar. Tal como Mourinho e Villas Boas, não me limito apenas às vertentes técnicas ou táticas. Se não temos uma ideia bem precisa nas nossas cabeças, se nos contentarmos com o que fazemos em campo, não teremos uma carreira longa.»
«Tenho algo de que me orgulhar: tenho resultados, os meus dirigentes estão contentes comigo», assinala ainda Jesus quando questionado com o tempo que já leva ao comando dos encarnados, «um dos grandes clubes do mundo», em que a «diferença para Barcelona e Real Madrid está apenas no dinheiro».
Conclusão: Bem... nem sei que concluir disto! Eu que o considero um excelente treinador... será que ninguém lhe pode pedir que apenas treine a equipa e não diga baboseiras?
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