Vitamina Markovic para contrariar a descrença

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السبت، 7 سبتمبر 2013

Vitamina Markovic para contrariar a descrença


As 3 razões do meu pessimismo:

1. A TÁTICA
A tática é pois, no fim de contas, a causa maior de todos os traumas que se diz virem da época passada.

Nos últimos 5 anos, queiramos ou não, tem sido um pouco Jorge Jesus contra o mundo. Jorge Jesus e a sua tática do rolo compressor, dos milhões à frente e os tostões atrás, contra a opinião/campanha alimentada pela imprensa e técnicos rivais, de que jogar bonito é muito bom para a vista mas em termos práticos não serve para grandes conquistas, para além de, levar os jogadores quase sempre à exaustão.

Neste contexto de critica generalizada ao modelo utilizado por Jorge Jesus, este só tinha uma solução: provar aos eruditos que o seu modelo também servia para ganhar títulos. Esteve bem perto de o conseguir como sabemos mas, infelizmente, não ganhou. E ao não ganhar pelo terceiro ano consecutivo a desconfiança instalou-se irremediavelmente. Hoje já vemos Rui Gomes da Silva dizer que já só lhe preocupa ganhar títulos e não quer saber de jogar bonito; os adeptos já pensam o mesmo, e mesmo os jogadores, naturalmente, não são diferentes.

O problema dos traumas é pois a perda de fé dos jogadores (e dos adeptos) na tática do rolo compressor, e consequentemente, perda de fé no modelo de jogo do seu treinador. Hoje os jogadores já duvidam que o caminho para o sucesso seja correr esgazelados 90 minutos em cada jogo, já duvidam que o caminho seja ter de marcar pelo menos 3 golos por jogo tendo em conta que sofrem sempre um ou dois (nos 14 jogos jogados este ano só não sofremos golos contra o Belenenses!!). E quando os jogadores já duvidam, pois bem, não há nada a fazer, e não há nada que os faça correr quando a cabeça já não acredita. 

Como aqui escrevi há bastantes meses, apesar da minha admiração pelo técnico e que nunca escondi, tinha sérias dúvidas que a continuidade de Jorge Jesus fosse a melhor opção para o Benfica, num cenário hipotético de terminar a época passada sem ganhar nada.

Hoje estou plenamente convencido de que a continuidade não foi a melhor solução. Jorge Jesus continua a ser um excelente treinador mas, os jogadores precisam claramente de novos estímulos, de algo novo que os volte a fazer acreditar. De momento, só mesmo a vitamina Markovic, para que os adeptos ainda sonhem!

2. O PLANTEL
Já não sei, sinceramente, se é um plantel ou um entreposto de jogadores. E já não sei sequer quem culpar pelo desgoverno, se o treinador, se o Rui Costa, se o presidente! Será o treinador?! Pois não sei, mas hoje todos sabemos por exemplo que Capdevilla e Nolito nunca foram escolhas de Jorge Jesus, mas a este depois se açambarcaram as culpas pela sua não utilização!

O desgoverno é tal que ainda ontem por exemplo ficámos a saber que Carlos Martins e Yanick voltaram a ser integrados na equipa A. São quantos agora? 31 jogadores?! Muitos dizem que o problema maior é haverem jogadores chave da equipa com a cabeça noutros sítios, e que o fecho do mercado terá resolvido eventualmente o problema...

Talvez mas, e que dizer pois dos jogadores que já não contavam para o treinador e agora voltam a contar porque a sua colocação não foi conseguida? Não é esse um problema bem mais grave? Que moral traz isso a esses jogadores e ao plantel? Que coesão? Que motivação? Que espírito de grupo? 

Um caso flagrante: Cortês. Em duas palavras: um cepo, como aqui escrevi ao fim de dois jogos. Mas cepo ou não cepo, foi contratado, jogou sempre, foi titular nos 3 jogos do campeonato. Mas depois não se inscreve o homem na Liga dos Campeões porque entretanto chegou outro. A pergunta que se faz é: que se espera hoje deste jogador? Que esperamos nós que ela faça mais de bom por nós depois desta machadada na sua confiança?

Alguns dirão: “Sim, e quem tiravas tu para meter o Cortês?!” Mas essa é a pergunta errada para fazer neste momento. A pergunta correta é uma de duas:


A primeira: “Porque raio se contratou Cortês?! Quem é o génio que alguma vez acreditou que estava ali a solução dos problemas da equipa?!” E a segunda: “Porque raio anda o Benfica a contratar sem critério e aos contentores para se prestar a situações destas, de ter jogadores titulares na equipa que depois não consegue inscrever nas provas mais importantes e onde todos os jogadores querem estar?” 


Como bem diz Schartz: “não mais Cortês voltará a ser feliz na Luz!” Evidentemente que não. Num par de meses contratámos e queimámos um jogador, fizemo-lo sonhar e matámo-lo logo de seguida! 

Eu pergunto: onde anda o velho paradigma dos planteis com 23 jogadores, dois jogadores por posição e 3 avançados, tendo em conta que existe uma equipa B? Um plantel curto e unido em que todos joguem e todos se sintam importantes, onde todos puxem para o mesmo lado e se sintam como parte de algo?

31 jogadores na equipa A?! Por amor de Deus!! Mas será que ninguém percebe que isto nunca vai funcionar?! Que isto é um regabofe de todo o tamanho que só comprova a incompetência de quem decide e que em nada ajuda ao espírito do balneário?! Será que ninguém percebe que em cada jogo ficam 20 de fora?! E que há muito mais gente a puxar para baixo do que gente a puxar para cima? É preciso ser catedrático para entender isso? 

3. A MATEMÁTICA
E a matemática é muito simples. O ano passado conquistámos 77 pontos em 90 possíveis (13 pontos perdidos), o que, como sabemos, não chegou para ser campeão.

Este ano, à terceira jornada, já perdemos 5 pontos, sendo que, diz a história recente, em confrontos diretos com o FCPorto, nunca conquistamos mais de 0 ou 1 ponto de 6 possíveis. Se a história se mantiver, e perdermos 5 pontos com o FCPorto, juntando aos 5 que já perdemos, dá 10 pontos, significando isso que para IGUALAR o feito do ano passado (que não chegou para ser campeão), só poderemos perder mais 3 pontos nas outras 25 jornadas do campeonato.

As conclusões da matemática são pois muito simples: Para sermos campeões, ou o Porto dá uma ajudinha e perde pelo menos mais uma mão cheia de pontos do que os 12 perdidos o ano passado ou, para a coisa depender apenas de nós, a história dos nossos confrontos diretos com o FCPorto tem de mudar radicalmente. Teremos de somar, PELO MENOS, 4 de 6 pontos possíveis nos jogos com o FCPorto, e o nosso campeonato vai inquestionavelmente decidir-se nesses dois jogos.

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