Portugal, 28 de Setembro de 2013
Uma das teses mais correntes entre adeptos e sócios do Benfica que se procuram instruir nas matérias de futebol, é que “o Benfica tem de ganhar os seus jogos”. Alguns acrescentam “pah”, como se o “pah” estivesse para as suas ideias como o tempero está para a comida. Comparação incorrecta.
De acordo com esta tese, se o Benfica ganhar os seus jogos, é campeão muito mais vezes. La Palisse não diria mais e melhor. A grande questão é saber onde nos leva esta tese, pois a ganhar os nossos jogos, seguramente ganharíamos todos os nossos jogos. E se ganhássemos todos os nossos jogos, faríamos 100% de pontos possíveis, algo que nenhum clube conseguiu até hoje.
Outra das consequências desta tese é que, treinador do Benfica que não ganhe os seus jogos, obviamente é responsável por não ganharmos o campeonato em particular. No limite, é um treinador descartável mesmo que faça percentagens superiores a 85%, algo que nem Mourinho conseguiu no FCP (fez 84 e 80%). Vou tomar como referência esta percentagem porque sabemos que mesmo esses 85% de pontos foram conquistados com erros de arbitragem a favor. Em particular nos jogos com o Benfica. Perdemos 0-1 na Luz com António Costa (Setúbal), hoje formador de árbitros (!), a não ver 1 penalty – gravata - de Pedro Emanuel sobre Ricardo Rocha, e posterior expulsão do mesmo RR por uma falta feita no grande circulo, a meio campo, com Hélder na jogada, mas o árbitro considerou – no meio campo – que havia situação de golo eminente.
Ora fazer 85% não é pois para qualquer treinador. Mas será para o treinador ideal dos tais adeptos que defendem que “temos de ganhar os nossos jogos pah”. O tal treinador que não faria os “erros” que Jesus “fez” no ano passado e que nos tiraram o título (depois enumeram algumas decisões que consideram erradas, sempre no pressuposto de as obterem depois do jogo acabado, e não antes).
Quando contrapomos a estes adeptos que Jesus fez, apesar de alguns erros de arbitragem contra a nossa equipa, 85,6%, isso é desvalorizado pelo facto de não termos ganho o título de campeão, já que o FCP fez mais 1 ponto. E assim, no limite, a conversa com os adeptos desta tese, conduz assintóticamente, a exigência do treinador para a obtenção de 100% de pontos.
Ou seja, para uma conclusão matemática impossível. Adiante.
Ontem o FCP deu-nos apenas mais um exemplo, de como pode fazer sempre mais 1 ponto que os adversários. A coisa estava difícil, o Guimarães defendia-se bem, os jogadores do FCP por cansaço ou falta de qualidade não estavam a funcionar, e eis que surge o árbitro Pedro “Portuença” a sacar 1 penalty do apito, num lance fácil de decidir, pois tratava-se de uma falta a favor do Guimarães. 1 penalty, 1 golo, 3 pontos, 3,3% de pontos para o pecúlio.
Por mero exercício de comparação, estamos a falar do mesmo “Portuença” que há 2 épocas entendeu não faltosa uma entrada sobre Witsel, na entrada da área do FCP, lance do qual nasceu o 2º golo (empate) do FCP. Estamos a falar do mesmo “Portuença” que não viu o pontapé de Guarin em Luisão, mas depois viu a cotovelada deste, expulsando-o, naquela que foi a 1ª expulsão da carreira, no célebre jogo dos 5-0 (nesse momento estava 3-0). Estamos a falar do “Portuença” que marcou o penalty à Lizandro quando o FCP perdia em casa 0-1 aos 70 mn de jogo, dando assim 1 ponto ao FCP e tirando 2 ao Benfica de Quique. Estamos a falar de um árbitro que tem uma colecção de decisões erradas em favor do FCP , nenhuma em contra o FCP e que por estranho que pareça a uma pessoa normal, continua a arbitrar. Já o Bruno Paixão, não pelo menos nos jogos do FCP.
Terminei o texto anterior onde dei conta da intencional opção da comunicação social em criar uma novela acerca de Jesus, em vez de se debruçarem sobre os erros de arbitragem na jornada, da seguinte forma:
Esta operação branqueamento/crucificação de Jesus, 1) permitirá ao FCP e a Vítor Pereira, corrigirem os erros das nomeações da semana anterior, com a maior das tranquilidades, 2) dá jeito para abafar o processo judicial(sim, este está mesmo a correr nos Tribunais) que existe entre o benfiquista Valdemar Duarte, e Pinto da Costa e outros responsáveis do FCP que o ameaçaram de morte e 3) ninguém pôde perceber que quando a equipa do FCP não é suficientemente ajudada e sofre 1 penalty com 0-0 ou 0-1, não conseguem ganhar os seus jogos.
Ora verificou-se que uma vez mais estive perto nas previsões. Vítor Pereira e o FCP corrigiram alguns erros das nomeações, com Proença (e Bertino Miranda) a ser chamado ao FCP - Guimarães e a errar (como esperado) uma vez mais em favor do FCP , e também se provou, uma vez mais perdoe-se-me a repetição (são mais de 20 anos a repetir-me) que para o FCP ganhar um jogo difícil, tem de aparecer o erro de arbitragem da ordem.
A comunicação social, por razões distintas, faz parte da operação branqueamento a favor do FCP. Os árbitros por razões diferentes, erram em favor do FCP. Mas bom, os que querem o Benfica a ganhar 100% de pontos, lá saberão melhor do que eu, porque razão tudo isto acontece.
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