PABLO AIMAR
Em janeiro de 2013 esteve muito perto de sair do Benfica. Acabou por ficar, mas jogou poucas vezes. Arrependeu-se ou foi a melhor opção?
«Ficar num clube como o Benfica é sempre a melhor opção. A não ser que sintas já não ter condições para representar um clube tão grande. Nesse momento decidi ficar mais uns meses e cumprir o meu contrato até ao fim, para tentar ajudar no que fosse possível as pessoas que sempre me trataram bem. Sim, ficar no Benfica com toda aquela gente maravilhosa foi o melhor, mesmo não jogando».
Mas não estava acostumado a ficar tantas vezes no banco. Como lidou com esse estatuto de suplente?
«Tinha de entender isso. Os treinadores não querem perder e apostam nos que lhe dão mais garantias. Eu não estava bem e tenho de admiti-lo. Passei os primeiros seis meses da época com muitas lesões, joguei poucas vezes e estava longe do meu máximo nesses últimos meses. É compreensível que não tenha jogado mais vezes».
Gostou de trabalhar com Jorge Jesus?
«Aprendi muito com ele. Não é uma pessoa difícil. É uma pessoa apaixonada pelo seu trabalho. Ama o futebol e o que faz. Não tive uma relação difícil com ele». in Maisfutebol
BENTO LEITÃO
Em declarações à agência Lusa, o médico do Benfica rebateu as declarações de Eduardo Barroso, também ele médico e ex-presidente da Assembleia-Geral do Sporting, que na condição de comentador do programa "Prolongamento", da TVI24, questionou a insistência de Jorge Jesus em manter o jogador em campo. "Eduardo Barroso falou do que não sabe, e falando do que não sabe mentiu. O jogador nunca correu risco de vida. Mais, nem sequer teve necessidade de ficar em observação nas horas seguintes ao jogo", afirmou Bento Leitão, entrando também em defesa do treinador.
O clínico diz que são "injustas e completamente falsas as acusações que fez em relação a Jorge Jesus" e garantiu que, desde que trabalha com ele, o treinador "nunca impôs o que quer que fosse e sempre respeitou as decisões do departamento médico do Benfica".
Afirmando que é "por dever de consciência e em defesa da verdade e de Jorge Jesus" que lamenta publicamente as declarações de um colega de profissão, Bento Leitão manifestou-se espantado e acusou Eduardo Barroso de falta de ética neste caso. "Há uma ética, dentro e fora da medicina, mas na área médica os cuidados éticos e morais devem ser redobrados e obrigam-nos, por exemplo, a não falar sobre situações que desconhecemos e muito menos caluniar de forma grosseira e gratuita pessoas que são responsáveis e que nunca colocariam em risco a vida de um atleta", disse Bento Leitão à agência Lusa.
"Escravatura, incompetência e outros termos que teve oportunidade de usar são palavras que não se aplicam neste clube", acrescentou. "Já agora, no Benfica quando se diagnostica uma lesão, não nos enganamos a tratar o atleta, nem o operamos de forma errada", concluiu o clínico, numa alusão à cirurgia a que foi submetido o futebolista uruguaio Luis Aguiar em 2011, então ao serviço do Sporting.
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