A questão do assobiar ou não continua na ordem do dia, depois do que se passou no jogo frente ao Anderlecht.
Há quem apoie, há quem seja contra, há quem tenha consciência de que em qualquer altura todos libertam alguma insatisfação com o que estão a assistir.
Nem todos sabem 'ler o jogo', perceber as conversas da pressão alta ou da contenção. Para muitos aquilo ainda é...simplesmente um jogo de bola.
Os assobios frente ao Anderlecht foram despropositados. O Benfica estava a vencer e num jogo europeu há que saber manter uma vantagem no marcador. Vale pontos e vale dinheiro.
Isto no entanto não quer dizer que os assobios sejam despropositados noutras alturas.
Convém lembrar que um jogo de futebol não é um espectáculo de ópera. Ou um jogo de ténis.
Os sócios, os adeptos e o público em geral que pagam um bilhete tem o direito de esperar ver um bom espectáculo.
E convenhamos, olhando para o plantel do Benfica, de grande qualidade, e para o preçário dos jogos na Luz(para os não-sócios), é natural que os pagantes esperem ver uma boa exibição, de qualidade, de acordo com o bilhete caro que pagaram.
Desde quando é que quem paga não tem o direito de exigir?
Juntando essa natural expectativa à paixão que o adepto tem pelo seu clube, não entendo como agora se tornou alguém que assobia num herege. Nem 8 nem 80. Tanto vale para quem assobia como para quem não assobia.
Quem não tem o direito de se revoltar contra os adeptos são algumas das prima-donas que têm a sorte de envergar a camisola do Benfica.
É que sabemos bem que o seu amor, com raras excepções, é apenas aos euros que recebem no final de cada mês. Tanto vestem a camisola do Glorioso hoje como amanhã estão a vestir a camisola do SCP ou do FCP com a mesma ladaínha.
Alguns deles, mesmo depois de uma derrota, saem do campo com um sorriso nos lábios indiferentes ao que se passou.
Enquanto o adepto volta para casa cabisbaixo, triste, a pensar como foi possível o seu clube não ter vencido.
Os adeptos, meus caros, são aqueles que aconteça o que acontecer, continuarão a sofrer pelo clube.
Continuarão a pagar do seu bolso para ver o seu clube e os jogadores.
Continuarão a perder horas de sono, de tempo familiar, de tempo pessoal para acompanhar algo que lhes alimenta a alma e o espírito.
Os jogadores...enfim...os jogadores estão de passagem.
O adeptos ficam sempre com o seu clube.
São os mesmos que tantas vezes foram o jogador invisível que carregou os jogadores até à vitória.
São os mesmos que tantas vezes foram o jogador invisível que carregou os jogadores até à vitória.
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