Um dos maiores de sempre de todos os tempos

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الثلاثاء، 6 أغسطس 2013

Um dos maiores de sempre de todos os tempos

PARABÉNS SR. MÁRIO COLUNA, DIGA LÁ 78!




Eis que chega mais um aniversário de um dos maiores emblemas do nosso clube, um jogador que carregava em campo, e fora dele, a Mística Benfiquista, e foi ele que tomou conta do nosso Eusébio, quando este chegou ao nosso clube. Falo pois do único Sr. Mário Coluna!



No tempo em que os homens tinham barba rija (neste caso era bigode) O eterno capitão será sempre uma das maiores referências do nosso clube. Foi sempre a sua presença em campo que nos impulsionava e cujo poder físico e garra nos levavam a patamares mais elevados. Numa época actual em que o dinheiro mais manda, e faltam valores de referência aos mais jovens, aqui fica o lembrete para aqui virem ver as raízes de como se transportava a vontade de vencer, e uma postura em campo digna apenas dos grandes campeões!

Futebolista português, Mário Esteves Coluna nasceu em 1935, em Lourenço Marques (atual Maputo), Moçambique.

Começou a jogar aos 16 anos na famosa equipa moçambicana João Albasini, passando pouco depois para o Desportivo de Lourenço Marques, filial do Benfica. Em 1954, aos dezanove anos partiu para Portugal, onde foi jogar para o Sport Lisboa e Benfica, primeiro como avançado-centro e depois a meio-campo.

A presença de Coluna na Luz seria preponderante na correlação de forças no futebol lusitano. Até à chegada de Coluna, o Sporting era a maior potência futebolística portuguesa, acabando de conquistar um tetracampeonato que garantia o sétimo título em oito anos. Durante os dezasseis anos que se seguiram, Mário Coluna faria parte das diversas equipas benfiquistas que conquistaram dez campeonatos. Ao abandonar o Sport Lisboa e Benfica, às águias eram as dominadoras absolutas do futebol em Portugal.

Apesar da história de sucesso, a verdade é que os primeiros tempos de Coluna no Benfica foram difíceis. Sem se conseguir impor na equipa, não convencia Otto Glória a jogar como avançado.  Raramente convocado, ponderou abandonar Lisboa, ou mudar de clube.

O treinador brasileiro resolveu então fazer recuar Coluna no terreno e o resto, é literalmente história. Com a sua força, capacidade de técnica, aliada a uma soberba visão de jogo, Coluna começou a comandar a equipa encarnada do meio do campo, tornando-se no pêndulo do futebol encarnado.

Campeão no ano de estreia, voltou a ser campeão em 1957, mas a época dourada seria a de sessenta, onde o seu Benfica conquistou oito campeonatos em dez épocas, além de ganhar duas Taças dos Campeões Europeus em cinco finais disputadas. Um feito que nem Eusébio se pode gabar.

Com o passar dos anos, recuou de dez para seis, liderando as equipas onde jogava cada vez mais de trás, com a sua voz de comando imperial, mantendo intocável a sua capacidade de leitura e distribuição de jogo.

Em 1961 e 1962, sagrou-se bicampeão europeu de clubes e, em 1966, integrou, juntamente com Eusébio, a seleção nacional que conquistou o terceiro lugar no Campeonato do Mundo, em Inglaterra. Entre 1955 e 1968, Coluna somou 57 internacionalizações

Conquistou dez títulos de campeão nacional ao serviço do Benfica (1954/55, 1956/57, 1959/60, 1960/61, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1966/67, 1967/68 e 1968/69) e seis Taças de Portugal (1954/55, 1956/57, 1958/59, 1961/62, 1963/64 e 1968/69).

Na seleção, depois de algumas dúvidas, foi convocado por Manuel da Luz Afonso para se tornar uma das pedras fundamentais de Otto Glória durante o Campeonato do Mundo de 1966.  Em Inglaterra, brilhou a alto nível, ajudando Portugal a conquistar o bronze e ganhando um lugar no onze da FIFA.
Abandonaria a seleção dois anos depois, após ter vestido a camisola das quinas 57 vezes.

Em 1970, foi dispensado pelo Benfica e começou a treinar os juniores, apesar do interesse manifestado no jogador pelo Belenenses e pelo F.C. Porto. No entanto, ainda trabalhou uma época no Olympique de Lyonnais, jogaria apenas por 19 vezes, acabando a carreira finalmente em 1972. Pendurou as botas e regressou a Lisboa mas logo retomou a sua função de formador, pois o cargo de treinador, como fora no Estrela de Portalegre, não o agradou.


Após a independência de Moçambique, Mário Coluna regressou ao seu país, onde foi deputado, e passou a exercer o cargo da Presidência da Federação Moçambicana de Futebol. Em 2002, foi inaugurada a Academia Mário Coluna, em Namaacha, província de Maputo.

Aqui deixamos os votos de um excelente aniversário, seguro de que ninguém se esquece de si como um dos nossos maiores emblemas!

Carrega Benfica, Sintam a Mística!

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