Morreu Fernando Martins, ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica.
Sem dúvida um grande benfiquista de coração, ou de gema, como é costume dizer hoje.
Mas neste dia, não vou embarcar na hipocrisia de dizer que foi um grande presidente do nosso clube, porque na defesa dos interesses do Benfica falhou.
Abriu as portas do poder do futebol português a Pinto da Costa e preferiu ir contra a vontade dos benfiquistas que não aprovavam a sua amizade com o maior inimigo do Benfica, entregando ao presidente corrupto o controle da arbitragem e do futebol português, sem luta.
Perdeu as eleições para João Santos, numa altura em que os benfiquistas abriram os olhos.
Deixou a emblemática obra do Terceiro Anel por pagar (250 mil contos).
Nos seis anos em que se manteve como 27.º presidente da Direção, o Benfica sagrou-se bicampeão português de futebol, em 1982-1983 e 1983-1984, sob o comando do treinador sueco Sven-Goran Eriksson, e conquistou três Taças de Portugal (1982-1983, 1984-1985, 1985-1986) e uma Supertaça portuguesa, em 1984-1985.
Descanse em paz, Fernando Martins.
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