Raptados pelos interesses económicos.
O caso do jogador Bruma do Sporting é apenas mais um desde que o poder do futebol ficou entregue aos empresários e aos milhões de euros em comissões, que como na máfia, forram os bolsos de todos o que vivem à conta da paixão e do romantismo dos adeptos do futebol.
Para a esmagadora maioria dos adeptos, o futebol ainda é aquela festa do antes e depois do jogo, ainda se decide tudo dentro das 4 linhas, ainda há aquele brilho na alma quando se aproxima a hora do jogo da equipa do coração.
Mas o futebol de hoje está muito longe dessa realidade romântica.
Recordo-me dos jogadores queixarem-se da ditadura dos clubes antes do acordão Bosman, e em como gritaram 'liberdade!' aquando desse momento de viragem do futebol europeu que o dia 15 de Dezembro de 1995.
Os mais novos não farão ideia do que estamos a falar.
Mas antes de Bosman, os clubes eram quem ditava as regras. Se era melhor ou pior, é uma questão de opinião.
Mas antes do acordão Bosman, tínhamos muitos clubes a lutar pela vitória nas competições europeias, as regras internas dos países defendiam o crescimento e evolução dos atletas nacionais através da limitação a jogadores estrangeiros, e selecções que hoje são insignificantes no panorama europeu eram das mais temidas. Curiosamente, uma dessas selecções outrora temível que se eclipsou foi a do país do próprio Bosman: a Bélgica.
O acordão Bosman fez sair da toca uma enorme falange de empresários, atraídos pelos milhões de poderiam ganhar com esse novo filão.
E essa geração tomou conta da UEFA, que através de regras aparentemente de 'fair-play', e de novos modelos nas competições europeias, praticamente criou uma 1ª e 2ª divisão para os clubes europeus e relegou a competitividade e a história para segundo plano, abaixo dos interesses monetários.
O futebol, na minha opinião, ficou a perder.
O caso Bruma é mais um sinal do poder que está nas mãos dos empresários, mas não apenas isso.
É claramente uma ofensiva do FC Porto, através do seu amigo israelita, contra o Sporting, e contra o que tem aparentado ser um Sporting finalmente liberto das garras da subserviência a Pinto da Costa e ao FC Porto.
Este filme, embora com um enredo diferente, procura o mesmo que foi feito com Moutinho e pelo mesmo israelita. Manobrar os acontecimentos para levar o jogador de Alvalade. Se irá mesmo para o FC Porto ou não, isso já pouco interessará pois o que está em causa são os milhões de euros que a pandilha já estava a contar ter no bolso e que conseguirá arrancando Bruma do clube que o formou.
As próximas semanas serão mais uma prova de fogo para o presidente do Sporting. Como adepto do futebol e que está farto deste 'sistema' liderado por Pinto da Costa e pelos seus amigos, espero ver uma posição diferente por parte de Bruno de Carvalho daquela que Bettencourt tomou quando entregou de mão beijada Moutinho ao FC Porto.
Será mais um sinal de que temos outros a lutar pela limpeza do futebol português.
Nota: esta manhã trouxe um caso aparentemente parecido envolvendo Oblak. Ninguém está a salvo?
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