A quem interessam as agitações e distúrbios?

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Saturday, June 15, 2013

A quem interessam as agitações e distúrbios?


O orçamento para 2013/14 foi aprovado com 55% dos votos, 32,9% contra e 12,1% de abstenções.

Ou seja, longe da unanimidade dos '83%' das últimas eleições.
No entanto há que frisar que as eleições ocorreram e o seu resultado não deixou dúvidas (com a excepção nunca explicada por Luis Nazaré do nº de sócio de LFV, conforme denunciado aqui e aqui).

A postura de Luis Nazaré é vergonhosa. O senhor não representa a direcção, mas sim o clube e os sócios!
Por muito desbocado e atrasado mental que seja Eduardo Barroso, ele e Daniel Sampaio permitiram através da sua firmeza na defesa dos interesses superiores do seu clube que os sócios fossem ouvidos. Com o resultado que se conhece. 

O que o resultado da AG não deixa dúvidas é que a gestão de LFV está longe de ser consensual, ao contrário do que as vozes de sempre tentam fazer ecoar.
As eleições deram legitimidade a Vieira para governar, não um cheque em branco para fazer o que lhe apetece sem dar cavaco a ninguém.

E lendo todos os relatos da AG (na qual não estive presente), fica claro que o presidente do Benfica continua a mostrar incómodo em ouvir fora do conforto e recato do seu gabinete os sócios que discordam do caminho do Benfica ou que pretendem sugerir opções diferentes de LFV.

Quando se falam em insultos, pergunto eu quem passou uma inteira campanha eleitoral a chamar aventureiros e outros mimos a todos os que de si discordavam e que ao tomar posse ainda mandou para o car... sócios por direito do Benfica.

Mas adiante. A quem interessam os distúrbios ou agitações das assembleias gerais? 
Aos que discordam de Luis Filipe Vieira não é de certeza pois isso impede que possam confrontar olhos nos olhos o presidente do Benfica durantes as suas intervenções.
Daí duvidar das reais intenções de quem faz essas agitações e de que lado realmente estão.

Sobre este tema li no 'Ontem' um post do Ricardo sobre a AG e os comentários resultantes.
Achei curioso o paralelo entre a situação do país e a insatisfação com a actuação do governo e o que se passa no Benfica, onde nos é dito que estamos no bom caminho mas os resultados continuam a ser compostos de fracassos atrás de fracassos.(Mais aqui e aqui).

Enquanto para contestar o governo são legítimas greves, manifestações, debates, campanhas na imprensa e na TV, quando se trata de questionar as escolhas de LFV não só tudo parece ser ilegítimo como o próprio não dá um passo para explicar aos sócios do clube o porquê das suas opções. 

Neste momento há demasiadas perguntas sem resposta.

- O que motivou o aumento dos prémios por objectivos a JJ sem o adequado ajuste no seu vencimento mensal?
- Quem está a conduzir o departamento de futebol do Benfica e as contratações?
- Que real poder tem JJ nas decisões do futebol do Benfica?
- Porquê as promessas de baixa de quotas e preço dos bilhetes dos jogos não estão a ser cumpridas?
- O que se passa com a BTV e o seu futuro?
- Já temos novos contratos de patrocínio e quando serão anunciados?
- Qual a actual posição do Benfica face a Fernando Gomes?
- Pode garantir que os jogos em casa do Benfica e da Premier League não vão passar na SportTV?
- Em que está a trabalhar JEM no Benfica?
- Em que está a trabalhar Rui Costa no Benfica?
- Em que está a trabalhar Varandas Fernandes no Benfica?
- O que Luis Lemos faz ainda no BTV, sendo que até já comenta sobre Mourinho na TVI como consultor da Cunha Vaz e Associados?
- Porquê recusa entregar o controle do futebol do Benfica a quem dele entenda e possa dedicar 24h do seu tempo?

Estas são algumas das perguntas que gostaria de ouvir LFV responder.

Encerro este post com um comentário no post sobre a AG, de um benfiquista que assina Shéu:

"Importa referir que os jornalistas não entram no pavilhão.



Os breves momentos referidos ali em cima num comentário foram mais que breves. As bocas vinham de meia dúzia de pessoas. Nazaré podia e devia ter dado a palavra aos sócios inscritos. Se o ruído persistisse, aí sim, poderia alegar falta de condições. Como sucedeu, pedir o silêncio, ouvir umas bocas de resposta e terminar de imediato, perdoem-me, é de quem esperava apenas um pretexto.

Quanto à paciência no final, enfim, cada um diz as parvoíces que quiser e manipula como quiser. Quem o interpelou não tinha nada a ver com quem mandou as bocas lá de cima. Parte dos que o abordaram eram sócios inscritos que se viram privados de usar da palavra. E paciência tem esses sócios, que enquanto interpelam, educada e correctamente, o seu representante (esquece-se Nazaré que é um representante dos sócios, não da Direcção), são vigiados por tipos musculados a soldo sabemos todos de quem. Alguns até têm que aturar as atordoadas sobre a idade dos sócios, como se fossem menos pessoas por estarem na casa dos 30, mesmo quando na sua mão têm mais votos que a maioria dos elementos da Direcção do Clube. Enfim, tinha Nazaré em boa conta. Tinha."

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