Portugal, 27 de Maio de 2013
Esta época em branco é dedicada a todos aqueles sócios e adeptos do Benfica, pessoas ilustres da comunicação social, da política, da economia ou não ilustres, que andaram 3 anos a dizer que o Benfica não se pode limitar a ganhar Taças da Liga. A falta de humildade costuma-se pagar caro...
Mas o objectivo deste texto é estabelecer uma relação entre a falta de liderança do clube e os inêxitos do futebol como aliás de todas as modalidades colectivas em que competimos com o FCP.
Como alguns se recordam dos anteriores textos que escrevi, se pensavam que o “faz que é Presidente” do Benfica iria criticar o penalty do tropeção fora da área que deu expulsão e ajudou o FCP a ser campeão, pois teriam de esperar sentados porque ele não iria fazê-lo. Não tirei essa conclusão por detestar a personagem em questão desde os tempos que ao lado de Pinto da Costa celebrava os golos que o FCP marcava ao Benfica de Vale e Azevedo. Tirei a conclusão por mera observação de situações análogas que aconteceram no passado recente. E por estabelecer uma relação entre este “modus operandi” e o grupo empresarial que foi constituído com a marca Benfica.
De facto, durante uma semana vimos o Benfica ser vexado pela mentira e pelo Sr.º Pinto da Costa, e o “faz que é Presidente” nunca apareceu a contrariar as teses que PdC quer que passem, a seu favor e do sistema que ano após ano lhe dá os títulos: o complexo sistema de nomeações de árbitros, erros manipulados e direccionados em favor do clube dele, prémios de internacionalização para quem actua de acordo com o padrão exigido pelos poderes dominados por ele, silêncio da comunicação social aos erros grosseiros de arbitragem que favorecem o FCP, a gritaria manipulada com ampliações e repetições sem critério quando supostamente um árbitro fugiu ao “padrão” de actuação dos livros e o Benfica não perdeu pontos, quando eles esperavam que perdesse, etc, etc.
Assim durante uma semana ninguém soube do paradeiro do “faz que é Presidente” do Benfica, mas a amestrada comunicação social lá foi divulgando que o Presidente do Benfica estava a organizar mais um jantar com os deputados benfiquistas, e também que o Presidente do Benfica e o treinador querem uma equipa forte na próxima época para atacar a Champions com qualidade. Mais do mesmo: há que criar casos laterais para não falar das arbitragens. Para não se defender o Benfica dos ataques exteriores ao clube!
Viemos a saber no fim da semana que o “faz que é Presidente” do Benfica ia ver a final da Champions a Wembley (seguramente tudo pago pelo Benfica). E que no dia seguinte viajava para o Jamor. Brilhante. O homem está em todas. Ora é nos negócios no Brasil que o impedem de ver o fora de jogo de posição, com intervenção na jogada, que dá o golo do Estoril, ora é em Wembley a ver um jogo que eu vi pela televisão. Fantástico.
E assim a mensagem de Pinto da Costa passou: este foi “um campeonato de seriedade”, o Benfica “é como os salários onde se vai tudo nos descontos”, “o Benfica está cada vez melhor para o FCP” e o “Guimarães merece a vitória na Taça”. O “faz que é Presidente” do Benfica deixou que isto passasse, como aliás tem feito de há 12 anos para cá (com pontuais excepções como “deixem jogar o Mantorras” e o escarcéu – com falta de nível - após o Benfica ser roubado por Benquerença contra o FCP, no ano de Trappatoni).
Com um árbitro que tem um curriculum negativo nos jogos entre Benfica e Guimarães, as afirmações de PdC deixaram-me de pé atrás, como se costuma dizer. De facto – e mais uma vez o Benfica nada disse da nomeação – este árbitro derrotou Koeman nos quartos de final da Taça, com o golo a ser construído com o braço e após ter perdoado a expulsão a Cléber durante a primeira parte (o Guimarães a seguir foi eliminado pelo Setúbal). Também derrotou Quique Flores com o golo do Guimarães a ser construído a partir de uma jogada de fora de jogo. Não derrotou Trappatoni porque depois de assinalar um penalty por “corrente de ar” sobre Romeu, Geovanni marcou 1 livre directo a 30 metros da baliza, nos descontos e ganhamos. Se não lá se tinham ido mais 2 pontos.
Já para não lembrar a miserável arbitragem da final da Taça da Liga em que ganhamos ao FCP 3-0 e os cartões foram para aos jogadores do Benfica, perdoando a expulsão a Raul Meireles por pisar Carlos Martins.
Como neste futebol tudo se repete com invariável rigor, ontem o 1º golo do Guimarães foi obtido em posição de fora de jogo, dos que o FCP nunca sofre (comparar também com golo invalidado a Cardozo frente ao Chelsea) e na 1ª parte, o critério de amarelar os jogadores do Benfica e não ter critério igual para os do Guimarães, permitiu que o Guimarães não se afundasse, ao mesmo tempo que restringiu os jogadores do Benfica que perceberam que não podiam arriscar tanto, pois o critério seria sempre diferente para eles.
No final, o crucificado voltou a ser o treinador, como antes dele foi o Koeman e o Quique Flores. Para o ano vem outro treinador, os árbitros apitam de igual forma e a culpa vai ser do mesmo. O que é preciso é manter Vieira na liderança do Benfica. O “faz que é Presidente” do Benfica mas que apenas é o representante dos interesses alheios que escravizam o Benfica, económica e desportivamente, por uma boa dezena de anos.
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