Parece que todos os adeptos do futebol nacional concordam que a corrupção é um dos maiores problemas que limita o desenvolvimento do futebol nacional.
Como diz o Jesus e muito bem, somos um país pequeno mas ainda assim capaz de gerar talentos reconhecidos no Mundo inteiro - jogadores e treinadores - ao longo de décadas.
O que nos afasta de sermos um país de top mundial no futebol, com as capacidades que temos, são mesmo os dirigentes corruptos que sugam este futebol até ao tutano, aproveitando-se do potencial para fazer fortuna.
Num mundo de milhões, até uma criança percebe que o elo mais fraco são... Os que menos recebem e, ainda assim, têm uma brutalíssima capacidade de influenciar não só cada jogo, mas todo o ecossistema do futebol nacional e respectiva riqueza ou infortúnio.
Dizem os teóricos que protegem este statu quo que não temos capacidade financeira para profissionalizar os árbitros no futebol... Profissional. Nada de mais errado e a palavra chave é: Patrocínios!
A ambição daqueles que se deixam comprar por dinheiro, fama e "fruta para dormir" é serem reconhecidos como os jogadores, serem capas de jornais e alguém os reconhecer com parte do espectáculo. É essa ambição pessoal e financeira que os torna vulneráveis e que o Sistema há muito percebeu e utiliza.
Ora, se os equipamentos dos árbitros tiverem patrocínios, se os regulamentos da liga passarem a contemplar o arbitro como parte do espectáculo, com entrevistas pré e pós jogo, bem como outro tipo de acções como acompanhamento de acções de treino e preparação para grandes jogos, por exemplo... Conseguiremos várias coisas:
1. O fenómeno da arbitragem passa a ter visibilidade suficiente para ser atractivo para patrocinadores
2. A "chegada" de patrocinadores, entidades credíveis e que pretendem associar a sua marca a valores positivos, IMPÕEM o fim do erros propositados e do favorecimento ilícito.
3. O dinheiro dos patrocinadores permitirá financiar toda a "máquina" da arbitragem, principalmente no que diz respeito aos vencimentos, prémios e treino/preparação.
4. A arbitragem passa a "fazer parte do espectáculo" em vez de pagarem o espectáculo e enriquecer quem se aproveita deles.
Num mundo global como o futebol, se tivessem uma marca forte e com recursos financeiros para apostar no Marketing, preferiam investir num clube ou no arbitro?
Curiosamente, feita a analise a um jogo de futebol, possivelmente as imagens mais marcantes envolvem o arbitro (não necessariamente por maus motivos), alem de que investir na arbitragem seria investir em mais de 30 jogos por semana... E investir num clube é investir num jogo por semana.
Ou seja, os parceiros da arbitragem aparecerão em todos os jogos, todas as semanas... O patrocinador de um clube aparece apenas num jogo.
Será assim tão desinteressante para as marcas mais fortes?
E o potencial de "contra-marca"?
Ou seja, por exemplo a MEO estar nos três grandes... E a ZON apostar nos árbitros?
E porquê apenas um? Porque não patrocinadores por Liga (I Divisão e Honra), por segmento (frente da camisola, costas, flash interview, equipamento de treino, etc...)?
Parece-me obvio que o problema é a falta de vontade de Fernando Gomes - por motivos que todos conhecemos e a que o seu passado como dirigente e a sua afeição clubista não são alheios.
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