Ao ler a segunda parte deste post no 'Cacifo do Paulinho', pensei no sentido distorcido de democracia que se tem observado em diversas lideranças, dentro e fora do futebol, e no 'superior interesse' das instituições.
Todos vimos na TV o que se passou nas últimas eleições do Sporting.
Afinação aos resultados, votos desaparecidos em sacos pretos, o presidente eleito a ser protegido por dezenas de seguranças, em vez de ser levado triunfalmente.
Pareceu tudo, menos algo democrático.
O 'superior interesse do clube' fez com que ninguém colocasse uma providência cautelar para que a realidade fosse aferida pelas autoridades.
Também no Benfica as coisas não foram um exemplo para ninguém.
Dois candidatos que não tinham condições para o ser, por razões distintas.
Rangel por ter quotas em atraso correspondentes a alguns anos.
Vieira porque as irregularidades com os seus nºs de sócio demonstraram que não tinha antiguidade de sócio para se candidatar, conforme relatado aqui.
Segundo afirmaram várias personalidades com responsabilidade no clube na noite das eleições, o 'superior interesse do clube' obrigou a que as candidaturas fossem validadas pela Assembleia Geral.
O que é o 'superior interesse do clube'?
Se esse 'superior interesse' colide com a legalidade, não se torna automaticamente em algo que não interessa à instituição?
Não será a legalidade o superior interesse de qualquer pessoa ou instituição?
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