O clássico do dia 13 (parte I)

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الأربعاء، 16 يناير 2013

O clássico do dia 13 (parte I)



Portugal 15 de Janeiro de 2013



Os jogos ditos “clássicos” com o FCP normalmente dividem-se em 3 partes distintas: 1) antes do jogo, 2) o jogo propriamente dito, 3) o pós jogo...

Na 1ª parte temos a comunicação social evocando um conjunto de dados ou factos que são favoráveis ao FCP, e só ao FCP. Desde “só terem perdido 2 vezes na Luz nos últimos 12 encontros”, ao “Lucho que nunca perdeu na Luz”, às “relações entre quem ganha o clássico e quem é campeão”, etc, regra geral, as noticias escritas ou faladas são sempre enquadradas a favor do FCP.

Na véspera do jogo tive o azar de fazer zaping para a RTP Informação, e só se falava do que o FCP era capaz de jogar, de como os seus jogadores são “isto e aquilo”, das virtudes do esquema de jogo, da força do meio campo, de que cada um sabe bem o papel que tem de desempenhar, etc.... A muito custo lá ouvi também falar do Benfica, mas já estava tão amofinado com aquela “chachada” toda, que nem me lembro do que disseram.

E assim foi durante os últimos dois dias. Felizmente houve Taça da Liga a meio da semana e o impacto dos “mídia” foi dividido com esta competição. Sobraram “apenas” 2 dias para intoxicar a opinião pública e criar um clima subjectivo, de superioridade do FCP.

Nem sei para que estou a dar ênfase e a escrever sobre isto, porque tem sido assim nos últimos 15/20 anos. A questão mais difícil de explicar é porque razão isto acontece e porque razão os “mídia” tratam de forma tão diferenciada o Benfica e o FCP. Porque razão há este interesse em colocar o FCP a “vencer” antes do apito inicial do árbitro?

Não sei, mas do ponto de vista do FCP, terá seguramente começado por ter que ver com questões de afirmação de poder. Um clube da província (como alguns lisboetas gostam de apoucar quem não vive na capital) que luta de forma tenaz contra os poderosos clubes da capital, um clube que tem de impor a “batota” no campo para poder ganhar mais que os outros, um clube assim precisa de manietar a comunicação social para tornar a batota num acto legitimo de resistência. Posteriormente terão percebido que dessa forma, entram em vantagem psicológica no jogo, pois já se percebeu que a capacidade mental de um jogador pode ser muito superior se o seu “ego” for devidamente “municiado” pelas notícias dos “isentos e imparciais” jornalistas.

Quem não gosta e não se sente estimulado por fazer parte de uma equipa vencedora? Uma equipa que ganha mais que as outras? Uma equipa que até nas estatísticas publicadas, comentadas, faladas, é melhor que as outras? Perguntem ao “Izmaylob” que ele explica...

A outra questão que podia interessar, e para a qual também não existe uma explicação simples, é, como é que o FCP alcançou este domínio no plano mediático. Podemos invocar vários argumentos. Um deles é óbvio. Os próprios resultados. Mas estes deviam apresentar-se ao público de várias maneiras, procurando respeitar as partes e a verdade dos factos. E não é isso que vemos. Por exemplo, não se pode dizer que o FCP quando ganha na Luz é campeão, porque isso não é verdade, e porque depende se o jogo é na 1ª ou na 2ª volta.

Não se confirmou quando o FCP ganhou na Luz, 1ª volta, a Trappatoni e o Benfica foi campeão. O FCP ganhou 5 vezes na Luz (nesses 12 anos) mas foi “apenas” 4 vezes campeão. Dessas 5 vezes que ganhou, 3 foram na 2ª volta em que o Benfica leva pontos a menos ou, como no ano passado, apresenta-se com os mesmos pontos. É um Benfica que precisa de pontos, que precisa de encurtar distâncias, que precisa de arriscar. E depois perde em jogos normalmente recheados de casos de arbitragem.

Para além dos resultados há outros factores? Sim, um deles é o poder que o Sr.º Joaquim Oliveira alcançou no mundo da comunicação social, politica e economia, um poder que foi necessário quando Gilberto Madaíl candidatou Portugal à organização do Euro2004. O semanário Expresso diz que o papel de Oliveira, “abrindo uma porta aqui e outra ali” (entendamo-nos: “untando” as mãos de uns e outros), foi determinante para a escolha do nosso país. Ora quem tem este “poder” de influenciar nas comissões da UEFA, mais facilmente terá capacidade de influenciar cá em Portugal, onde por acaso até é dono de uma vasta cadeia de órgãos de comunicação social que têm prevalência sobre quase todos os demais, pelo facto de receberem em exclusivo as imagens dos jogos. As imagens que todos querem.

Ora sendo Joaquim Oliveira accionista de referência das SAD’s de FCP e SCP, que clubes serão privilegiados com esta influência? O Benfica de Vale e Azevedo é que não era seguramente.

Mas que pensará Vieira de mim e das minhas ideias sobre tudo isto?



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