Barbaridades

مواضيع مفضلة

الخميس، 24 يناير 2013

Barbaridades


Aimar é provavelmente o jogador mais simpático do Benfica nos últimos 20 anos. É gentil. Não faz ondas. É elegante. Tem fair play. Trata bem os adeptos – e estes, com total justiça, colocam-no num pedestal. Ao falarem do jogador argentino, os benfiquistas adoptam uma pose reverencial. O tom de voz é baixo e os gestos são contidos – exactamente o contrário do que acontece com as palavras.

Por gostarem tanto do jogador, os adeptos do Benfica esquecem-se que o Aimar que eles idolatram nunca esteve em Lisboa. Nasceu na Argentina, brilhou no River Plate e, depois de viver os seus melhores anos de vida futebolística em Valência, aterrou no aeroporto da Portela. Quando chegou ao Benfica, o jogador que foi um dia já não existia (para quem tem dúvidas, veja os melhores vídeos dos seus tempos de juventude em fernandoesteves.com, bem como aquilo que Messi dizia sobre ele quando era um menino, e tire as suas conclusões. Aviso para benfiquistas: pode ser uma experiência dura).

Observar os truques de Aimar com a camisola do River Plate é um exercício simultaneamente único e penoso. Único porque dá a oportunidade a quem gosta de futebol de observar um jogador de eleição, um pensador, um líder e um desequilibrador nato. Penoso porque esse atleta nunca passou pelo campeonato português, demasiado fraco para atrair futebolistas desse calibre na melhor fase das suas carreiras.

Aimar é – foi? - um génio com ideias e substância. No livro “O Erro de Descartes”, o neurocientista português António Damásio defende que o criador perfeito não é aquele que tem as ideias mais incríveis; é o indivíduo que, perante a imperatividade de decidir entre muitas opções possíveis, escolhe rapidamente a melhor para si ou para o grupo em que se insere. Aimar fazia isso semanalmente no River Plate, onde se tornou a alma da equipa quando ainda era um pós-adolescente. E repetiu-o no Valência, clube onde ainda hoje o seu nome provoca nostalgia entre os adeptos. Em Portugal, nada disso aconteceu. Não há dúvidas de que Aimar, que afinal ainda não é desta que vai para o Dubai, será eterno nos corações dos adeptos do Benfica. Mas é uma ilusão e um logro pensar que ficará na história do clube. E isso diz tudo sobre a sua passagem por Portugal.

Por Fernando Esteves, editor da Sábado. In Record.

Depois de escrever uma barbaridade destas chego á conclusão que existe gente que devia ser proibida pelos tribunais de escreverem uma linha que fosse sobre futebol.
E a mente brilhante no Record que achou boa ideia dar espaço num jornal desportivo para se ler algo tão estúpido devia ser despedida. Um desperdício de espaço.

إرسال تعليق

المشاركة على واتساب متوفرة فقط في الهواتف