Têm-se repetido os 'recados' por parte de Fernando Gomes e Alexandre Mestre nos últimos tempos sobre a possibilidade de a final da Taça de Portugal não se disputar no Jamor.
As razões invocadas prendem-se em especial com as condições de segurança.
Não podia discordar mais disto.
Para quem conhece mais a fundo o Estádio Nacional e as suas actividades, sabe que nos últimos anos têm sido diversos os eventos aí realizados durante o ano, desde concertos, eventos empresariais, realização de anúncios e até eventos religiosos.
E em muitas dessas ocasiões o Estádio lotou. Não há relato de problemas de segurança.
Quais as virtudes do Estádio Nacional, no que toca à segurança?
Bem, permite ao contrário do que acontece em quase todos os estádios(mesmo os novos) portugueses, a entrada por sectores completamente separados por barreiras naturais das claques e adeptos.
A entrada Sul tem(esquerda na foto) tem uma entrada completamente autónoma, com muito estacionamento e que permite a separação completa dos restantes dos adeptos.
A entrada para a bancada central(com acesso também através dos outros sectores do estádio) faz-se por uma entrada autónoma, com alguns lugares de estacionamento que costuma ser utilizado para Parque VIP, bem como a entrada já referida.
Dessa forma, todos os espectadores com bilhete para a central têm de entrar pela Praça da Maratona ou pela entrada Sul.
A bancada Norte é a única que não possui entrada autónoma. Todos os espectadores com bilhete para essa zona têm que utilizar as outras entradas do estádio. Mas a fluidez devido à configuração do recinto é mais que suficiente para entrar ou sair.
A entrada que a maioria procura é a da Praça da Maratona.
É a mais ampla, e com o espaço de estacionamento com maior capacidade de todo o complexo do Jamor.
Todos os lugares têm um assento individual, que já é de 2ªgeração, devido ao primeiro bloco de assentos provocar alergias aos utilizadores(deve ter sido comprado para fazer o jeitinho a alguém).
Em termos de controle por parte das autoridades, o Estádio tem um posto onde se controlam as câmaras de vigilância, bem como oferece grande visibilidade para todo o recinto.
Olhando à maioria dos estádios em Portugal, encontram-se muito poucos com as acessibilidades e fluidez de evacuação que o Estádio Nacional e a zona do Jamor oferece.
Em especial os clubes mais pequenos, que recebem uma ou duas vezes por ano enchentes, têm os seus recintos situados no meio de cidades ou vilas, não assegurando qualquer fluidez na evacuação de pessoas em caso de emergência.
Quais as principais deficiências do Estádio Nacional?
A falta de investimento na manutenção do piso provoca que aqui e ali existam alguns pequenos buracos no caminho para as bancadas.
É inexistente a sinalização a avisar desses problemas, bem como não existem zonas preparadas especificamente para espectadores com problemas/impossibilidade de locomoção.
Embora muitos apontem a mata que circunda o estádio como um problema de segurança, na realidade está tudo vedado e com um pequeno efectivo de homens toda a vigilância dessas zonas pode ser efectuada.
Falta também um sistema de entradas mais eficiente que os torniquetes antiquados que permanecem no Estádio Nacional. Isso permitiria que o processo de revista dos adeptos fosse mais célere e principalmente eficiente.
A falta de cobertura não me parece que seja um problema para a final da Taça.
A lotação do Estádio, cerca de 37.000 lugares, não oferece problemas para que as forças de segurança não estejam já preparadas para enfrentar, por formação.
O Estádio Nacional é um recinto que pode e deve ser melhorado, sem qualquer dúvida.
As deficiências que apontei podem ser reparadas em muito pouco tempo e a baixo custo.
Como é sabido, a FPF não tem problemas de tesouraria que a impeçam de realizar de forma imediata estas reparações, que trarão desde já uma melhoria substancial nas condições oferecidas aos espectadores.
O que impede então Fernando Gomes de tomar estas medidas? O que impediu Gilberto Madaíl de fazer o mesmo?
De onde têm vindo as únicas vozes que sempre têm atacado a realização da final da Taça de Portugal no Estádio Nacional?
Sempre do mesmo sítio. FC Porto. Em nome do ódio que Pinto da Costa e Pedroto resolveram semear em Portugal desde que tomaram conta do clube azul.
Ódio contra Lisboa, contra o Sul, contra tudo que não sirva os seus interesses.
Eu acrescento: ódio contra o fair-play, contra a verdade desportiva, contra a sã convivência entre rivais, como seria o ideal.
Fernando Gomes, com o seu jeitinho de bom menino que não faz mal a ninguém, com uma vozinha quase de menina, continua a demonstrar claramente a quem serve.
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