Sport Lisboa e Benfica: A democracia já passou por aqui

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الثلاثاء، 2 أكتوبر 2012

Sport Lisboa e Benfica: A democracia já passou por aqui


Poderia começar este artigo de opinião por dizer que a responsabilidade da mudança de estatutos ocorrida após as últimas eleições do Benfica, são da responsabilidade dos sócios que se ausentaram, e com isso, permitiram que um reduzido grupo de sócios, tivesse dado o aval às propostas de mudança. 


Dessas mudanças, aparece com mais destaque, a alteração do tempo mínimo de sócio para poder ser candidato, as assimetrias no número de votos em função do tempo de sócio, e também o facto das Casas do Benfica, terem direito a 50 votos o que multiplicado por 200 casas, dá logo uma décalage de 10.000 votos a quem as promove com dedicação, num compadrio obsceno pensando no futuro eleitoral, mimando-as com bilhetes grátis para os jogos e outras regalias que os comuns dos sócios ... não têm. 

Mas se tudo isso parecia estranho, ou melhor criado com a intenção de perpetuar alguém no poder, esta última AG, veio pôr a nú, essa vergonha que foi a moldagem dos estatutos do Sport Lisboa e Benfica, a um rosto pouco consensual no seio do Benfica, desde que lá foi colocado, após uma passagem infeliz pela Alverca SAD. 

Num clube que viu partir o seu estádio para poder maquilhar as contas da SAD logo de seguida, em mais uma AG em que poucos sócios marcaram presença, eis que, em consequência da falta de vitórias (Luís Filipe Vieira tem em 9 anos, uma média de aproximadamente 80% de insucesso desportivo em todas as modalidades), os discursos vazios de conteúdo feitos nas Casas do Benfica, mas necessários em virtude das vendas apressadas de Javi e Witsel, para poderem não deixar afundar mais, o passivo, o pagamento de juros e as contas da SAD na época ... a apresentação dos relatórios e contas de 2011/2012 do Clube e da SAD, foi a autêntica gota de água. 

Na última AG, em que se votava o R&C do Sport Lisboa e Benfica, algo de pouco importante comparando com o peso que a dona do clube, a Benfica SAD tem hoje no futuro do Universo Benfica, os sócios decidiram aparecer em peso. Apareceram sócios de todos os quadrantes, de todas as profissões, que se mesclam naquilo que é, sempre foi e será o Benfica, e não um grupo de adeptos das claques, como muita da comunicação social quis fazer passar a ideia. Também lá estavam porque são sócios acima de tudo, sempre presentes na defesa do Benfica, mesmo quando instigados por esta Direcção de Luís Filipe Vieira, a não marcarem presença no apoio às equipas nos jogos em casa dos adversários. Logicamente fizeram o contrário! 

O chumbo das contas, outrora algo de grave no clube, onde na única vez que aconteceu, fez cair a direcção de Manuel Damásio, desta vez, pouco é (ou foi) do que um mero manifesto de desagrado por parte dos sócios, alguns deles, pertencentes a uma maioria silenciosa, que contra todas as expectativas na altura, acordou e destronou Vale e Azevedo do poder. 

A alteração dos estatutos promovida por Luís Filipe Vieira veio introduzir uma nova variante neste tipo de acções, últimas chances dos sócios se manifestarem sobre a vida do Sport Lisboa e Benfica. 

O chumbo que obrigava no passado a nova elaboração do relatório e contas, que passado 15 dias teria que ser novamente aprovado, e que caso não fosse, levaria à demissão da Direcção do clube, agora traduz-se num acto vazio, sem significado, que pode ser ignorado, e nem sequer obriga a Direcção a rever o mesmo. 

Ou seja, a Democracia no Sport Lisboa e Benfica, um dia já passou por lá. Em parte já não passa, porque ilustres como Luís Nazaré, Rui Gomes da Silva, Rui Cunhas e outros que não vou citar, acharam que como disse Manuel Vilarinho, o "Benfica sou eu e mais vinte!"
Artigo de Opinião no Jornal Record.

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