Ouvi com muita atenção! Muita mesmo! Atenção, expectativa e esperança...
Esperança de ouvir Luis Filipe Vieira pedir desculpa pelo apoio a Fernando Gomes, Vitor Pereira e pelas ligações e relações com outros como Joaquim Oliveira e António Salvador. Gente que não quer bem ao Benfica.
Expectativa de ver anunciado um trunfo de vitória como a garantia de não-renovação dos direitos televisivos com Joaquim Oliveira.
Atenção para ver se era desta que se deixaria de lado a conversa do "ou eu ou a ruína" aludindo à sua habitual postura de única opção realmente aceitável para que haja SLBenfica.
Ao invés, voltámos ao passado! Voltámos a recordar João Vale e Azevedo para poder esquecer mais de uma década com apenas dois títulos. Passamos a conhecer caras novas, algumas com uma perigosa ambição de ser o "Presidente Sombra", qual Miguel Relvas no Governo - e está à vista o resultado.
Voltámos novamente a ouvir falar de transparência e cumprimento dos compromissos com a banca. Que continuaremos a apostar na formação e nas modalidades. Ok...
Portanto, na prática, tal como eu temia o Presidente entende que não tem que se apresentar com um projecto. Que o passado dos seus mandatos foi o melhor que poderiamos ter e que ninguém teria feito mais ou melhor... porque ele é que quer o melhor para o SLBenfica.
Para mim não chega, Presidente.
Admito e aceito que chegará para a generalidade dos que realmente interessam, os dos 50 votos - os que conhecem o SLBenfica desde sempre, lêem A Bola e acham que o SLBenfica só não ganha porque não deixam.
Admito isso e respeito. Em boa verdade, até agora também não conheço quem se apresente com melhores ideias (ou melhor, com ideias) - veremos o que nos reserva a apresentação de Rui Rangel na segunda-feira.
Fiquei desiludido por Luis Filipe Vieira não ter aproveitado a oportunidade para "arrasar" com qualquer concorrência...
- Era hora de anunciar a correcção das decisões menos felizes (todos as tomam, só os melhores as corrigem), com especial destaque para o apoio a Fernando Gomes e Vitor Pereira. Era hora de lhes anunciar "vigilância activa" ao que o SLBenfica tem sido sujeito.
- Era o momento para dar aos benfiquistas a notícia que todos querem ver: Os Direitos Televisivos não voltarão a ser renovados com Joaquim Oliveira.
- Era agora que se assumiria e reiterava o apoio às modalidades, com uma declaração de reconhecimento a João Coutinho, ao invés de o deixar cair para integrar nos futuros Orgãos Sociais membros também da confiança de Moniz.
- Era ali que se diria a Moniz que teria todo o gosto em que ele viesse para ajudar, mas que o SLBenfica não tem um regime parlamentar, mas sim Presidencialista. Se quer ser Presidente, candidate-se... mas nunca colocando o seu apoio como preço pela sua "presidência sombra".
- Era naquele timing que se desvalorizaria a atitude dos que em tempos o acusaram com as mais duras críticias... mas agora procuram "poleiro" na sua candidatura a troco de uma "não oposição".
- Era a altura ideal para se desligar do futebol e abrir espaço a uma SAD mais profissional... e mais benfiquista. Agradecer a todos os que têm trilhado este percurso, mas que iria abdicar da Presidência da SAD para se dedicar mais ao Clube, anunciando Rui Costa como o novo candidato a Presidente da SAD do SLBenfica e, consequentemente, a líder do futebol do SLBenfica.
- Era aquele o local para dizer que o Estádio, o Centro de Estágio, a Equipa B, o Museu ou a futura Rádio são projectos de grande importância para o SLBenfica e aos quais continuará a dedicar muito do seu esforço e tempo, mas que os sócios terão que entender que o futuro é e terá que ser dedicado ao investimento no futebol e à continuação do investimento das modalidades para que o SLBenfica GANHE TÍTULOS! E os ganhe de forma recorrente... queremos voltar a distanciar-nos da concorrência em títulos.
- Era momento para um slogan de "Benfica aos Benfiquistas", anunciando que a renovação da SAD iria ser um facto e que era hora de os profissionais serem, antes de tudo, enormes benfiquistas que sintam a paixão de trabalhar para o Clube e no Clube nas decisões que tomam.
... Infelizmente nada disso aconteceu, nada disso aconteceu nos passados mandatos, nada disso acontecerá no próximo.
... Infelizmente!
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