Há dois assuntos que têm sido muito (de)batidos aqui no NGB, por um lado, a ausência de um frente a frente entre os candidatos e, por outro lado, os anos de sócio de LFV. Abordarei as duas questões em dois textos distintos.
Comecemos pela questão do debate. É óbvio que Rui Rangel necessita do debate como pão para a boca. Toda a gente já percebeu que o máximo que Rui Rangel conseguiu no seu programa foi fazer um esboço do trabalho de LFV e, como tal, procura um frente ao frente com Luís Filipe Vieira para fazer uso das suas, reconhecidas, capacidades oratórias. Legítimo, absolutamente legítimo, cada um luta com as suas armas: Vieira com obra, Rangel com palavras!
Mas agora deixem-me perguntar àqueles que aqui mais têm defendido este frente a frente como imagem de um Benfica democrático: a ausência de um frente a frente impede o debate? Obviamente, não! As entrevistas dos candidatos e as diversas intervenções públicas servem para isso mesmo, mas talvez o objectivo de Rui Rangel não seja esclarecer mas sim confundir… Aliás, não foi ele que andou a citar os 500 milhões de passivo, número pelo qual o Correio da Manha pediu desculpa em editorial? Isso é esclarecer?
A campanha de Rui Rangel tem insistido na questão dos resultados desportivos, tentando capturar alguma insatisfação dos adeptos com a ausência de vitórias consecutivas. Podia até ser uma jogada inteligente…Vamos imaginar que Rangel e quem o rodei entendia alguma coisa de futebol, que tinham acompanhado o Benfica nos últimos anos, que sabiam quais os jogadores do Benfica (estou à espera da lista dos 95) e poderiam, assim, construir um projecto desportivo. Projecto esse encarnado por pessoas alinhadas com a liderança de Rangel, mas não, apesar de acharem que o Benfica ganha pouco acham que Jesus e Rui Costa são as pessoas certas no lugar certo…Isto é esclarecer?
O frente a frente, sob a capa de democraticidade, pretende encerrar um tipo de campanha delineado por Rangel e seus companheiros: o ataque ao homem! Porque é disto que se trata, Rangel, os seus vice, os blogues associados, tudo serve para se centrar na figura de Luís Filipe Vieira. E o Benfica? Para o Benfica as ideias são…zero!
O sonho de Rangel é ser o Romney das eleições do Benfica…ou seja, como não tem programa alternativo, ideias válidas e, nem sequer, consegue falar do Benfica actual sem cometer erros procura em debates onde através das suas capacidades oratórias possa confundir e ludibriar os Benfiquistas. Termino com o exemplo da prestação de Martim Borges Coutinho no debate de sábado à noite na SIC notícias. Foi-lhe dado tempo e oportunidade para apresentar o seu projecto, contudo ele perdeu-se em conversas demagógicas, conseguiu dizer que o Benfica tinha mais insucesso desportivo nas modalidades do que sucesso (não sei quem conseguiu fazer aqueles gráficos sem se rir) e até mostrar gráficos com os títulos dos FCP… no final, queixou-se do tempo que teve para apresentar o projecto…
É assim a candidatura de Rangel, critica os estatutos e depois convida Ribeiro e Castro (membro da equipa de revisão dos estatutos) para mandatário, reclama oportunidades para mostrar o projecto e depois não consegue fazer mais do que apresentar banalidades como: “Pretendemos implementar uma estrutura profissional e simplificada competente que desenhará um plano de curto, médio e longo prazo para a área do futebol, sempre com valores benfiquistas como o esforço, a ambição, a entrega e as vitórias em mente…”
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