GLORIOSO SLB, GLORIOSO SLB!!!!
Hoje, como se sabe, vencemos o Vitória de Setúbal por uma mão cheia de golos, que foram marcados por Rodrigo, Enzo Perez, Salvio e Nolito. Foram cinco tentos, que poderiam ter sido muitos mais.
Confesso que fiquei apreensiva quando tomei conhecimento do onze titular. Nalguns segundos, e sem pensar muito, questionei, novamente, a não opção por Carlos Martins, que bem merecia jogar de início por aquilo que já aqui disse: por ter sido, para mim, o melhor jogador da pré-época, pela boa forma que atravessa e por ter marcado vários golos.
Por outro lado, fiquei contente com a opção por Enzo Perez, outro jogador que gostei de ver na pré-temporada, e que justificou tal escolha, sobretudo depois de um jogo menos conseguido de Bruno César e já que Nico Gaitan é cada vez mais uma carta fora do baralho (será mesmo?).
O Glorioso cumpriu o que se pediu: uma entrada forte, com raça, querer e ambição. De facto, percebeu-se desde o início do jogo que a nossa equipa entrou bem, com bastante atitude, ao contrário do que se passou no primeiro jogo. Talvez já não acusaram a pressão do primeiro jogo, ainda que num clube como o Benfica exista sempre pressão, inevitavelmente.
Gostei da atitude, parecia-me um Benfica com mentalidade e forças renovadas, disposto a tudo fazer para não só alcançar a vitória, como também para resolver cedo a partida. Não me enganei. A cada passe, sentia-se uma grande confiança em que tudo iria correr pelo melhor, acontecesse o que acontecesse.
Vimos, como já disse, um Benfica denominador, que carrega cada vez mais no acelerador, quando a equipa adversária viu um jogador seu ser (bem) expulso. Mas que entrada feia sobre o Melga!! Isso não se faz! O público da casa reagiu muito mal, continuando os apupos durante largos minutos, mas não tinham razão nenhuma. É evidente que jogar em superioridade numérica desde cedo complica as contas ao adversário, mas não vale a pena irem por aí, pois, de uma forma ou de outra, encontrariam na mesma um Glorioso demolidor.
Não foi, por isso, com surpresa que chegamos cedo à vantagem. O primeiro golo foi marcado por Rodrigo, após uma assistência de... Melgarejo!! O que nos tirou no jogo passado, deu-nos este jogo, ainda que indirectamente. Fiquei especialmente contente. O rapaz merecia ser feliz, para que conseguisse ultrapassar o jogo menos conseguido frente ao Braga. Deveria estar a jogar com uma pressão ainda maior, mas notou-se que o passe para o golo o tranquilizou e que lhe deu confiança. Para tal, contribuiu, naturalmente, o apoio de Jorge Jesus e dos colegas de equipa, que, mal a bola entrou na baliza, foram logo festejar, não com Rodrigo mas com o nosso Melga.
O Glorioso ia sempre ensaiando, praticando sempre um bom futebol e nunca tirando o pé do acelerador, até que – mais uma vez sem surpresa! – o segundo golo apareceu, por Salvio, após um cabeceamento de Cardozo, que na altura jurei que entrava, mas o guarda-redes adversário fez o impossível, e defendeu para a frente (cá para mim, não lhe tirando o mérito, pois teve bons apontamentos durante o jogo – basicamente, fez o que pôde! -, nem ele sabe como defendeu). Salvio, muito rápido, aproveitou a deixa e fez o golo. Mas que grande jogo que fez!! Não gostei da sua titularidade logo no primeiro jogo, quando nem pré-época tinha realizado, por uma questão de justiça para com os seus companheiros, mas hoje tiro-lhe o chapéu.
Antes da primeira parte terminar, houve ainda tempo para aumentarmos a vantagem. Desta vez, o senhor que se seguiu foi Enzo Pérez, que também fez um bom jogo, à semelhança daquilo que já nos tinha demonstrado na pré-temporada. Se tiver mentalidade forte – que penso que irá ter: aliás, já está a demonstrar isso mesmo – temos aqui um grande jogador.
O intervalo apareceu e já se sentia o jogo controlado. Mas... não convinha baixar a guarda...
Na segunda parte, o Benfica continuou a dominar o jogo (naturalmente, este só tinha um sentido, ainda que, de quando em vez, o Vitória fosse rematando, sendo que pelo menos um remate obrigou Artur a uma grande defesa), ainda que imprimindo uma velocidade menor àquela a que assistimos na primeira parte (aqui, íamos em excesso de velocidade, algo que tanto gostamos de ver no Glorioso).
O jogo deu para tudo, inclusive para fazer relativamente cedo, tendo em conta aquilo que é prática corrente não só na nossa equipa como nas restantes, duas substituições de uma só vez, tirando Cardozo e Javi e colocando, nos respectivos lugares, Nolito e Carlos Martins. Mais tarde, foi a vez de Enzo Pérez dar a vez ao seu compatriota Aimar.
Não foi preciso muito tempo para vermos Pablito Aimar fazer estragos. “El Mago”, ainda que apenas durante poucos minutos, esteve de regresso. Após uma bela jogada, o nosso dez amorteceu de cabeça para Nolito rematar de primeira e fazer mais um golo. Era o quarto!!
O público, entusiasmado, pedia “só mais um”.
Um dos melhores momentos da noite foi, sem dúvida, o grande passe que Aimar fez, do meio da rua, colando a bola melimetricamente em Salvio. Não é todos os dias (leia-se jogos) que vemos um passe destes e nem é todos os dias que vemos um Aimar a jogar. Que senhor, que classe! De facto, quando está em forma (e as lesões, como se sabe, foram o maior mal da sua carreira), ninguém o pára, é muita magia. No entanto, Salvio não conseguiu marcar o quinto golo, que seria o seu segundo desta noite.
Após mais uma assistência de “El Mago”, Rodrigo fechou a contagem, marcando um grande golo, que não está à disposição de um jogador qualquer. Só os melhores o fazem, e ele é um dos melhores! Foi outro grande momento da noite, que acabou por ser, até, uma pequena maldade ao guarda-redes do Setúbal.
Ainda houve tempo para Salvio mandar uma bola ao poste, para ser diferente. Hoje, andou “endiabrado”.
Foi um jogo muito bem conseguido pelo Benfica, uma vitória inteiramente merecida e sem espinhas, como uns já querem fazer querer. Para estes, só uma coisa: joguem à bola!
Obrigada Benfica, pela vitória e pela garra que te pedi, mas sobretudo por me fazeres relembrar, várias vezes durante o jogo, o último título que conquistamos!! Esta vitória, como havia dito, é sobretudo sua, José Oliveira, sócio número UM do nosso Enorme!!!
CARREGA BENFICA!!!!
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