Problemas laterais III

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الاثنين، 20 أغسطس 2012

Problemas laterais III

Portugal, 20 de Agosto de 2012

Como referi num texto anterior “a pré-temporada do Benfica é normalmente marcada por debates que a comunicação social lança, e que dada a sua repetitividade, ou seja, dado que ano após ano há sempre um tema novo que se prolonga durante a época. Na minha opinião isso é premeditado, pretendendo entreter os benfiquistas e desviar a atenção dos problemas graves que irão acontecer com a arbitragem. Em particular com esta, que é a componente administrativa mais influente na definição do campeão.
Este ano o tema é, a adaptação do Melgarejo a defesa esquerdo vs utilização de Luisinho, e a falta de um substituto ao nível do Maxi Pereira.

O campeonato começou e o tema da adaptação do defesa lateral veio ao de cimo, porque foram atribuídas a Melgarejo a responsabilidade nos 2 golos do Braga. Não vejo aqui novidade nenhuma, pois no ano passado sofremos 2 golos e a culpa foi do Jesus (Emerson só jogou mais tarde). Há dois anos sofremos dois golos e a culpa foi do Roberto. Como alguns bem se recordam, quando encostaram o Emerson perguntei: para o ano a “culpa” vai ser de quem?

A “culpa” é um sentimento facilmente manipulável entre pessoas de espírito fraco, de poucos conhecimentos, características de sociedades sub desenvolvidas. E o nosso Benfica transformou-se nestes anos de “esplendor”, nestes anos de “credibilidade”, nestes anos de “agora sabemos para onde vamos”, o Benfica dizia eu, transformou-se numa anedota de culpas sobre culpas, todos criticam e ninguém ajuda o Benfica a sair do sitio onde está, submisso, subalterno, resignado à sorte e azar do destino, há 12 anos.

Portanto quando leio alguns textos, autênticos “tratados”, de adeptos sempre bem intencionados, cheios de ideias mas que não percebem que os empates e as derrotas não se julgam, analisam-se, não se culpam, aceitam-se, vem-me à cabeça a ideia que o Benfica anda aos círculos e faliu. Ou seja, não sai disto. Não ganha, mas gasta, não sabe produzir, mas promete sempre bastante, não é altivo, mas submisso. E para o ano os adeptos vão dizer o mesmo do próximo treinador, como aliás têm feito... 

A massa critica de ex-governantes, políticos, professores universitários, empresários, sexólogos, cineastas, analistas desportivos, ex-dirigentes e toda a tralha dos ditos “notáveis” que apoiou o pseudo projecto Manuel Vilarinho, baseado numa mão cheia de nada, excepto ataques pessoais a Vale e Azevedo (cumprindo o delineado nos pequenos almoços de Ricardo Salgado do BES e Joaquim Oliveira), essa tralha dizia eu, reduziu-se ao nível da Direcção do Sr.º Filipe Vieira, o tal que terá partido uma perna ao ir ver um jogo do Benfica, pendurado num eléctrico, mas que anos mais tarde, celebrou a vitória do FCP sobre o “seu” Benfica, como manifestação de amizade ao FCP e seus líderes. Ou seja, o Benfica tem hoje um líder desqualificado, e uma massa crítica que se reduziu à banalidade dos seus conhecimentos, agora expostos como medíocres. Quem apoia medíocres não pode ser melhor que eles.

E assim vamos cair na arbitragem. E nos 8 últimos anos em que não conseguimos ganhar o 1º jogo do campeonato. Não sei qual foi para mim a experiência mais dolorosa, se o empate concedido ao Leixões aos 94 mn, depois de avançarmos no marcador aos 90 mn (que ditou o despedimento de Fernando Santos, hoje bem sucedido na selecção grega depois de passagem digna pelo PAOK) ou se a derrota frente à Académica aos 92 mn e na sequência de um penalty não assinalado a nosso favor, que a comunicação social transformou num erro do nosso guarda redes Roberto (entretanto eleito para uma das equipas preferidas dos adeptos espanhóis).

Não creio que seja preciso ser muito inteligente para concluir que estes 8 anos de falta de vitórias na 1ª jornada (a somar a mais 2 épocas com Toni e Camacho, ou seja 10 em 12 anos de gestão Vilarinho/Vieira), não se devem a Melgarejo, Roberto, Emerson. Heldon, Yebda, Cristiano, Fernando Aguiar, etc., como não se devem a Toni, Camacho, Fernando Santos (2), Quique e Jesus (4).

A estratégia da culpa está aqui ao serviço da arbitragem, tal como eu havia sugerido há semanas: este árbitro que expulsou Sidnei por encosto de ombro em Alvalade, há 2 anos, para tentar ajudar o FCP a ser campeão mais cedo, foi o mesmo que para uma tackle por trás de Alan a Bruno César se esqueceu de mostrar o amarelo que seria o 2º. E permitiu jogo duro, com critério disciplinar largo, que só favorece quem não tem a pressão de ganhar. Teve influência no resultado? Se o Braga jogasse toda a 2ª parte com menos um e os seus jogadores sentissem que o árbitro assinalava os contactos, de certeza que eles jogariam menos e nós um pouco mais, pondo no terreno mais qualidade correspondente ao talento dos nossos jogadores.

Se recuarem no tempo, recordar-se-ão que este árbitro assinalou 4 penaltys a favor do Braga contra o Guimarães, no ano do nosso ultimo titulo, para impedir que o Benfica descolasse para o título. A culpa não é pois de Jesus ou Melgarejo.

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