Prétemporada - a fase dos empates

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السبت، 18 أغسطس 2012

Prétemporada - a fase dos empates

Portugal, 18 de Agosto de 2012

A última fase da actual pré-temporada do Benfica terminou com 2 empates, ambos em campo neutro ou do adversário, frente à poderosa e campeã italiana (invicta) Juventus e aos novos primodivisionários alemães, e nossos velhos conhecidos da Taça UEFA, Fortuna de Dusseldorf. Como o futebol pode ser surpreendente, os empates não tiveram a mesma importância nem as mesmas consequências neste rematar da época.

Do ponto de vista táctico, o Benfica jogou inicialmente em 4-2-3-1 contra a Juventus e em 4-4-2 losango contra os alemães. O esquema táctico do 4-2-3-1 permite termos uma equipa mais equilibrada, porque acrescenta uma unidade no meio campo defensivo que é subtraída aos jogadores de área, que se reduzem a um. Este terá de saber jogar sem bola, ou seja, tacticamente, privilegiando a amarração dos dois defesas centrais, impedindo-os de subirem no terreno para reforçarem o seu próprio meio campo e assim permitirem aos nossos jogadores controlarem o jogo nessa nevrálgica zona do terreno de jogo.

O 4-4-2 em losango (implementado por Fernando Santos, nos anos mais recentes) resulta de uma evolução do 4-4-2 clássico, que um amigo meu em feliz momento de inspiração baptizou de “pernas abertas”. De facto, com 2 jogadores juntos às alas (como defende José Augusto) e apenas com 2 médios interiores atrás de dois avançados (que ou estão na área ou vêm cá trás buscar jogo), o modelo é uma “peneira” para qualquer equipa que jogue com variações do modelo 4-3-3, modelo que permite ter 10 jogadores atrás da linha da bola, quando não têm a posse dela, mas permite ter rapidamente seis, quando recuperam a bola.

Como no nosso Benfica ninguém parece preocupado em estudar as características cinemáticas e dinâmicas de cada um dos modelos de jogo, andamos há anos a tentar encontrar os jogadores “certos” para fazer funcionar os modelos “errados”, como os baseados no 4-4-2. A divida à Banca já vai em 255 milhões e muita gente da elite pensante do Benfica, ou que a tal patamar se candidata quando publica opiniões, continua a ver os problemas onde eles não estão: normalmente no treinador ou num determinado jogador.

Voltando aos dois jogos, percebeu-se que contra a equipa mais forte o Benfica fez um jogo bastante conseguido, que por mera infelicidade e muito mérito do adversário, não acabou em vitória. Em 4-2-3-1.

O 4-4-2 em losango frente aos alemães, repetiu a exibição de há 2 épocas com o Shalke04 onde tivemos muita posse de bola, fizemos muita pressão no meio campo deles, mas as oportunidades de golo mais evidentes aconteceram na nossa área, fruto dos lances de contra ataque (que não se podem reduzir a zero). Jogo pouco conseguido que, não só, mas também por isso mesmo, terminou aos 39 mn quando Javi (um trinco) viu-lhe ser assinalada uma falta (que não fez) no meio campo defensivo do... adversário: um trinco em posição de ataque, assim é este 4-4-2 losango que tantos adeptos e críticos preferem, ao 4-2-3-1 menos espectacular mas mais produtivo em resultados.

Não vou falar do que se passou a seguir, excepto para dizer que tomei a decisão de renunciar à minha condição de associado do SLB. Tudo que aconteceu após esse lance de Javi prova o que penso há 12 anos, justifica o dinheiro que investi nas providências cautelares e vem acabar com a angústia que tenho desde que as forças hostis ao Benfica (BES, Olivedesportos e PT) entraram no clube pela mão do “cavalo de Tróia”, Manuel Vilarinho. Esta “prenda”, iria ser o presidente que iria recuperar o clube e ia ensinar Vale e Azevedo a ganhar campeonatos (ler jornais da época).

O que se viu na Alemanha foi uma equipa abandonada, sem qualquer acompanhamento de elementos da Direcção, o máximo representante foi o funcionário António Carraça (adepto do SCP e pessoa sem funções de representar o clube), um jogo entre equipas de 1ª divisão dirigido por um mau árbitro da 2ª divisão (imagine-se se acontecesse a FCP ou SCP), erros de arbitragem em sistemático prejuízo do Benfica, com epílogo numa cena do Charlot, como alguns já lhe chamaram.

Durante 5 dias o Benfica foi denegrido pelos representantes dos alemães e pelo árbitro incompetente que escolheram, a vitima Luisão foi equiparada pela nossa comunicação social a um qualquer Bruno Alves ou Eric Cantona, tudo perante o silêncio – cúmplice - da nossa Direcção e Presidente em particular. Passados 5 dias, o tal suposto Presidente aparece nos jornais sorridente, ao lado do presidente do clube alemão, onde foi devolver o cachet do jogo de cujos incidentes nós não tivemos qualquer responsabilidade. E para que tal acontecesse, quem o convenceu foi o presidente da FPF, o ex-vice do FCP que ainda há dias era acusado pelo nosso Presidente de o estar a desiludir, porque só promovia gente do FCP dentro da FPF.

A farsa para mim terminou. Com o meu dinheiro o Sr.º Vieira não devolve mais cachets nem compra mais “Salvios” para que o FCP receba o que lhe devem!

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