1. Autonomia
Faltam a Jorge Jesus demasiadas características pessoais e profissionais para poder ser considerado um "Manager" à inglesa. Em Inglaterra existe a diferença entre o treinador de campo (de treino) como era Queiroz e o Manager que lidera toda a gestão desportiva do Clube. Que intervém em todos os aspectos do dia-a-dia e tem autonomia para decidir tudo sobre a equipa
de futebol.
Se quisermos acreditar que é possível ter esse modelo em Portugal - que não é - Jorge Jesus não poderia nunca ser mais do que Carlos Queiroz foi: um simples treinador. Jorge Jesus é excelente a criar jogadas de bola parada, movimentações ofensivas (defensivas, nem tanto), a exigir entrega nos treinos e exactidão no cumprimento do que está definido.
Posto isto, querer que Jesus seja mais que um treinador de futebol é estúpido, absurdo e demonstra uma tremenda incompetência na avaliação de Jorge Jesus. Dar a Jorge Jesus a autonomia de gestão dos recursos é absurdo e, invariavelmente, acabará sempre com inúmeras quezílias com jogadores, com o desaproveitamento de jogadores com quem ele simplesmente... embirra, com diversos pontos perdidos, enfim... serve para o Braga ou Belenenses. No Benfica precisa de um líder, alguém que ou o Jesus respeita e corresponde como seu subordinado... OU SAI.
2. Medo
Alguém instituiu no SLBenfica que Jesus potencia jogadores. QUE TREMENDO ABSURDO!
Em virtude disto, Jesus torna-se intocável porque em simultâneo instituiu-se que o SLBenfica é um entreposto de valorização de jogadores para comprar mais barato e vender mais caro, devido à arte mágica de Jorge Jesus. ERRADÍSSIMO!
Jorge Jesus NUNCA transformou em grande jogador quem "ninguém dava nada por ele". O melhor que JJ fez foi aproveitar as qualidades já existentes em jogadores que foram contratados precisamente por essas qualidades... e dar-lhes minutos de jogo e apertar com eles para serem disciplinados no aproveitamento dessas qualidades. Isso é potenciar jogadores? Não... é ser paciente com aqueles que já tudo têm para ser craques. Foi isso que aconteceu com Coentrão, DiMaria, etc. De uma vez por todas, potenciar jogadores é acreditar nas características de Miguel Rosa, de João Cancelo, de Miguel Victor, de David Simão - em quem identificamos diversos espaços de melhoria e se calhar ainda mais coisas a corrigir que a potenciar e... precisamente potenciá-los a mostrar algo que nunca mostraram, porque acreditamos neles.
Jorge Jesus NUNCA transformou em grande jogador quem "ninguém dava nada por ele". O melhor que JJ fez foi aproveitar as qualidades já existentes em jogadores que foram contratados precisamente por essas qualidades... e dar-lhes minutos de jogo e apertar com eles para serem disciplinados no aproveitamento dessas qualidades. Isso é potenciar jogadores? Não... é ser paciente com aqueles que já tudo têm para ser craques. Foi isso que aconteceu com Coentrão, DiMaria, etc. De uma vez por todas, potenciar jogadores é acreditar nas características de Miguel Rosa, de João Cancelo, de Miguel Victor, de David Simão - em quem identificamos diversos espaços de melhoria e se calhar ainda mais coisas a corrigir que a potenciar e... precisamente potenciá-los a mostrar algo que nunca mostraram, porque acreditamos neles.
3. Culto do Individual
A ausência de liderança (Pecado 1) e a crença de que Jesus tem capacidades únicas (Pecado 2) acabam invariavelmente por desenvolver o culto do individual. Jesus considera-se a ele próprio o mais esclarecido e dono da verdade universal do futebol. Acha que sabe mais que todos e de poucos aceita sugestões ou sequer imposições. A isto se chama, perdoem-me a honestidade, SER BURRO, SER MUITO POUCO INTELIGENTE. É certo que o exemplo vem de cima. Luís Filipe Vieira sobre do mesmo problema, mas esse tem efectivamente algumas (menos do que se fala) características que o diferenciam do outros lideres. Simplesmente não tem quem o aconselhe a corrigir o que faz errado e o que não capacidade para compreender.
Porém, esta cultura interna que se instalou no SLBenfica, destrói o principal fundamento do futebol: DESPORTO DE EQUIPA - e como todos os desportos de equipa, a união é fundamental e é preciso que os jogadores estejam ao lado do treinador até à morte... porque sentem que este está com eles até à morte, mesmo que pouco conte com eles em campo. Um líder numa equipa como o SLBenfica tem que ser o centro da crítica, o último da fila à espera de elogios. Jesus é precisamente o inverso... esconde-se da crítica, não hesita em aponta-la aos seus jogadores, mas enche o peito e fala na primeira pessoa quando chega a hora de receber os elogios. Mais uma vez, isto é ABSURDO numa equipa da dimensão do SLBenfica.
4. Destruição Emocional
Como já viram, os pecados estão todos interligados e não chega resolver um. Prova disso é que quando há o Culto do Individualismo (Pecado 3), invariavelmente acabamos por cair em diversas situações em que as atitudes de Jorge Jesus destroem emocionalmente os mais sólidos jogadores, seja porque não integraram as suas ideias, porque falharam ou... simplesmente porque Jesus decidiu mudar de ideias.
O SLBenfica já viu sair (ou queimar) diversos jogadores neste "reinado" de Jesus que jamais deveriam ter sido desperdiçadas as suas competências desportivas e emocionais e na generalidade das vezes em prol de jogadores ou acções que Jesus teimou que deveriam ser o caminho:
- Quim e Moreira "morreram" na sombra de menos valias como Roberto e Júlio César
- Miguel Victor tem sido sucessivamente preterido atrás de jogadores que se revelaram pouco úteis como Jardel ou Sidnei
- Ruben Amorim foi preterido diversas vezes para dar espaço a jogadores como Menezes, Eder Luis, Yebda, agora Matic
- Nuno Gomes por Weldon, Jara....
- Carlos Martins tem sido sucessivamente desconsiderado como alternativa a Aimar, Witsel, etc. E até alguns dos brasileiros jogaram mais que ele.
- Nelson Oliveira foi preterido, imagine-se, pela permanência de Djaló, Michel, Hugo Vieira, até Saviola.
No sábado, vimos Enzo Perez que regressou à Luz depois de ter passado cinco meses lesionado e sem nunca sequer ter tido um sinal de preocupação ou envolvimento da estrutura desportiva de Jesus/Benfica (confunde-se) e que fez uma excelente pré-temporada... ser simplesmente relegado para o banco por um recem chegado Salvio.
Luisinho é defesa esquerdo, que fez uma excelente época em Paços Ferreira e que cumpriu sempre mais que Melgarejo, ficou de fora dos 18.
Carlos Martins foi preterido por um Aimar com muitíssimo poucos minutos este ano...
São vários os exemplos e o que têm em comum? PORTUGUESES, muitos deles formados no SLBenfica...
Além do impacto nos próprios jogadores, há os efeitos colaterais nos restantes colegas que "nas costas dos colegas vêem as deles" e percebem que a qualquer momento podem ser "a próxima vítima".
5. Falta de Visão de Futuro.
Para Jesus o futuro é amanhã. Não há qualquer visão de futuro, de criação de bases de futuro e planeamento de integração de jogadores e valores jovens. Jesus vê hoje e amanhã, o resto logo se vê, resolver-se-á com mais umas quantas contratações vindas preferencialmente da América do Sul - pois só aí se garante a capacidade de compreensão da sua incapacidade comunicacional sem ser em português.
Nenhum dos jovens do SLBenfica, como Hugo Vieira, David Simão, André Almeida, Mika, Migeul Rosa, etc... nenhum deles tem claro que o SLBenfica tem neles um plano para o futuro, que estão a ser trabalhados aspectos fundamentais para que façam parte do futuro do SLBenfica. Numa situação destas, o caminho desejado por estes jovens será necessariamente o desejo de sair para outras e melhores paragens.
Com isto, muito se tem perdido no SLBenfica e muito se vai continuar a perder (se calhar cada vez mais). Os jovens cada vez menos preferirão o SLBenfica, porque simplesmente não é o melhor caminho para o seu futuro. Não há rumo nem estratégia que os façam sentir protegidos e parte de um projecto em que se pretende que haja retorno para o Clube e para os jogadores.
Como se vê pela blosgsfera onde cada vez mais bloggers de referência - daqueles que criaram a Gloriosasfera não como é, mas como já foi - nos vão abandonado, simplesmente voltando as costas e passando a meros adeptos de sofá e bancada. Mesmo no estádio, o terceiro anel está cada vez mais "macio" e simpático para com as derrotas, os empates e as "Jesuzadas"... é cada vez um "que se lixe, pró ano há mais". Um dia destes, ficará Vieira, Jesus e o que resta do Clube deles...
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