"A verdade é que deixei o Benfica estabilizado, sem dívidas à banca, sem dever um escudo, com as dívidas à Segurança Social e ao Fisco regularizadas, a começarem a ser pagas, e com uma redução substancial do passivo, que, hoje, é qualquer coisa astronómica". Vale Azevedo lembrou que, quando assumiu a presidência do clube, "não havia dinheiro nem para o autocarro sair da Luz" e negou que tenha delapidado o património do Benfica.
"É completa e total mentira. É a tal mentira que muitas vezes repetida passa a ser tida como verdade. Reduzi substancialmente o passivo e valorizei o património. O clube ficou completamente equilibrado, com as finanças equilibradas a funcionar e o património que eu vendi foi muito inferior à delapidação total que foi feita agora", sustentou.
Vale e Azevedo recusou que tenha realizado uma gestão presidencialista no Benfica e aludiu "à campanha de destruição" que diz ter-lhe sido movida após ter abandonado o clube.
"Tudo isto resulta de eu ter sido presidente do Benfica, mas não um presidente qualquer. Um presidente que lutou contra os interesses instalados, que lutou contra o monopólio dos direitos desportivos, que lutou contra o que passava com os agentes FIFA, com o se passava dos agentes do futebol, da promiscuidade imprensa/agentes e jogadores, da questão dos árbitros, da Liga. Tanta coisa que se lutou na altura e se mudou", disse.
No entender de Vale e Azevedo, "o futebol português mudou" com o seu mandato no Benfica, mas o valor a pagar foi muito alto, como confessou: "Fui triturado não só para que não voltasse, mas também como exemplo para que alguém com o meu estilo, independente, sem estar ligado a nenhum grupo e interesse, volte a fazer o que eu fiz".
in: Económico 27/07/2012
in: Económico 27/07/2012
O cancro do futebol português
"Se estivesse no Benfica rompia com a Olivedesportos"
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