Portugal, 12 de Julho de 2012
Na continuação da apreciação à época das modalidades de pavilhão, hoje abordo o basquetebol e o hóquei em patins.
O Basquetebol teve o ponto alto de uma época marcada por muita inconsistência, na conquista do título de campeão em casa do rival e principal favorito ao título, FCP. Também se venceu a Supertaça, ou Troféu António Pratas. Perdeu-se a Taça de Portugal com o Barreirense e o Troféu Hugo Santos para o FCP.
A conquista do título de campeão em condições tão extremas, levou o Presidente da Direcção a pôr-se em bicos de pés, com a tal demagogia que já referi. O seu discurso ridículo sobre os burros, ficará na história como um mau exemplo de fair-play e algo que não encaixa na tradição desportiva benfiquista. Mas como já tínhamos o episódio de apagar a luz e ligar a água quando, pela incompetência da Direcção, o FCP se sagrou campeão no nosso estádio, este tipo de discurso não pode surpreender. Nem pelo tom, nem pela esterilidade do objectivo.
Tanto mais que não foi Carlos Lisboa – figura principal do discurso do Sr.º Vieira - o principal obreiro dessa vitória, mas sim todo o conjunto de atletas que fazem parte do grupo. Com particular destaque para Tom Scott, o recordista de pontos e assistências. Este incrível jogador foi o garante das nossas vitórias. E também porque nesta época não fomos às competições europeias, ou seja, fizemos menos 14 jogos!
Ou seja, sem Ted Scott e sem a Eurochallenge, Carlos Lisboa teria falhado uma vez mais, como falhou no Benfica de Vale e Azevedo (1ª experiência como treinador), falhou depois no Esgueira ou Oliveirense (não posso precisar) e falhou quando retornou ao Benfica com Vieira, orientando a equipa após despedimento do treinador, creio Norberto Alves.
Se dúvidas houvesse sobre o lado "humano" de Lisboa, a rescisão com um jogador que deu tanto ao clube como Ben Reed, porque a sua lesão não abria boas perspectivas de utilização (comparar com igual situação ao tempo de Henrique Vieira), e a dispensa de Sérgio Ramos e Manuel Minhava, provam que Carlos Lisboa não sabe o que anda a fazer e vai precisar de mais “Ted Scotts” para nos dar títulos. Vieira está comprometido com esta opção, irá também pagar um preço político pelo apoio “cego” que lhe tem dado.
O Hóquei conseguiu (já é definitivo) recuperar o título de campeão, 14 anos e muitos milhares de euros depois. Apuramo-nos para a final de 8 da Euroliga mas fomos amplamente derrotados no 1º jogo, com 7 livres directos ou penaltys falhados! Fomos também derrotados pela Oliveirense na final da Taça, 8 dias depois de termos ganho o campeonato. Sinceramente, acho que a época apenas se salvou porque fomos campeões. Acidentalmente digo eu, já que o nosso título está associado à derrota do FCP na Académica de Espinho, uma derrota que acontece de 10 em 10 anos. Ou mais!
No resto da análise, apesar das mudanças no plantel, dos milhares investidos em reforços, fizemos apenas mais 1 ponto do que na época passada, sendo que na época passada fizemos mais pontos com as restantes equipas, do que este ano. No ano passado ganhamos a Supertaça ao FCP e a Taça CERS, mas claudicamos na Taça perante o Candelária, que este ano eliminamos, sem proveito pois perdemos a Taça na mesma. Ganhamos mais títulos do que este ano, embora este ano tenhamos ganho o título mais saboroso: o campeonato.
Quero com esta comparação dizer que, não basta investir milhões quando alguns jogos se continuam a decidir por decisões erradas de arbitragem. Na época passada apenas não fomos campeões porque perdemos os 2 jogos com o FCP. Se tivéssemos empatado um, se tivessem sido assinalados os livres directos que existiram a nosso favor e não tivessem sido marcados alguns a favor do FCP que não existiram, tínhamos sido campeões com um orçamento inferior ao desta época.
Quero com isto dizer, parte 2, que para o ano, sermos ou não campeões vai continuar a depender de sortilégios e não da capacidade para sermos melhores, que conseguimos mostrar esta época. Como me parece que o principal rival fica a perder com a saída de Pedro Gil e os 7 meses de suspensão do Caio (outra boa história), pode ser que se consiga repetir a façanha principal.
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