A entrevista de Fernando Tavares (FT) - Parte III

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Tuesday, June 26, 2012

A entrevista de Fernando Tavares (FT) - Parte III

Intolerância:

Refere FT com toda a razão, que a intolerância prejudica o clube, atribuindo a responsabilidade desta atitude aos “não-Benfiquistas, sendo porém bem conhecida semelhante intolerância dos opositores aos Dirigentes atuais, não se coibindo muitos deles de recorrer à ofensa pessoal ao mais alto membro do clube. Esta é uma matéria onde não há inocentes, impondo-se uma urgente aproximação reconciliatória de todos em nome dos superiores interesses do Benfica.

José Veiga:

Folgo em saber do Benfiquismo, competência e dedicação de José Veiga atribuindo-lhe coresponsabilidade na penúltima vitória do campeonato. Desconhecendo as verdadeiras causas da sua saída, era óbvio que os seus problemas com o fisco tornaram-no um alvo fácil para os adversários e seus cúmplices, induzindo grande instabilidade em toda a organização do Benfica.

Terá que resolver em definitivo todos esses problemas antes de pensar no regresso. No entanto fico apreensivo com a convicção com que refere que, a continuar no clube, José Veiga teria, nesta altura, restituído ao Benfica a Hegemonia no futebol. Como se pára um Proença, um Olegário, um Batista, um Soares, um Elmano, etc.? Saberá José Veiga fazê-lo?

Comunicação:

As considerações de FT devem ser objeto de reflexão, embora as considere excessivas. Por outro lado é natural que os órgãos de comunicação do clube o defendam e evitem envolver-se com quem confunde crítica construtiva com insulto permanente. A idoneidade de quem critica é condição para a desejada disponibilidade para o debate. Discordo frontalmente das restantes considerações que FT faz sobre o tema. Não critico a estratégia de discrição assumida pela Direção nem concordo com a acusação de protagonismo ao Diretor de Comunicação, não me parece séria a acusação de controlo da Comunicação Social nem é séria a acusação ao Presidente de não ser ele próprio a escrever os seus discursos; é assim em todo o lado, dá as orientações, alguém escreve e ele confirma. Francamente, lá está o despeito novamente disparando implícito insulto.

O apoio a Fernando Gomes:

Surpreendentemente FT revela compreensão pela posição assumida pela Direção nesta matéria, não sem dar mais uma “bicada” nos alegados “conspiradores internos”. Virá alguma boa surpresa a caminho? Não tardaremos em sabê-lo. Direitos Televisivos: Com idêntica surpresa restringe o interesse desta temática ao valor em jogo, indicando como desejável a verba de 30 ME e ao direito de preferência da Olivedesportos! Discordo frontalmente; quero ver essa gente fora de vez! Simbolizam a subjugação do Benfica e dos Benfiquistas aos “bandidos” que destroem o futebol e ainda são elogiados!

Competência:

É aqui que Fernando Tavares se estatela estrondosamente! Ao atribuir a escassez de vitórias do clube exclusivamente ao desleixo e falta de competência, revela, mais uma vez, o profundo ressentimento que o domina! Ao contrário, é óbvio que o nível de competência global e setorial no Benfica tem aumentado gradualmente, sendo inegavelmente fundamental torna-la mais profunda e ampla, o mais rapidamente possível.

Por outro lado, a capacidade de investimento do outro clube resulta do “lugar cativo” que tem na Liga dos Campeões e da influência que exerce sobre as instituições desportivas, o que lhe permite alavancar o valor dos seus ativos humanos, sobrevalorizando-os e tornando ordinárias estas receitas.

Veja-se o exemplo da época em curso; o outro clube, tem um orçamento de 109 ME, tendo contabilizado 50 ME de receitas na venda de atletas! Tal só é possível pelo baixo grau de incerteza na prova, proporcionado pelos sistemáticos e fatais “erros” de arbitragem de que beneficia e pela influência que detém na FPF, na constituição da Seleção Nacional.

Como pode Fernando Tavares ignorar o suporte financeiro do outro clube, proporcionado pelas suas fortíssimas ligações à banca e aos maiores capitalistas de Portugal, que lhe tem permitido criar ao Benfica, as maiores dificuldades no aumento da sua capacidade competitiva global?

Ignorar a influência de toda a panóplia de “investimentos” que vieram a lume no processo do Apito Dourado, alegadamente, utilizados pelos dirigentes do outro clube, não é sério!

Nem é sério afirmar que o sistema sempre existiu!

Nem é sério considerar que a competência é suficiente para vencer a corrupção. Nem é sério ignorar o suporte político de que beneficia o outro clube!

Nem é sério afirmar que no outro clube se criou uma cultura de vitória, quando, pratica a intolerância, a violência, o condicionamento do desempenho dos vários agentes desportivos por múltiplos e repugnantes processos.

Nem é sério afirmar que foram as Direções mais recentes que conduziram o clube à “autodestruição”, quando se verificou precisamente o contrário.

Nem é sério afirmar o conformismo dos Benfiquistas com a falta de vitórias.

Nem é sério acusar a atual Direção de fomentar a propaganda! Pode exigir-se mais debate interno, mais participação de Benfiquistas nos órgãos do clube, maior competência, maior capacidade de intervenção externa, mas não é idóneo suscitar a anarquia, a indisciplina, o insulto e a divisão de Benfiquistas!

Nem é sério estabelecer qualquer tipo de paralelismo entre “o sistema” dos tempos de Eriksson e o atual! Não tem comparação possível!

Ao atribuir as vitórias do Benfica à ocorrência de mudanças de ciclo no outro clube, contradiz-se, revelando falta de sagacidade e o já referido ressentimento, na medida em que, reconheceu antes dever-se à competência, a última vitória do Benfica e ignora um facto óbvio; As vitórias de Benfica ocorreram quando o outro clube perdeu influência na Liga! É ou não é? Claro que é!

Da maior gravidade revestem-se estes pontos de vista proferidos por um “Embaixador da Ética no Desporto” colaborando com o “Plano Nacional de Ética no Desporto” a convite do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, público admirador do outro clube e do seu presidente!

O que eu esperaria de um Benfiquista seria a recusa liminar da distinção ou a exigência de efetivas condições de restabelecimento da ética no desporto…mas não a “ética” do outro clube!

Espero pois que FT nos informe das condições que impôs ao Secretário de Estado para aceitar a distinção, sob pena de considerar este, como mais um gesto de cobertura aos métodos usados pelos dirigentes do outro clube, rejeitando reconhecer a FT autoridade moral para criticar os atuais Dirigentes do Benfica.


(Continua)

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