Depois da incompetência da Direcção do Benfica por ter apoiado Fernando Gomes para a Federação, ter provocado enormes danos ao clube com os roubos mais escandalosos de arbitragem desde os anos 90 (precisamente depois de Damásio também ter apoiado os Corruptos) e de esta mesma Direcção ter assistida muda e calada a estes roubos durante toda a época eis que chegados ao fim da época parece que o clube deixou de funcionar em modo de piloto automático.
No espaço de uns dias tivemos uma entrevista extensa a Jorge Jesus, ao Director Desportivo (?) António Carraça e ao assessor de Comunicação João Gabriel (já que agora trabalha para uma empresa que trata da comunicação do clube) todos pelo jornal do "regime".
O que se ficou a saber por essas entrevistas é que a Direcção previa que os roubos acontecessem mas nada foi feito para prevenir esses assaltos. Pelos vistos, temos um Director Desportivo que só serve para constatar os males depois de feitos em vez de trabalhar para prevenir esses males e para chorar sobre o leite derramado e fazer o papel de vítima. O problema é que essa postura desta vez não cola. Não depois do Querido Líder apoiar um ex-dirigente corrupto envolvido no Apito Dourado para a presidência da FPF.
E um Assessor de Comunicação que qual Goebbels diz que o Benfica é um clube democrático e em que a unanimidade não se alcança por intimidação e logo a seguir faz exactamente aquilo que critica outros rivais de fazer:
- Ataca quem crítica a Direcção pelo falhanço dos últimos dois anos,
- Tenta colar as claques (que são quem mais apoia dá ao clube em todo o lado) a movimentos eleitoralistas quando têm todas as razões para exibir o seu descontentamento,
- E condicionar o aparecimento de alternativas a esta Direcção incompetente fazendo insinuações sobre o passado de alguns benfiquistas que ousaram criticar o Regime na Comunicação Social.
Destaco principalmente esta declaração:
Mas, atenção, também temos de saber diferenciar a crítica séria, da crítica oportunista. Aqueles que repetidamente aparecem apenas quando há uma conjugação de dois factores: ano eleitoral e resultados menos bons, esses senhores não são críticos, são oportunistas.
Ora se estamos em ano eleitoral, é ano de efectuar um balanço sobre o trabalho feito por quem liderou os destinos do clube. Crítica nesta altura não é oportunista, é quando se deve avaliar os resultados para se poder fazer uma escolha informada nas próximas eleições. Já viram se o PS de Sócrates acusasse o PSD de crítica oportunista nas eleições do ano passado e fizesse de tudo para silenciar quem tinha uma opinião contrária à sua? Como seria isso apelidado? Eu apelido isso de tentativa de instituir uma Ditadura, e isso é o que certas pessoas parece que querem fazer no Benfica. Está na hora de tomar mais cuidadinho com a retórica e com certas atitudes.
E para terminar, ontem lá se viu alguém que FINALMENTE exigiu a demissão de Fernando Gomes. Rui Gomes da Silva parece que acertou o discurso e em vez de atacar os blogues de quem ama o clube acima de tudo, virou a agulha para quem verdadeiramente prejudica o Benfica. Resta ver se são frases ditas para aplacar vozes críticas ou se a Direcção está a trabalhar nos bastidores e vai tentar aproveitar o voto de censura que Gomes está a enfrentar para o destronar. A oportunidade está lá, vamos ver se desta vez alguém acorda para a vida e se mexe nos bastidores.
O balanço que fica destas entrevistas é que pelo seu timing e pelo teor das declarações (ataque a vozes críticas, vitimização e defesa de posições populares com quem critica a Direcção) é que tudo isto trata-se apenas de uma coisa: controlo de danos tendo em conta as eleições de Outubro e não a defesa do clube. Se se trata-se da defesa do clube, as atitudes certas tinham sido tomadas nos momentos certos: leia-se logo após o jogo contra o Guimarães e antes da Académica e sem apoios inexplicáveis a Corruptos para a Presidência da FPF.
O problema é que agora já é tarde. O balanço deste mandato já é catastrófico e em vez de se atribuir mérito por trabalho bem feito estamos agora todos aqui a atribuir responsabilidades pela incompetência demonstrada. Numa situação destas é mais do que legítimo ter esperança que surjam alternativas.
Curiosamente, no meio disto tudo não se sabe é a opinião da família do nosso Querido Líder sobre uma possível recandidatura como vinha sendo hábito das últimas candidaturas. Agora é que dava jeito que levantasse a voz...
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