...não tínhamos perdido o jogo da primeira mão como Chelsea, e quem sabe não estaríamos hoje em festa.
Di Matteo teve uma carreira interessante como jogador, mas como treinador o seu currículo era quase em branco. Treinou o Milton Keynes Dons(clube fundado em 2004, na sombra do Wimbledon) e o WBA. Até chegar ao Chelsea para integrar a equipa técnica.
Após o despedimento de AVB, ficou a tomar conta da casa até ao final da época.
E conseguiu aquilo que milhões gastos em treinadores de renome não haviam feito: vencer a Champions pelo Chelsea.
Utilizou as armas que tinha: jogadores de classe mundial, já na fase final da carreira na sua maioria, mas com querer e qualidade mais que suficientes para serem um adversário difícil.
Eliminou Benfica e Barcelona, e venceu o Bayern na sua própria casa.
O segredo? Todos viram que além da táctica adequada a cada adversário, a equipa do Chelsea actuou sempre como um corpo, com uma união e vontade fantásticas.
Por muito que queiram olhar para o futebol como um conjunto de estatísticas, apenas dependente de arrumar peças como no xadrez, o futebol é paixão, é entrega, é querer. Quem entra assim em campo ultrapassa muita coisa. Tudo começa no treinador.
"It is an art in itself to compose a starting team, finding the balance between creative players and those with destructive powers, and between defence, construction and attack – never forgetting the quality of the opposition and the specific pressures of each match." - Rinus Michels
Tivesse o treinador do Benfica mais tempo calado e tivesse o treinador do Benfica colocado em primeiro lugar o interesse do Benfica na primeira mão com o Chelsea, aplicando uma táctica adequada e colocando em jogo os melhores que se encaixassem no plano para esse jogo, e quem sabe...não tínhamos estado na Portela às 3h da manhã.
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