Fico completamente repugnado com o escândalo de corrupção no Sporting não por ser um escândalo de corrupção no futebol e neste País (isso é novidade?) mas sim porque Paulo Pereira Cristovão já foi inspector da PJ na unidade de combate ao crime organizado.
Se antigos inspectores da PJ se envolvem em situações destas, mesmo já não trabalhando lá acabam por arrastar para a lama a própria credibilidade de uma das instituições do Estado que devia ser um baluarte de confiança para a população portuguesa. O único paralelo de que me lembro agora é da situação no México em que membros retirados da Polícia e Exército são a principal força dos cartéis de droga.
Tudo isto me leva a interrogar quantos mais PPCs estão dentro da PJ e que outros interesses servem lá dentro para além da Lei. Maçonarias, outros clubes de futebol (se percebem o que quero dizer), Opus Deis ou cliques partidárias?...
E como todos os casos de corrupção neste País, também se prevê que este se arraste infidavelmente perdido nas varas dos tribunais portugueses até resultar em nada como aconteceu recentemente no Caso Portucale.
O mais patético de tudo, é que no que toca a resolver um caso grave de Justiça a maior parte dos agentes envolvidos nisto vão acabar por perder a objectividade que é um garante de uma Justiça funcional tal como aconteceu quando foi o escândalo Apito Dourado. Por envolver um Porto, um Sporting ou um Benfica os agentes de Justiça e Lei pura e simplesmente perdem toda a sua objectividade e passam a tratar isto como um "jogo de futebol" em que têm que defender o seu emblema clubístico em vez da Instituição que deviam fortalecer com a sua imparcialidade. É assim a vida neste rico País onde gente que supostamente devia ser séria vai continuar a minar os pilares de um Estado democrático por não saberem manter a objectividade e imparcialidade.
O que é que isto tudo tem a ver com o Benfica e o futebol? Pois é, nada. Infelizmente, o futebol em Portugal é isto. Não tem nada a ver com 20 jogadores a correr atrás de uma bola em campo mas tudo a ver com casos de Justiça como corrupção, crimes económicos, promiscuidade entre políticos, dirigentes desportivos e agentes económicos.
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