Batalha no sentido aguerrido da palavra.
Espero um jogo bem disputado, com lealdade entre ambas as partes e com uma arbitragem menos tendenciosa que na primeira mão.
As dificuldades serão mais que muitas. A começar na qualidade do Chelsea. Penso que esse será o ponto mais difícil de ultrapassar.
Moralizados como nunca estiveram nesta época, o Chelsea procura na Champions a salvação de uma época desastrosa face ao investimento feito. Com jogadores de classe mundial e experientes, os problemas passarão por encontrar forma de bem cedo na partida quebrar parte desse ânimo.
No Benfica, as grandes dificuldades passarão por encontrar um fio de jogo que penetre na linha defensiva do Chelsea, e não nas ausências na defesa. Já explico porquê.
A estratégia em casa não surtiu efeito. Aliás, o par Cardozo/Aimar raramente provoca estragos quando jogam como 2 atacantes. Daí pensar que a táctica para o jogo de Londres terá de ser diferente.
Começando logo por abdicar de Cardozo na equipa titular. Tem as suas virtudes mas foi completamente inofensivo e presa fácil em especial para David Luiz que o conhece muito bem. A rapidez será uma arma a explorar e por isso a opção por Rodrigo será mais adequada. É um excelente finalizador e rápido quer na desmarcação, quer nas trocas de bola. O último jogo do Benfica pareceu mostrar que está finalmente a recuperar da lesão provocada por Bruno Alves.
No meio campo, a preocupação pelo recuo de Javi será grande pois Matic não tem a sua qualidade.
Nas alas JJ terá de optar. Ou Nelson Oliveira na direita e Gaitán ou Bruno César na esquerda, ou então manter os esquerdinos e lançar Nelson mais tarde.
Na defesa, as opções por Maxi e Capdevila são óbvias. No centro o ideal seria Luisão e Javi, e daí eu ter dito que as dificuldades do Benfica não seriam tanto por aqui, mas surge a notícia de que Luisão poderá também estar fora do jogo. Aí o problema será mais grave. Javi e Emerson como dupla de centrais assusta. Veremos o que surgirá.
O Chelsea não vai jogar da mesma forma como na Luz. Enfatizo a importância de praticarmos um jogo rápido por podermos tirar partido do maior balanceamento ofensivo dos 'blues'.
Vai ser uma noite europeia como muitas outras que o clube já viveu. Com emoção, nervosismo e muita crença de que o Benfica pode fazer história e muitos anos depois voltar a estar numa meia final da Champions.
Se os jogadores entrarem em campo a acreditar, tudo será possível.
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