Ditou o sorteio da Champions que o Benfica receba o Chelsea. Um mal menor, tendo em conta que podiam ter calhado Barcelona, Real Madrid ou Bayern Munique, que me parecem ser as equipas mais fortes presentes ainda na Champions.
Todos queriam o Apoel, que saiu a Mourinho e ao Madrid. O Marselha também era desejado e saiu ao Bayern. Restavam o Chelsea, Barça e Milan. Entre os 3, saiu o adversário mais acessível.
Acessível, mas nada fácil. O Chelsea tem nas suas fileiras atletas de eleição, que depois de uma época que está a ser decepcionante a todos os níveis, quererão fazer da Champions a sua salvação.
Também já estão livres de AVB, que sem o colinho dos srs.de negro foi uma nódoa. E têm Di Matteo ao leme. Treinador com experiência de Premier League, quer como jogador(Chelsea) quer como treinador(WBA). Um tipo ponderado e que não costuma inventar.
Temos o adversário que JJ queria. Resta ver se JJ irá preparar este jogo de forma exemplar e não apenas confiar na sua táctica.
Mas o que destaco deste sorteio foi a 'coincidência' de Real Madrid e Barcelona só poderem se cruzar na final. 'Acaso', dirão muitos. Talvez, direi eu.
O formato da Champions foi desenhado para beneficiar os principais campeonatos e os seus clubes de topo, a fim de maximizar as receitas de publicidade e de transmissões televisivas.
Ainda à dias comentava com amigos o facto de grandes equipas como o Anderlecht, Sparta de Praga, Steua de Bucareste ou Ajax andarem tão afastados dos grandes palcos. A explicação para este esvaziamento de clubes com tradição de décadas veio da 'Lei Bosman' e a reformulação das Taças Europeias.
Quando por quase toda a Europa saem notícias sobre fundos obscuros a financiarem transferências de jogadores, quando se descobrem esquemas de resultados combinados envolvendo jogadores ao mais alto nível como em Itália, e tendo em atenção como o Barcelona e outros são beneficiados pelas arbitragens quando as coisas não correm pelo melhor, as dúvidas são pertinentes.
O que o Benfica terá de enfrentar na eliminatória com o Chelsea é mais que a equipa inglesa.
Terá de enfrentar a vontade da UEFA em reeditar nas meias finais um clássico da Champions dos últimos anos: Barcelona-Chelsea.
Estando conscientes disto, os nossos treinadores e jogadores irão mais bem preparados para as armadilhas que surgirão.
O nosso plantel tem valor para vencer o Chelsea. Resta saber se conseguirá vencer a UEFA.
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