Agradeço desde já a colaboração de todos os que puderem completar ou corrigir os elementos contidos nesta crónica, pois admito que alguma informação que recolhi poderá estar já desatualizada. Nesse caso, além de agradecer, peço que me desculpem.
Aminha anterior crónica com título “Os inimigos do Benfica”, introduziu a que agora escrevo e que vai debruçar-se sobre algumas personalidades que fazem parte dos órgãos sociais fo FCP , com a finalidade de os Benfiquistas perceberem em definitivo e de forma concreta onde reside o efetivo poder do grupo FCP, comparando esta realidade com a do nosso Benfica, que abordarei num trabalho posterior. Daqui resultará, creio eu, um outro olhar para a realidade do futebol que permitirá perceber as profundas envolvências políticas e económicas que suportam o lobi portista e condicionam o setor desportivo em geral e do futebol em particular.
A minha preocupação porém, vai muito para além da tentativa de compreender a origem das vicissitudes desportivas a que temos assistido nas últimas décadas. Preocupa-me muito mais a unidade e coesão da Nação Portuguesa e julgo vislumbrar, sunjacente às reivindicações regionalistas, sinais que poderão indiciar o propósito, por parte de gente ilimitadamenbte ambiciosa e irresponsável, de destruir essa unidade, num gesto que poderá constituir um
efetivo ato de traição à Pátria.
efetivo ato de traição à Pátria.
O Universo Portista, como todos sabemos, com origem no Futebol Clube do Porto, é constituido por uma estrutura económica multifacetada, que, tal como nos casos do SLB e SCP, resultou da constituição e desenvolvimento das SAD e da construção dos novos estádios, destinados, pelo menos oficialmente, a acolher o célebre campeonato da Europa de 2004. Porém guardo para mim a ideia de que teve outros propósitos, supostamente colaterais, mas não menos importamtes, na consolidação da “nova ordem desportiva” em Portugal, alegadamente, assaz cara aos promotores do evento. Pelo menos, as consequências parecem ter sido demolidoras,
na confirmação daquele propósito.
na confirmação daquele propósito.
Assim sendo, segundo o Relatório e Contas Consolidado o 3º Trimestre de 2009/2010, a primeira entidade do grupo a seguir ao Futebol Clube do Porto é a Futebol Clube do Porto-Futebol SAD, depois a Portocomercial-Sociedade de Comercialização, Licenciamento e Sponsorização SA, a Futebol Clube do Porto multimédia-Edições Multimédia SA, a PortoEstádio-Gestão e Exploração de Equipamentos Desportivos SA e a Portoseguro-Sociedade Mediadora
de Seguros do Porto Lda. Outras sociedades do grupo: Investiantas SGPS, Euroantas SA, Fundação PortoGaia, FCP-Basquetebol SAD, FCP-Serviços Partilhados SA, eventualmente outras não identificadas (FCP-Clínica).
de Seguros do Porto Lda. Outras sociedades do grupo: Investiantas SGPS, Euroantas SA, Fundação PortoGaia, FCP-Basquetebol SAD, FCP-Serviços Partilhados SA, eventualmente outras não identificadas (FCP-Clínica).
Vejamos então a constituição da Futebol Clube do Porto-Futebol SAD, com um capital social de 75 ME dividido por 15 M de ações, 6 M da categoria A (tituladas pelo FCP) e 9 M da categoria B, dispersas por vários acionistas.
Assim, de acordo com o mesmo relatório, o FCP detém 41,17% do capital; 40% diretamente, 1,1% através de Pinto da Costa e 0,07% através de Reinaldo Teles . Segue-se a Imobiliária Chamartin com 18,12%, através Sociedade Aplicação Urbana II - Investimento Imobiliário SA. Depois vem António Oliveira com 11,01% e por fim Joaquim Oliveira com 10,01%. Segundo comunicado da FCPFSADde 6/12/2011, as ações detidas indiretamente pela Chamartin foram adquiridas através de várias operações por sociedades do Grupo Somague.
Uma primeira curiosidade é que, a Somague Engenharia, detém 3,08% do capital social do SLBFSAD, e a Sportinvest, do Sr Joaquim Oliveira, 2,66 % do capital da SLBFSAD. O capital social da SLBFSAD é de, aproximadamente, 100 ME e o SLB detém cerca de 70% do mesmo. Julgo que os dirigentes da Somague são afetos ao SCP. Sem querer ferir sensibilidades nem afirmar que tal se tenha verificado, pergunto-me: como se protegem dos nossos adversários as orientações estratégicas da nossa SAD, quer relativamente à aquisição de atletas, quer noutros domínios tão ou mais relevantes perante o “sistema de vasos comunicantes” presente? Para já preconiso como uma das prioridades estratégicas, a aquisição das quotas destas entidades pelo clube ou por Benfiquistas fiéis.
Conselho de Administração:
Pintoda costa; Preside a todas as instituições do Grupo, o autêntico “ReI Sol”; Adelino Caldeira, “compagnon de route” de PC em quase todas as instituições; Reinaldo Teles, Vice-Presidente do FCP; Angelino Ferreira outro “compagnon de route” de PC: Jaime Lopes Presidente de várias sociedades FITOUT (desconheço esta entidade).
Destaco Adelino Caldeira, licenciado em Direito no Brasil e sócio da sociedade de Advogados de que faz parte Gil Moreira e da qual fez parte também, Mário Figueiredo, o atual Presidente da LPFP. Trata-se de uma pessoa qualificada, com capacidade de alavancamento da mesma através daquela sociedade,a qual conta com membros profundamente conhecedores do Direito, nomeadamente desportivo e das estruturas judiciais e conexas.
Destaco também Angelino Ferreira, licenciado em Economia desde 78 pela Universidade de Coimbra, pessoa certamente de grande competência na sua área. Sobretudo destaco Jaime Lopes, empresário, gestor de empresas, Mestre em Gestão por uma escola de gestão Londrina, MBA pela Universidade do Porto, licenciado em Economia pela Universidade do Porto, ex-professor na FEUP da cadeira de Análise de Projetos de Investimento e...last but not the least, foi durante 14 anos Administrador da Amorim Imobiliária e Presidente executivo da Chamartin Imobiliária! Trata-se pois de uma pessoa altíssimamente qualificada, com fortesligações à Academia do Porto e, sobretudo ao universo Amorim. E aqui está, quanto a mim, um dos maiores fatores do poder do FCP,...Américo Amorim. Tanto quanto alcanço, Jaime Lopes é “a mão de Amorim” na Administração da FCPFSAD. Não preciso de vos dizer quem é Américo Amorim, pois não? Ou querem que vos faça um desenho?
Quanto a Pinto da Costa, não são referidas outras atividades, apenas que possui o ensino secundário completo, enquanto Reinaldo Teles detém o 1º ciclo do Ensino Básico. Apesar do baixo curriculo académico de ambos, a sua capacidade de gestão desportiva nas suas múltplipas facetas é notável, como bem sabemos.
De salientar que, segundo o mencionado relatório, a FCFFSAD, não cumpre as recomendações da CMVM no que diz respeito aos Administradores não executivos independentes que deveriam ser de 1/3 dos membros do CA (neste caso, 2) e são apenas 1/5 (1), não independente!!! Haja quem interprete isto á luz do código de constituição das Sociedades mobiliárias, mas que “cheira mal” cheira! Parece que não querem lá ninguém independente a fiscalizar! Porque será?
Reparem na elevada competência, na complementaridade e na ligação a entidades externas relevantes da cidade do Porto destes titulares do CA da FCPFSAD e desafio-vos a procurar os seus equivalentes no SLBFSAD. Reside aqui, aparentemente, uma das diferenças relevantes, entre os dois clubes, além de que, estou plenamente convicto da fidelidade a toda a prova ao FCP de qualquer um dos titulares referidos.
Por hoje fico por aqui, mas, óbviamente, é para continuar.
AB
AB
إرسال تعليق