Já referi em vários fóruns, que, os Benfiquistas, para perceberem a dimensão dos opositores do seu clube têm que ver para além de Pinto da Costa. O atual Presidente da FCP- Futebol Sad, quanto a mim, não passa de um porta-estandarte; uma cortina de fumo permanente, com a missão de manter as hostes unidas, alegadamente, apelando “á intifada azul” anti-Benfica, suscitar as atenções gerais e “desviar” o olhar do verdadeiro poder que sustenta o grupo FCP, o qual se move ao mais alto nível nos bastidores dos mais variados sectores da vida nacional, exercendo, ainda que ocasionalmente e, aceito a contragosto, até involuntariamente, uma influência dissuasora nos vários agentes reguladores de eventuais litigâncias ou interesses que afetam o seu clube.
Enquanto cidadão observador do fenómeno político-social, estou desde há muito convicto de que, os defensores da regionalização, quer da zona do Porto, quer nacionais, vêm no grupo FCP um instrumento de afirmação política regional que, eventualmente, poderá explicar a descriminação positiva de que, quanto a mim e salvo melhor opinião, aquela instituição tem beneficiado desde há largos anos, com prejuízo de todos os outros seus concorrentes.
De facto, vários episódios do conhecimento público referidos na comunicação social (CS), levam-me a supor que existe um entendimento de bastidores entre o Partido Socialista (PS) e os dirigentes do FCP, o qual, eventualmente, poderá estar na base da descriminação positiva que referi, dado o recente e prolongado exercício de poder executivo por este partido. Comentários publicados na CS da época referiram mesmo que, alegadamente, teria sido António Guterres a
dissuadir Pinto da Costa de se retirar das lides futebolísticas. Eu e com certeza, muita gente, gostaria de saber se, tal, é ou não verdade. O PS deveria clarificar isto, para sabermos em definitivo quem é quem, já que, a ser verdade, prestou um mau serviço ao futebol e ao pais, revelando falta de respeito pelos concorrentes do clube em questão, eventualmente por motivos de natureza política.
O Partido Social-Democrata, historicamente opositor da regionalização parece ter mudado de posição nesta matéria com a emergência ao poder de nova fação. Efetivamente, aqui e ali, alguns comentadores, atribuem a altos responsáveis políticos, movimentações nesse sentido. Pessoalmente, estou convicto que é um dos propósitos do atual governo. Não tardaremos a percebê-lo. O futuro dirá.
Deixo claro que não sou um opositor da regionalização, pelo contrário, sou um feroz opositor do centralismo asfixiante e prepotente venha de onde vier. E aqui é que está o gato! É minha convicção de que, a maioria dos regionalistas, nada mais pretendem do que, deslocar o centralismo para as suas esferas de influência onde poderão exercer o poder a seu belo prazer.
Os casos da Madeira, Açores e do Futebol são bem o exemplo disso, com os resultados que se conhecem. Hoje mesmo foi noticiado, que a dívida total dos Municípios e Empresas Municipais, já orça os 12 mil ME, contra os 8 mil ME, que se esperavam! Parece que, efetivamente, ninguém sabe a quantas andamos! Paga desgraçado, escravo, contribuinte! É Deprimente e revoltante!
Aqui chegado, é claro para mim que, estando vedado aos clubes a ação política, reconhecendo que o grupo FCP, tanto quanto me apercebo, não a exerce explicitamente, a vantagem deste grupo sobre todos os outros seus congéneres é precisamente de natureza política ainda que de forma implícita ou indirecta, pela convergência de interesses que referi antes. Tal reflecte-se a vários níveis, quer nas instâncias governamentais, parlamentares, desportivas quer até, no desempenho dos Srs. Árbitros, os quais, alegadamente, se sentem mais protegidos quando erram em benefício do FCP e alegados clubes aliados.
Por tudo isto, é para mim claro que, as estruturas futebolísticas, continuando, alegadamente, “colonizadas” pelo lóbi portista, não terão capacidade para restituir a transparência e justiça desportiva. Por tal razão, os Benfiquistas, se quiserem proteger os efetivos direitos do seu clube, devem transformar o seu peso social em influência política, não para defender privilégios especiais para o Benfica, mas tão-somente, para impor aos governos e candidatos a governouma agenda que garanta a efectiva igualdade de todos os cidadãos perante a lei bem como o desenvolvimento desportivo de todo o país.
Quando tal acontecer, não hesitarei, em felicitar aqueles que, lealmente, consigam vencer qualquer equipa do meu clube. Faz parte do meu entendimento de Benfiquismo aplaudir todos os que o mereçam. Lamento dizê-lo, mas, salvo casos pontuais, nas últimas décadas, não tem sido o caso do FCP.
Fico por aqui, que a coisa vai longa, mas, obviamente que é para continuar.
PS:
Parabéns ao nossos Atletas e equipa Técnica pela excelente vitória de ontem, onde mostrámos que somos, efetivamente melhores dentro das quatro linhas. No entanto, é necessário melhorar o posicionamento e dinâmica de compensações no meio-campo, bem como melhorar a qualidade do passe e rever algumas opções ofensivas onde temos que explorar mais a meia-distância. Como é costume, os nossos adversários revelaram mau perder queixando-se injustificadamente do árbitro e desvalorizando pateticamente esta prova. As declarações de Pinto da Costa na zona mista, foram um exercício patético de tentativa de “intoxicação” dos ouvintes. Contudo, mais uma vez, foi uma lição do Benfica sobre como receber dirigentes adversários em sua casa mesmo
quando merecem ser postos no olho da rua. Lição que Pinto da Costa e restantes dirigentes Portistas, fariam bem em aprender de uma vez por todas.
AB
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