Notícia dada pela LUSA na sequência do despedimento de Domingos: 'Treinador do SCP despedido pelos maus resultados e por ter mantido nas últimas semanas encontros com dirigentes do FCP.'
Notícias especulativas(sem fotos ou testemunhas identificadas) destas são comuns todos os dias entre a comunicação social do mundo. Portugal não é excepção.
O Benfica é um maná para este tipo de imprensa. Todos os dias temos algo novo para fazer vender mais uns jornais ou aumentar o nº de clicks nas páginas web.
Quando o Benfica ou outros se dão ao trabalho de desmentir tais notícias, rapidamente a imprensa visada devolve o desmentido com um: "Mantemos a notícia pois a nossa fonte é credível." Ou "Fonte ligada ao processo confirma a notícia avançada pelo nosso jornal."
Neste caso, assistimos a algo diferente, mas ao mesmo tempo bem esclarecedor sobre quem detém controlo sobre muita coisa que é publicada na área do desporto.
Reagindo sem qualquer hesitação, PC avança logo à imprensa:
"Pinto da Costa garantiu ser mentira a notícia, adiantada pela agência Lusa, de que Domingos teria reunido com dirigentes do FC Porto, para falar sobre o seu futuro. O presidente portista considerou "uma imbecilidade dizer que Domingos será treinador do FC Porto". O líder dos dragões manifestou, por isso, todo o seu apoio ao ex-treinador do Sporting, apelando a uma averiguação do Ministério Público para que seja esclarecida a origem da notícia que referia a alegada reunião entre o Domingos e elementos da direcção do FC Porto, numa altura em que o antigo avançado ainda tinha contrato com a equipa de Alvalade."
Qual a reacção da LUSA? Aqui vai:
"A Direção de Informação da Lusa reconhece agora que, na elaboração desta notícia, não respeitou as normas essenciais do Código Deontológico do Jornalista nem as regras do Livro de Estilo da Agência, nomeadamente a parte em que se determina que "a informação recebida sob condição de não identificar a sua origem requer redobrada exigência na sua confirmação".
A Direção de Informação reserva-se, contudo, o direito de denunciar a identidade da fonte, caso venha a averiguar que essa fonte agiu de má-fé, induzindo a Lusa em erro, cumprindo o que diz o Livro de Estilo, onde se escreve que a regra de proteção da identidade da fonte pode ser questionada quando se verificar que ela "manifestamente usou a proteção da sua identidade para canalizar informações falsas".
O que está aqui em causa? São as coincidências deste género que parecem perseguir tudo o que está ligado ao FCP.
"Tens a mania da perseguição" , dirão os mais ingénuos.
A prática mostra outra coisa. A disparidade no tratamento de notícias do FCP e dos outros é evidente.
Alguns exemplos recentes: As agressões ao jornalista Valdemar Duarte no Dragay; Os incidentes no túnel também do Dragay com o guarda Antero; Os ordenados em atraso em todas as modalidades do FCP; As questões levantadas com as transferências de Falcão e de Micael; O valor das comissões pagas pelo FCP em apenas 2 negócios, Falcão e Danilo(quase 10 milhões de euros); O desmentido sobre as notícias da Bloomberg, que afinal a FIFA confirma serem verdadeiras.
Estas são apenas algumas das mais recentes. Por muito menos, o Benfica passa semanas a ser atacado, como no caso do túnel da Luz no jogo com os corruptos, em que o Benfica ainda foi o culpado(na visão da imprensa) pelas agressões realizadas pelos jogadores azuis. Podia ainda lembrar o Tavares Teles e o caso Deco e outros com que a máquina de propaganda suja bombardeia todos os dias o que se lê e ouve na imprensa.
As fontes provenientes do Dragay aparentemente são mais valiosas que quaisquer outras. E quando vêm da nascente da corrupção então merecem reacção imediata, como mostrou a LUSA.
As minhas fontes não são mais ou menos credíveis que outras. Mas delas não vêm euros, nem eu permito que alguma vez se insinuem sequer nesse sentido. Por isso, não sou condicionado pelo que já me deram nem pelo que me poderiam vir a dar. Nem o corrupto mor pode vir a público mostrar que no passado já recebi euros para publicar nada. Por isso é que não tenho que correr logo a dar o dito por não dito quando ele vem a público dizer que a notícia que publiquei era falsa, para salvar a minha pele.
Mas esperem lá! Eu não sou jornalista!! Pois é...esquecia-me desse pormenor!
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