Julgo que todos admiramos o futebol inglês; normalmente é aberto, vertical, leal e quase sempre rijamente disputado. Independentemente da classificação, qualquer das equipas joga para ganhar, olhos nos olhos, proporcionando quase sempre belos espectáculos. Fantástico o apoio dos adeptos à sua equipa, independentemente do andamento do resultado. Admirável a sua capacidade de aplauso ao adversário valoroso, como já aconteceu ao nosso clube, nomeadamente num celebérrimo jogo com o Tottenham. Lindo!
Faz parte da cultura inglesa esta disponibilidade de, sem pensar duas vezes, enfrentar as dificuldades e tentar vencê-las. É um povo com elevada auto-estima apesar de, em minha opinião, excessivamente orgulhoso. Olhando para a História, percebemos a razão deste orgulho; o maior império colonial, a guerra dos 30 anos, a guerra dos 100 anos, a batalha de Trafalgar, a batalha de Waterloo, as 1ª e 2ª guerras mundiais, etc. Enfim, vergaram militarmente perante os rudes - à época - mas corajosos e engenhosos Americanos e, vergaram politicamente perante a engenhosa guerra económica e estratégia de não-violência do Mahatma Gandhi, com a consequente independência da Índia e do Paquistão, com que se iniciou o processo de descolonização, concluído por Portugal em 1975.
Em matéria de futebol não toleram fiteirices. O meu irmão, que, por razões de trabalho, frequenta regularmente a Inglaterra, Escócia e Irlanda, contou-me que o público escocês detestava o Capucho - lembram-se dele? Jogou no Porto e foi vendido para, já não sei que clube escocês; Rangers ou Celtic . Sabem porquê?...É que o Capucho, que até era um excelente ala direito, tinha o lusitano hábito de se atirar para o chão por tudo e por nada, sendo fortemente vaiado sempre que o fazia. Aquela gente admira a luta franca e leal. E eu gosto disso.
Gostei do Marítimo; estão de parabéns o Pedro Martins, os seus Atletas e o Carlos Pereira. Falta-lhe eficácia na finalização; uma questão de controlo emocional. Jogaram aberto, com excelente posicionamento, fantástico pressing, óptima qualidade de passe, força, velocidade, profundidade e amplitude (ai aquele Samir nas mão do Jesus!).
Mas também o Santa clara, de escalão inferior e recentemente declarado insolvente, jogou na Luz, aberto, proporcionando um espetáculo agradável!
Acho que há uma razão de fundo para este “fenómeno”. Corresponde a uma velha tese que defendo há muitos anos. A "imberbe" Taça da Liga foi lançada por Hermínio Loureiro - o Homem a quem está destinado reformar o futebol nacional e ainda não o percebeu -, para “engordar” o parco financiamento dos, sobretudo, Pequenos e Médios Clubes (PMC). É ainda o parente pobre do ludopédio luso. Aposto que, pouco a pouco, vai crescer; o principal ingrediente está lá, apesar de um certo desdém que paira no ar.
A forma como a competição está organizada, em grupos de quatro clubes, é a razão da ausência dos detestáveis autocarros que a maioria destes clubes usa no Campeonato. Pratica-se bom futebol em Portugal, mas, por uma questão de anacronismo cultural de Técnicos ou Dirigentes, ao Atletas “esgatanham-se” à frente da área por um pontinho, destruindo a razão de ser do futebol; o espetáculo! Foi, recentemente, o caso do Gil Vicente na luz; apesar de possuir uma bela equipa, acantonou os seus Atletas à frente da área a maior parte do tempo. Julgo que não estou a ser injusto. Infelizmente é geral. Fiúza tem razão quanto aos orçamentos, mas tem que incutir no seu Técnico e na sua equipa outra mentalidade. O valor do Gil está à vista.
Esta poderá ser uma solução alternativa para melhorar a competitividade no futebol nacional, com a vantagem de poder integrar mais clubes, nomeadamente do Sul. E, aqui para nós que ninguém nos vê, poderá ainda ser uma boa solução de aniquilar a “barbuda” corrupção.
Então e o nosso Benfica? Vimos boas coisas! Grande Eduardo naquela mancha fabulosa ao atarantado Samir (o nome é assim, não é?). Grande Nelson, um potentado, que alia força, velocidade, técnica, verticalidade, controlo emocional e finalização (o rapaz tem barba, por alguma razão é; por mim, acabou o tirocínio); não tenho dúvidas, temos ali atleta para fazer o flanco direito a partir do meio-campo (tá-bem-tá; ó Jesus, veja lá isso!). Fabuloso Rodrigo - parece o sudexpress - força, técnica, verticalidade e rapidez, quer com os pés quer com a cabeça! (fazia outra crónica só a descrever os golos). Generoso Aimar ,de mangas arregaçadas a defender. Muito bem o Nolito e bem o Saviola a quem só falta concentração na finalização.
Notei assinalável evolução na recuperação da bola, mas a equipa ainda abre muitos espaços no meio-campo e continua a falhar as marcações, nomeadamente nas transições. “Oferecemos” três oportunidades flagrantes ao adversário! Não pode ser! Faltou um patrão na defesa; ou o central ou o GR, ou ambos, têm que estar “ a pau” e avisar os colegas! Estas “abébias” não são para o Benfica!
Um abraço a todos
Faz parte da cultura inglesa esta disponibilidade de, sem pensar duas vezes, enfrentar as dificuldades e tentar vencê-las. É um povo com elevada auto-estima apesar de, em minha opinião, excessivamente orgulhoso. Olhando para a História, percebemos a razão deste orgulho; o maior império colonial, a guerra dos 30 anos, a guerra dos 100 anos, a batalha de Trafalgar, a batalha de Waterloo, as 1ª e 2ª guerras mundiais, etc. Enfim, vergaram militarmente perante os rudes - à época - mas corajosos e engenhosos Americanos e, vergaram politicamente perante a engenhosa guerra económica e estratégia de não-violência do Mahatma Gandhi, com a consequente independência da Índia e do Paquistão, com que se iniciou o processo de descolonização, concluído por Portugal em 1975.
Em matéria de futebol não toleram fiteirices. O meu irmão, que, por razões de trabalho, frequenta regularmente a Inglaterra, Escócia e Irlanda, contou-me que o público escocês detestava o Capucho - lembram-se dele? Jogou no Porto e foi vendido para, já não sei que clube escocês; Rangers ou Celtic . Sabem porquê?...É que o Capucho, que até era um excelente ala direito, tinha o lusitano hábito de se atirar para o chão por tudo e por nada, sendo fortemente vaiado sempre que o fazia. Aquela gente admira a luta franca e leal. E eu gosto disso.
Gostei do Marítimo; estão de parabéns o Pedro Martins, os seus Atletas e o Carlos Pereira. Falta-lhe eficácia na finalização; uma questão de controlo emocional. Jogaram aberto, com excelente posicionamento, fantástico pressing, óptima qualidade de passe, força, velocidade, profundidade e amplitude (ai aquele Samir nas mão do Jesus!).
Mas também o Santa clara, de escalão inferior e recentemente declarado insolvente, jogou na Luz, aberto, proporcionando um espetáculo agradável!
Acho que há uma razão de fundo para este “fenómeno”. Corresponde a uma velha tese que defendo há muitos anos. A "imberbe" Taça da Liga foi lançada por Hermínio Loureiro - o Homem a quem está destinado reformar o futebol nacional e ainda não o percebeu -, para “engordar” o parco financiamento dos, sobretudo, Pequenos e Médios Clubes (PMC). É ainda o parente pobre do ludopédio luso. Aposto que, pouco a pouco, vai crescer; o principal ingrediente está lá, apesar de um certo desdém que paira no ar.
A forma como a competição está organizada, em grupos de quatro clubes, é a razão da ausência dos detestáveis autocarros que a maioria destes clubes usa no Campeonato. Pratica-se bom futebol em Portugal, mas, por uma questão de anacronismo cultural de Técnicos ou Dirigentes, ao Atletas “esgatanham-se” à frente da área por um pontinho, destruindo a razão de ser do futebol; o espetáculo! Foi, recentemente, o caso do Gil Vicente na luz; apesar de possuir uma bela equipa, acantonou os seus Atletas à frente da área a maior parte do tempo. Julgo que não estou a ser injusto. Infelizmente é geral. Fiúza tem razão quanto aos orçamentos, mas tem que incutir no seu Técnico e na sua equipa outra mentalidade. O valor do Gil está à vista.
Esta poderá ser uma solução alternativa para melhorar a competitividade no futebol nacional, com a vantagem de poder integrar mais clubes, nomeadamente do Sul. E, aqui para nós que ninguém nos vê, poderá ainda ser uma boa solução de aniquilar a “barbuda” corrupção.
Então e o nosso Benfica? Vimos boas coisas! Grande Eduardo naquela mancha fabulosa ao atarantado Samir (o nome é assim, não é?). Grande Nelson, um potentado, que alia força, velocidade, técnica, verticalidade, controlo emocional e finalização (o rapaz tem barba, por alguma razão é; por mim, acabou o tirocínio); não tenho dúvidas, temos ali atleta para fazer o flanco direito a partir do meio-campo (tá-bem-tá; ó Jesus, veja lá isso!). Fabuloso Rodrigo - parece o sudexpress - força, técnica, verticalidade e rapidez, quer com os pés quer com a cabeça! (fazia outra crónica só a descrever os golos). Generoso Aimar ,de mangas arregaçadas a defender. Muito bem o Nolito e bem o Saviola a quem só falta concentração na finalização.
Notei assinalável evolução na recuperação da bola, mas a equipa ainda abre muitos espaços no meio-campo e continua a falhar as marcações, nomeadamente nas transições. “Oferecemos” três oportunidades flagrantes ao adversário! Não pode ser! Faltou um patrão na defesa; ou o central ou o GR, ou ambos, têm que estar “ a pau” e avisar os colegas! Estas “abébias” não são para o Benfica!
Um abraço a todos
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