A psicologia de um verdadeiro líder.

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الاثنين، 27 فبراير 2012

A psicologia de um verdadeiro líder.

Um verdadeiro líder é a primeira inspiração dos seus colaboradores. É no seu exemplo e na sua postura que eles procuram a primeira indicação para o que têm que fazer.

No futebol não basta ser um bom técnico a delinear treinos físicos e tácticos, não chega ser capaz de ler o jogo com alguma sabedoria. Antes de entrarem para o campo, eles têm que acreditar que, mesmo sendo os maiores toscos da zona, são capazes de tudo.

Nesse campo, o maior 'psicólogo' do mundo do futebol é Mourinho. Mesmo no saco de gatos que é o Real Madrid, onde os jogadores acham que aquilo é um part-time entre sessões fotográficas e apresentações de artigos de luxo, Mourinho já leva 10 pontos de vantagem sobre um Barcelona que tem dominado tudo onde tem entrado. E como sempre, Mourinho na maior parte das vezes está sozinho nas trincheiras contra jornalistas, equipas adversárias e inimigos internos. Ao contrário da maioria, o setubalense não permite sugestões para a equipa inicial, ingerências nas suas competências e vaidades de quem em nada contribui para o resultado final. Não deixa que lhe digam o que deve ou não dizer.

Daí, Mourinho é quase sempre um homem só, apenas acompanhado pelo seu fiel staff.

Quantos jogadores já falaram mal de Mourinho, mesmo depois de ele ter saído dos seus clubes? Talvez nenhum. O único de que Mourinho não conseguiu fazer nada foi Ballotelli, que tem tanto de bom jogador como de burro. 

Mas os jogadores de Mourinho sabem que SE DEREM O MÁXIMO nos treinos e nos jogos, terão sempre nele um muro de betão em sua defesa. Materazzi, um dos mauzões da Liga Italiana, teve a reacção que se viu quando Mourinho saiu do Inter.

Se olharmos para o FCP de Mourinho, quantos daqueles jogadores triunfaram lá fora? Muito poucos. E os que o fizeram, quase todos foram com...Mourinho. No Chelsea.

O maior forte de Mourinho nem é a táctica. É o fazer acreditar cada jogador que pode ser melhor que o adversário na sua posição. E assumir todas as derrotas do grupo como sua responsabilidade. E atacar sem hesitação quem BELISCA os seus interesses, que são SEMPRE os do grupo.

Jorge Jesus tem qualidades que se destacam de muitos treinadores nacionais. Foi por isso bem escolhido por LFV e com os resultados apresentados logo na primeira época.

Mas que dizer do percurso desde então? JJ tem mostrado não ter evoluído como treinador.

Perante as derrotas, intencionalmente ou não, individualiza quem pode ter falhado e não defende a prestação de cada elemento do seu grupo ou do todo. Não trata todos por igual.
Exemplos são os casos de Cardozo, Emerson e Gaitán. Jogadores que podem fazer péssimos jogos consecutivos, falhar penalties em barda, ser pouco solidários com o esforço colectivo, que acabam sempre por merecer a titularidade e a defesa em público.
Chamou Bruno Alves de bom rapaz, mesmo depois de esse mesmo animal poder ter lesionado gravemente Rodrigo. Depois das campanhas contra Javi, isso é defender o grupo?!

Isso quebra a solidariedade dentro de um grupo. E aquela crença fantástica que se deve ter num líder.
O acreditar que esse líder terá sempre uma opção para cada combate. Cada luta. E que ele estará sempre a dar o corpo às balas por eles.

JJ não deu o salto para o nível seguinte. Continua a lidar com as dificuldades como se estivesse no Felgueiras. Não é o grande motivador do plantel. Não é a primeira linha de defesa do grupo. 

Com Jorge Jesus, o mérito é seu nas vitórias. Nas derrotas, o problema são os jogadores que falharam golos, o azar, o terreno, o frio, a chuva, o meu avô que se não tivesse morrido ainda era vivo, etc.

Para sermos os melhores, temos que nos comparar com os melhores. Não chega sermos os melhores, a contar do segundo lugar. No Benfica, todos têm que se comparar com os melhores e tentar superá-los.

JJ se quer ser o melhor, deve comparar-se com o melhor: Mourinho. Ou Ferguson. Ou até Guardiola.

Penso que JJ tem nesta altura a derradeira oportunidade de demonstrar que tem condições para continuar a ser o treinador do Benfica por muito tempo. Tem um plantel com uma qualidade acima de qualquer um a nível nacional. Mesmo com as debilidades em algumas posições já várias vezes assinaladas.

Os objectivos são claramente:

- SER CAMPEÃO NACIONAL
- VENCER A TAÇA DA LIGA
- ATINGIR OS QUARTOS DE FINAL DA CHAMPIONS

Ao não atingir qualquer um destes, acho que o percurso dele chega ao fim. 

Para quem acha que sem JJ as coisas nunca poderão ser melhores, lembro a todos que o Cemitério dos Prazeres está cheio de insubstituíveis. E o mundo continuou, e as coisas evoluíram.

Nota: Nunca tive qualquer azia ou sebastianismo com Mourinho. Acho que saíu do Benfica quando teve que sair. Vilarinho nunca poderia ceder à chantagem, que foi o que Mourinho fez e já assumido pelo próprio. Quem o teve na mão e o deixou fugir foi a lagartada. Bem-feito.

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