Nota prévia: As declarações de António Oliveira à RTP foram referidas, pelo menos, no Expresso online de 8/1/2012 e no CM de 9/1/2012, pág.33 e 10/1/2012, pág.26/27.
Admiro António Oliveira, quer pelo seu percurso de jogador de futebol de grande qualidade ao serviço do SCP e da Seleção Nacional, quer pela sua recente licenciatura em Direito, obtida, nada mais, nada menos, que na Universidade Católica do Porto e ainda pela sua breve passagem na banca - Finibanco, recentemente adquirido pelo Montepio.
Mas não tenho apreço especial pelo seu trajecto enquanto Técnico do Porto ou da Seleção Nacional, apesar de ter sido bicampeão em 96/97 e 97/98, não obstante o quarto lugar no Euro96, e muito menos enquanto sócio da Olivedesportos, por tudo o que sabemos.
As famigeradas declarações que fez na RTP, relevam pela assunção pública definitiva da rotura que mantém com Joaquim Oliveira e pelo reconhecimento igualmente público do condicionamento que atribui à Olivedesportos sobre as várias competições do futebol nacional; seja pela influência que aquela tem junto dos clubes seja pelo controle que exerce nas superestruturas do futebol nacional; LPF e FPF.
António Oliveira, apesar de rico e do passado desportivo e agora académico de sucesso, ostenta nesta entrevista um ressentimento profundo patenteado pela hostilidade intensa e emotiva contra o meio que diz tê-lo traído, rejeitando-o, e destruindo, digo eu, todos os sonhos que, legitimamente, ainda tinha no futebol e dos quais parece que não ter desistido definitivamente.
De facto, parece latente o sonho de ainda vir a ser Presidente do FCP, clube ao qual devota um grande afeto, desempenhar um alto cargo na FPF ou, quem sabe até, ser membro de um qualquer governo para a área do desporto. Aspirações legítimas e possíveis, mas que não revelam nada mais além da sua ambição pessoal.
A regeneração do futebol não o preocupa, nem tão pouco referiu os conhecidos benefícios que, supostamente, o FCP tem retirado do lóbi que refere, incluindo no tempo em que foi seu Técnico. Chamo a isto falta de integridade.
O que ele sabe é que, enquanto o “lóbi traidor” se mantiver, não poderá concretizar os seus alegados desígnios. Por isso o denuncia.
Mas também sabe que o futebol nacional está num processo de viragem, demarcando-se por isso do lóbi que denuncia, chegando a afirmar que nunca teve qualquer responsabilidade na Direção executiva da Olivedesportos, tentando assim apanhar um lugar no comboio da mudança, que lhe permita aceder a novos projetos.
Apesar de tudo, este evento constitui um embaraço para “o sistema” e uma boa ajuda para os regeneradores desde que o saibam aproveitar. Mas, não tenhamos ilusões; sem um novo “player” no mercado dos direitos televisivos com capacidade para desalojar a Olivedesportos e a PPTV, do feudo onde mantêm capturados os clubes nacionais, estes continuarão a definhar até à exaustão e consequente falência do futebol Português.
A negação por um Tribunal do Porto - estranho não é? -, do efeito suspensivo do recurso apresentado pela LPFP de uma sentença proferida em setembro de 2011, CM 10/01/2012 pág. 31, constitui uma perda imediata de receita nos depauperados cofres dos clubes e constituirá um “terramoto financeiro” nos mesmos, especialmente nos mais pequenos, caso se mantenha após trânsito em julgado. O financiamento da BWIN é de 20ME/época!
Agora, concentrem-se e acompanhem-me por favor; num quadro de profunda austeridade em que vivemos, em que todas as receitas correntes e extraordinárias dos clubes, já falidos, tendem a cair drasticamente, com mais esta “martelada”, adivinhem a quem vão eles recorrer para se manterem “à tona de água”?
Adivinharam? Eu também! Pois é; os lucros do grupo Oliveira estão inevitávelmente a cair e os financiamentos bancários a escassear, mas, com novas prorrogações dos direitos desportivos dos clubes e da Seleção, proporcionados pelos desesperados dirigentes daqueles e pela “superior” defesa dos interesses da FPF, que Fernando Gomes não deixará de garantir, o “milagre” poderá acontecer e o alegado polvo poderá ganhar novo fôlego, à moda do “polvo de Parrait” (se não souberem o que é digam que eu explico).
Apanhado neste assunto foi Gilberto Madail que, na síntese do CM de 9/01/2012 pág.33, afirma ter sido sócio da Olivedesportos, facto que me deixa perplexo! A ser verdade, parece-me ter havido um claro conflito de interesses passível de suscitar investigação de quem de Direito. Qualquer adepto, qualquer cidadão, tem o direito de querer saber que interesses defendeu Gilberto Madail nessa dupla condição, nos negócios eventualmente consumados entre as duas entidades; FPF e Olivedesportos. Não será caso para apresentação de queixa ao Ministério Público? Estamos à espera de quê?
Admiro António Oliveira, quer pelo seu percurso de jogador de futebol de grande qualidade ao serviço do SCP e da Seleção Nacional, quer pela sua recente licenciatura em Direito, obtida, nada mais, nada menos, que na Universidade Católica do Porto e ainda pela sua breve passagem na banca - Finibanco, recentemente adquirido pelo Montepio.
Mas não tenho apreço especial pelo seu trajecto enquanto Técnico do Porto ou da Seleção Nacional, apesar de ter sido bicampeão em 96/97 e 97/98, não obstante o quarto lugar no Euro96, e muito menos enquanto sócio da Olivedesportos, por tudo o que sabemos.
As famigeradas declarações que fez na RTP, relevam pela assunção pública definitiva da rotura que mantém com Joaquim Oliveira e pelo reconhecimento igualmente público do condicionamento que atribui à Olivedesportos sobre as várias competições do futebol nacional; seja pela influência que aquela tem junto dos clubes seja pelo controle que exerce nas superestruturas do futebol nacional; LPF e FPF.
António Oliveira, apesar de rico e do passado desportivo e agora académico de sucesso, ostenta nesta entrevista um ressentimento profundo patenteado pela hostilidade intensa e emotiva contra o meio que diz tê-lo traído, rejeitando-o, e destruindo, digo eu, todos os sonhos que, legitimamente, ainda tinha no futebol e dos quais parece que não ter desistido definitivamente.
De facto, parece latente o sonho de ainda vir a ser Presidente do FCP, clube ao qual devota um grande afeto, desempenhar um alto cargo na FPF ou, quem sabe até, ser membro de um qualquer governo para a área do desporto. Aspirações legítimas e possíveis, mas que não revelam nada mais além da sua ambição pessoal.
A regeneração do futebol não o preocupa, nem tão pouco referiu os conhecidos benefícios que, supostamente, o FCP tem retirado do lóbi que refere, incluindo no tempo em que foi seu Técnico. Chamo a isto falta de integridade.
O que ele sabe é que, enquanto o “lóbi traidor” se mantiver, não poderá concretizar os seus alegados desígnios. Por isso o denuncia.
Mas também sabe que o futebol nacional está num processo de viragem, demarcando-se por isso do lóbi que denuncia, chegando a afirmar que nunca teve qualquer responsabilidade na Direção executiva da Olivedesportos, tentando assim apanhar um lugar no comboio da mudança, que lhe permita aceder a novos projetos.
Apesar de tudo, este evento constitui um embaraço para “o sistema” e uma boa ajuda para os regeneradores desde que o saibam aproveitar. Mas, não tenhamos ilusões; sem um novo “player” no mercado dos direitos televisivos com capacidade para desalojar a Olivedesportos e a PPTV, do feudo onde mantêm capturados os clubes nacionais, estes continuarão a definhar até à exaustão e consequente falência do futebol Português.
A negação por um Tribunal do Porto - estranho não é? -, do efeito suspensivo do recurso apresentado pela LPFP de uma sentença proferida em setembro de 2011, CM 10/01/2012 pág. 31, constitui uma perda imediata de receita nos depauperados cofres dos clubes e constituirá um “terramoto financeiro” nos mesmos, especialmente nos mais pequenos, caso se mantenha após trânsito em julgado. O financiamento da BWIN é de 20ME/época!
Agora, concentrem-se e acompanhem-me por favor; num quadro de profunda austeridade em que vivemos, em que todas as receitas correntes e extraordinárias dos clubes, já falidos, tendem a cair drasticamente, com mais esta “martelada”, adivinhem a quem vão eles recorrer para se manterem “à tona de água”?
Adivinharam? Eu também! Pois é; os lucros do grupo Oliveira estão inevitávelmente a cair e os financiamentos bancários a escassear, mas, com novas prorrogações dos direitos desportivos dos clubes e da Seleção, proporcionados pelos desesperados dirigentes daqueles e pela “superior” defesa dos interesses da FPF, que Fernando Gomes não deixará de garantir, o “milagre” poderá acontecer e o alegado polvo poderá ganhar novo fôlego, à moda do “polvo de Parrait” (se não souberem o que é digam que eu explico).
Apanhado neste assunto foi Gilberto Madail que, na síntese do CM de 9/01/2012 pág.33, afirma ter sido sócio da Olivedesportos, facto que me deixa perplexo! A ser verdade, parece-me ter havido um claro conflito de interesses passível de suscitar investigação de quem de Direito. Qualquer adepto, qualquer cidadão, tem o direito de querer saber que interesses defendeu Gilberto Madail nessa dupla condição, nos negócios eventualmente consumados entre as duas entidades; FPF e Olivedesportos. Não será caso para apresentação de queixa ao Ministério Público? Estamos à espera de quê?
Um abraço a todos
Post a Comment