Cidadania: Das palavras aos atos

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Monday, January 16, 2012

Cidadania: Das palavras aos atos


Ouvi na integra as declarações de António Oliveira (AO) na RTP e, sobre o assunto, li o que foi publicado no Correio da Manhã (CM) e no Expresso (EP).

No CM, em resposta a AO, Gilberto Madail refere ter sido sócio da Olivedesportos e no EP, uma “fonte segura” de uma Associação de Futebol, alegadamente, queixa-se da coação que a FPF exerce sobre os clubes, obrigando-os a contratar as viagens das suas equipas pela Cosmos! O processo é o seguinte: quando as equipas chegam atrasadas aos jogos, a FPF agenda novo jogo se viajaram pela Cosmos e perdem o jogo se viajaram por outras agências!

Valha-me Deus! Mas onde é que chegámos? Onde chega o descaramento e a pouca vergonha!

Não tenho ilusões, mas sei que isto tem que acabar! Existem instituições em Portugal que têm a obrigação de defender o Estado de Direito. Assim sendo, solicitei via net, ao DCIAP e à Autoridade da Concorrência, um pedido de averiguações aos factos, por eventuais ilícitos subjacentes.

“De caminho”, enviei ao “meu amigo” Otávio Ribeiro - Diretor do CM - um protesto a uma croniqueta pateta, de Duarte Moral, insultuosa para o nosso Javi (além de uma breve análise aos conteúdos do diário).

Para V/reflexão junto teor dos textos enviados:


DCIAP/1

Exmos Srs.,

Fiquei perplexo quando li na pág. 33 do Correio da Manhã, alegadas declarações atribuídas ao Sr. Gilberto Madail, segundo as quais terá sido sócio da Olivedesportos! Ora o Sr. Madail, foi Presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a qual, alegadamente, mantém há décadas, avultados negócios com aquela empresa, parecendo evidente haver aqui um grave conflito de interesses! Aquelas declarações legitimam a dúvida acerca da efectiva defesa dos interesses da FPF - entidade com o estatuto de Utilidade Pública Desportiva, beneficiando por isso de apoios públicos vários - pelo Sr. Madaíl em tais negócios. Tendo em conta a importância de garantia de igualdade de oportunidades e livre concorrência em todos os sectores e o direito de escrutínio do uso dos dinheiros públicos, na minha qualidade de cidadão de pleno Direito, solicito parecer acerca da possibilidade de abertura de um processo de averiguação de eventuais ilícitos decorrentes dos fatos apresentados.

Com os melhores cumprimentos,
António Barreto


DCIAP/2 e AdC/2

Exmos Srs,

Na sequência do meu pedido de averiguação de eventuais ilícitos cometidos no âmbito do relacionamento entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a empresa Olivedesportos cito uma crónica com o título “O dono da bola também perde jogos ” publicada no jornal Expresso de 14 de Janeiro de 2012, pág. 39, assinada por Pedro Candeias e Bruno Roseiro, onde se refere a certa altura: “Esta relação pessoal alavancou a candidatura e posterior eleição de Gomes na FPF. Entre dentes, dizia-se nos corredores que só um candidato com o apoio de Oliveira e da Olivedesportos poderia ganhar as eleições. Porquê? Porque os clubes precisam do financiamento da Olivedesportos que detém o monopólio dos direitos das transmissões televisivas. E Oliveira tinha o seu candidato: Fernando Gomes, o amigo de longa data”. E ainda: “Com a eleição de Fernando Gomes, o status quo não muda: O que Oliveira ganhava continuará a ganhar. Em primeiro lugar, através da Cosmos, que manterá o monopólio das deslocações das seleções, dos campeonatos nacionais de futsal, doa nacionais de II e III divisões e de juniores e da Taça de Portugal. Como nos explica uma fonte de uma Associação de Futebol (AF) nortenha, nas viagens às regiões autónomas as equipas vêem-se ‘coagidas a viajar pela Cosmos’. ‘Se decidirem ir por outra agência e o avião se atrasar , perdem por falta de comparência. Mas se forem pela Cosmos, o avião pode atrasar-se que a FPF trata de reagendar o jogo’, garante a mesma fonte’.

Este trabalho reforça a suspeita de coação dos clubes de futebol pela Olivedesportos mercê da relação privilegiada que mantém há muitos anos com a Federação Portuguesa de Futebol, que lhe permite não só manter posição privilegiada face à concorrência nos serviços adjudicados quer pele Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), quer pela FPF, quer pelos próprios clubes, violando os elementares princípios constitucionalmente garantidos, da livre concorrência, da igualdade de oportunidades, da negação dos monopólios e abusos de posição dominante, e beneficiando economicamente de atos de coação proibidos e puníveis por lei, que, alegadamente, exerce sobre os seus clientes.

Na verdade, esta é uma convicção que paira há muitos anos entre os adeptos de futebol, mercê de inúmeros episódios ocorridos no setor noticiados pela comunicação social. Aliás, está generalizada entre a grande maioria dos adeptos, que as competições desportivas em causa, decorrem não pela competição franca e leal entre clubes, onde ganha o melhor ou com mais sorte, mas pelos interesses definidos pelo financiador dos clubes, LPFP e FPF, subvertendo as regras da competição e as legítimas expetativas dos espetadores em geral e dos associados e acionistas dos clubes e SAD em particular.

Não foi, certamente, para ser subjugado por estas alegadas circunstâncias que o Povo Português derrubou a ditadura e escolheu o caminho da dignidade que a Democracia proporciona.

Reforço pois, o meu pedido de abertura de um processo de averiguações a este assunto por vislumbrar eventual violação da lei da concorrência, dos códigos civil e comercial e da Constituição da República Portuguesa.

Peniche 15 de Janeiro de 2012

Com os melhores cumprimentos,
António Barreto

mail: a.b@net.novis.pt M:966319103


AdC/1
Exmos Srs:

O Expresso online de 8 de Janeiro de 2012, noticia uma entrevista à RTP, do conhecido ex-jogador de futebol António Oliveira, cujo link juntamos: http://aeiou.expresso.pt/antonio-oliveira-acusa-olivedesportos-de-controlar-fpf-e-liga=f698514#ixzz1jS7jE0WS, onde, alegadamente, terá acusado a conhecida empresa Olivedesportos, da qual foi sócio durante anos de, cito: “constituir um lóbi que domina o futebol português, determinando quem preside à Federação e à Liga de clubes”.


Referiu ainda que, cito: "O presidente da Federação Portuguesa de Futebol [Fernando Gomes], tal como o anterior [Gilberto Madail], que foi metido pela Olivedesportos, é o homem de mão que a Olivedesportos continua a ter", acrescentou.
Sobre as eleições intercalares para a presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), em que concorrem António Laranjo e Mário Figueiredo, António Oliveira disse que, cito: "não interessa quem tenha mais apoios", pois, para vencer, um candidato "tem de ter é o apoio desse lóbi, dessa instituição, dessa empresa".

E ainda: não ter "dúvida nenhuma" de que chegou a selecionador por influência da Olivedesportos. "O meu mérito estava lá porque tinha sido bicampeão [com o FC Porto], mas até disso duvidei. (...) Uma das pessoas que me fez perceber foi Gilberto Madail. Dava a impressão de que estava lá porque era da Olivedesportos.


Enquanto cidadão no pleno uso dos meus direitos, consciente dos valores próprios das sociedades democráticas, consagrados na Constituição da República Portuguesa; da defesa da igualdade de oportunidades, da defesa livre concorrência, da condenação dos abusos de posição dominante, perante a dúvida suscitada por uma pessoa com a reputação e experiência do Sr António Oliveira, de que os clubes de futebol nacional da primeira e segunda ligas e as correspondentes entidades gestoras, Liga Portuguesa de Futebol Profissional e Federação Portuguesa de Futebol, exercem as suas atividade condicionadas pela Olivedesportos, de forma a garantir a defesa dos interesses desta e não dos seus próprios interesses, subvertendo o regular funcionamento de uma atividade tão cara aos Portugueses como é o futebol, solicito a abertura de um processo de averiguações, com vista a apurar eventuais ilícitos que tenham sido praticados, ou em curso, neste âmbito.
Peniche, 2012.01.14

Com os melhores cumprimentos,
António Barreto


Correio da Manhã

Duarte Moral não gosta do Benfica. Tal não implica o recurso à ironia miseravelmente insultuosa. Pode não gostar, porque não, ponto. Pode não gostar com fundamento e exprimi-lo, melhor. Não gostando, pode fazer todas as críticas que entender, com racionalidade ou não, mas sempre respeitando as pessoas! É o que não faz na sua breve croniqueta do Correio Sport de 07.01.2012, pág. 20:

Com efeito, dar “roda de “bovino” e “touro” a um atleta qualquer, neste caso, Javi Garcia, não é digno de um Jornalista idóneo nem do Correio da Manhã. É uma vergonha perante a qual confesso a minha perplexidade! Duarte Moral, não merece o espaço de que desfruta no CM pois não credibiliza a nobre profissão de jornalista.
 
Ainda por cima, o facto sobre o qual opina - falta de Garcia sobre um adversário - é susceptível de opinião diversa; na verdade, quanto a mim, Garcia procura posicionar-se contra a oposição ilícita do adversário, forçando o movimento mas sem o agredir, apesar do contacto. O adversário, manhoso, tentou tirar partido deixando-se cair, simulando dor inexistente! Esteve bem o Árbitro; falta e cartão amarelo. Mas DM ficou mal disposto e saiu-lhe aquela crónica deplorável. É lamentável.

Um abraço,
António Barreto

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