Por via de um vastíssimo rol de circunstâncias que vão desde os problemas transversais que a sociedade portuguesa atravessa à triste última época desportiva do Sport Lisboa e Benfica, 2011 poderá não deixar saudades a muitos de nós, mais ou menos afortunados, mais ou menos permeáveis ao negativismo que assola o país e é propalado por rádios, televisões, jornais e redes sociais.
Do nosso «pequeno país à beira-mar plantado», cujo passado épico não merecia o destino que o chico-espertismo que se aproveitou das liberdades alcançadas pelo 25 de Abril lhe deu, pagamos o preço da meia-dúzia que muito recebeu e pouco ou nada deu em troca.
Na antítese perfeita, existem aqueles que tudo dão sem nada exigir em troca. João Gomes, presidente da Casa do Benfica em Coimbra, que faleceu prematuramente nesta sexta-feira, é o perfeito exemplo disso. Presença assídua no apoio às diferentes modalidades do Clube, telespectador activo da Benfica TV, um exemplar defensor dos interesses do clube e um exemplo de entrega e dedicação à causa benfiquista, deve fazer-nos pensar que podemos estar errados ao exigir do clube mais do que aquilo que damos em troca.
São estes exemplos de benfiquismo que nos deveriam fazer reflectir para que, antes de dispararmos nesta ou naquela direcção quantas vezes precipitadamente, tivéssemos a capacidade para parar e pensar e, de uma forma pausada, assumirmos a melhor opção.
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