Parabéns aos atletas, Técnicos e Dirigentes do Marítimo pela justa vitória. Foram, efetivamente, a melhor equipa em campo; muito compactos a defender, guarda-redes talentoso e concentradíssimo, muito boa ocupação dos espaços a meio-campo, muita mobilidade sincronizada, muito empenhamento, e qualidade técnica individual q.b. Dois belos golos, sobretudo o primeiro, cujos autores felicito em especial (O Samir é das escolas do Benfica).
Estou decepcionado mas não revoltado, pois o adversário ganhou com lealdade: Aconteceu futebol.
Este foi um daqueles jogos em que me pareceu que sei mais de futebol que o Jorge Jesus (passe a imodéstia). Até à entrada do Aimar, a nossa equipa parecia um “bando de gandulos” a jogar à bola equipada à Benfica!
O primeiro fator decisivo foi a falta de atitude geral; devagar e devagarinho, esperando calmamente a chegada da bola para então fazer um passe de 3 metros para o lado ou para trás.
O segundo fator foi o deficiente posicionamento no terreno na fase defensiva, motivo pelo qual os nossos atletas passaram grande parte do tempo a correr atrás da bola como totós.
O terceiro fator foi a total falta de intensidade e dinâmica de jogo na fase ofensiva; mobilidade sincronizada, profundidade, amplitude e finalização. Continuamos, estupidamente, a dispensar o uso das alas, indispensável a qualquer equipa que quer ser grande (quanto a mim).
Quarto fator; não compreendo como é que, um atleta desta categoria, nas imediações da área, em posição frontal e sem oposição imediata, resolve passar para o lado em vez de rematar para o golo. A sério; com um mezinho de treino, e sem bazófia, até eu faria melhor!
Mais uma vez - a terceira, que me lembre - sofremos um golo - o segundo - na sequência de uma substituição. É demasiada coincidência. Há algo errado neste processo; parece que os atletas “desligam” por momentos, revelando fadiga mental ou física ou preguiça.
Com o Aimar em campo tudo mudou, passando a nossa equipa a praticar futebol ofensivo de qualidade, com intensidade, mobilidade e amplitude surgindo várias oportunidades para marcar, com o GR do Marítimo a brilhar. Tarde demais!
O Eduardo foi mal batido no segundo golo, mas fez duas excelentes defesas com a nossa equipa ainda em vantagem. A grande-penalidade foi muito duvidosa mas a jogada que a originou foi excelente - parabéns ao Nolito.
O Sr. Árbitro esteve bem apesar da grande-penalidade e de alguns fora de jogo mal tirados que nos prejudicaram.
O que terá pensado Jorge Jesus? Não percebeu a tempo o que estava a acontecer ou menosprezou o adversário? Porque é que eu - muitos de nós - percebi e ele não? Queria poupar os titulares? Será que não queria ganhar o jogo?
Preocupa-me a falta de alternativas visíveis ao Aimar. Gaitan, Bruno César ou Amorim não poderão ser alternativas possíveis? Haverá outros? Se não há, teremos que recorrer ao recrutamento, quanto antes.
Sou adepto da escola do nosso José Augusto, segundo a qual; primeiro faz-se o trabalho de casa, isto é; apresenta-se a melhor equipa e ganha-se o jogo. Depois então faz-se a gestão do resultado poupando alguns atletas nucleares. Ah! Entretanto, usa-se e abusa-se das alas.
Já foi dito por outro “colega” e eu corroboro; não me agrada o discurso estafado do “somos os melhores, somos os maiores, etc. Sejamos humildes exceto na ambição, no querer ganhar.
O melhor é o que ganha e não o que o afirma!
Posto isto, há um debate a fazer acerca da importância, para os melhores clubes, das Taças de Portugal e da Liga. Têm a palavra os gestores dos clubes, mas, duvido que dêem retorno económico significativo . Por outro lado, põem seriamente em risco o êxito desportivo destes clubes nas competições financeiramente e desportivamente relevantes; o Campeonato Nacional a Champions e a Liga Europa. Fica para outra vez.
Um abraço a todos
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