O Benfica deve ter um projeto que vise a neutralização da propaganda anti-Benfica disseminada pela comunicação social, contrapondo análises equilibradas das várias situações relevantes emergentes. Não é fácil, visto que os principais meios de CS estão “contaminados”, desde há muito, pelos nossos adversários, mas é possível. Por exemplo, através da adjudicação de contratos publicitários e o recurso a cronistas de reconhecida idoneidade, Benfiquistas ou não.
Porém, tal projeto só será eficaz, se for consubstanciado em projectos multidisciplinares para o Desporto. É necessário que o Benfica torne pública a sua visão para o desenvolvimento do Desporto em Portugal, identificando deficiências na Lei de Bases e na Regulamentação das modalidades, apresentando as suas propostas e atraindo aderentes, de todos os sectores.
Quanto ao FG e à FPF: Confirma-se hoje o que já sabíamos; os sucessivos adiamentos de aprovação dos novos estatutos tinham por objetivo dar tempo ao clube do regime para implementar e consolidar uma estratégia de tomada do poder na nova Direção da FPF. Resultou em cheio, com o contributo efectivo de Madail - outro lobo com pele de cordeiro -, ao definir a data de eleições. O passo seguinte consistirá na alteração dos novos Estatutos para devolver às Associações o poder que detinham.
Para avaliarmos melhor as intenções de FG, refiro as suas declarações na entrevista que deu ao CM, a propósito da arbitragem e corrupção:
Disse que Vitor Pereira lhe deu “indicações de seriedade, honestidade, competência e imparcialidade”, condições que considera essenciais para quem lidera a arbitragem. E acha que a arbitragem não está descredibilizada. Eu não acho, quer em virtude dos prejuízos de que o nosso clube tem sido vítima quer de nomeações que constituem em si mesmas, graves provocações aos Benfiquistas. Daqui estamos conversados.
Porém, qual é o projeto do Benfica para esta área? Defendo que, nem as Associações nem os clubes, nem a Associação dos Árbitros têm credibilidade para controlar o setor da arbitragem. Os factos falam por si. O recrutamento, a formação, a nomeação, a classificação e a progressão dos Árbitros deverão estar a cargo de um organismo público, por exemplo, o Instituto Nacional do Desporto. Só este poderá garantir isenção e competência, sujeitando-se ao escrutínio popular e julgamento eleitoral indireto.
Contudo, aleluia, o “modernizador do futebol Português” defende a utilização de meios tecnológicos como auxiliares da arbitragem, dispondo-se a alertar as autoridades para o seu uso! Grande “bacano”! O caso é que o Sr. Blatter, essa eminência parda do futebol, não concorda! Isto é que é um azar hem? Claro que os apostadores ilegais ficariam privados dos seus ganhos milionários o que, convenhamos, poderia ser altamente desconfortável.
A propósito do combate à corrupção refere;“ não deixarei de promover a adequação dos nossos regulamentos para serem mais incisivos no combate a essas práticas (também doping e jogos combinados) bem como a articulação de outras entidades”. E sem se deter; “como Presidente da Federação, se eu tiver conhecimento de alguma dessas questões, eu próprio denunciarei e farei tudo em articulação com as entidades judiciais para corrigir essas situações”. Nesse caso mudou muito; porque rejeitou Ricardo Costa, aceitou pacificamente o arquivamento do caso Kleber tal como a explicação dos apagões do Axa e, que eu saiba, ainda nem se pronunciou acerca do fogo-posto na Luz? Nós sabemos porquê!
Quanto ao “ se tiver conhecimento de algumas dessas questões”, ocorre-me a resposta que, alegadamente, Madail deu ao Tribunal durante o julgamento do Sousa quando lhe foi perguntado pelo Sr. Juiz, grosso modo, se “nunca tinha desconfiado de que poderia haver irregularidades na arbitragem dos jogos de futebol”. Respondeu Sua Excelência o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, grosso modo, “ que não, porque raramente via jogos de futebol”! É obra hem?
Preferia que o Benfica se mantivesse fora do processo afirmando publicamente as suas razões. A não ser que haja algo mais que possa conferir credibilidade ao projeto de FG, coisa em que, francamente, não acredito. É mais fácil acreditar no Pai Natal.
Um abraço a todos
Porém, tal projeto só será eficaz, se for consubstanciado em projectos multidisciplinares para o Desporto. É necessário que o Benfica torne pública a sua visão para o desenvolvimento do Desporto em Portugal, identificando deficiências na Lei de Bases e na Regulamentação das modalidades, apresentando as suas propostas e atraindo aderentes, de todos os sectores.
Quanto ao FG e à FPF: Confirma-se hoje o que já sabíamos; os sucessivos adiamentos de aprovação dos novos estatutos tinham por objetivo dar tempo ao clube do regime para implementar e consolidar uma estratégia de tomada do poder na nova Direção da FPF. Resultou em cheio, com o contributo efectivo de Madail - outro lobo com pele de cordeiro -, ao definir a data de eleições. O passo seguinte consistirá na alteração dos novos Estatutos para devolver às Associações o poder que detinham.
Para avaliarmos melhor as intenções de FG, refiro as suas declarações na entrevista que deu ao CM, a propósito da arbitragem e corrupção:
Disse que Vitor Pereira lhe deu “indicações de seriedade, honestidade, competência e imparcialidade”, condições que considera essenciais para quem lidera a arbitragem. E acha que a arbitragem não está descredibilizada. Eu não acho, quer em virtude dos prejuízos de que o nosso clube tem sido vítima quer de nomeações que constituem em si mesmas, graves provocações aos Benfiquistas. Daqui estamos conversados.
Porém, qual é o projeto do Benfica para esta área? Defendo que, nem as Associações nem os clubes, nem a Associação dos Árbitros têm credibilidade para controlar o setor da arbitragem. Os factos falam por si. O recrutamento, a formação, a nomeação, a classificação e a progressão dos Árbitros deverão estar a cargo de um organismo público, por exemplo, o Instituto Nacional do Desporto. Só este poderá garantir isenção e competência, sujeitando-se ao escrutínio popular e julgamento eleitoral indireto.
Contudo, aleluia, o “modernizador do futebol Português” defende a utilização de meios tecnológicos como auxiliares da arbitragem, dispondo-se a alertar as autoridades para o seu uso! Grande “bacano”! O caso é que o Sr. Blatter, essa eminência parda do futebol, não concorda! Isto é que é um azar hem? Claro que os apostadores ilegais ficariam privados dos seus ganhos milionários o que, convenhamos, poderia ser altamente desconfortável.
A propósito do combate à corrupção refere;“ não deixarei de promover a adequação dos nossos regulamentos para serem mais incisivos no combate a essas práticas (também doping e jogos combinados) bem como a articulação de outras entidades”. E sem se deter; “como Presidente da Federação, se eu tiver conhecimento de alguma dessas questões, eu próprio denunciarei e farei tudo em articulação com as entidades judiciais para corrigir essas situações”. Nesse caso mudou muito; porque rejeitou Ricardo Costa, aceitou pacificamente o arquivamento do caso Kleber tal como a explicação dos apagões do Axa e, que eu saiba, ainda nem se pronunciou acerca do fogo-posto na Luz? Nós sabemos porquê!
Quanto ao “ se tiver conhecimento de algumas dessas questões”, ocorre-me a resposta que, alegadamente, Madail deu ao Tribunal durante o julgamento do Sousa quando lhe foi perguntado pelo Sr. Juiz, grosso modo, se “nunca tinha desconfiado de que poderia haver irregularidades na arbitragem dos jogos de futebol”. Respondeu Sua Excelência o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, grosso modo, “ que não, porque raramente via jogos de futebol”! É obra hem?
Preferia que o Benfica se mantivesse fora do processo afirmando publicamente as suas razões. A não ser que haja algo mais que possa conferir credibilidade ao projeto de FG, coisa em que, francamente, não acredito. É mais fácil acreditar no Pai Natal.
Um abraço a todos
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